15

Simon chegou no hospital e como prometido ele não saiu do colo do seu papai, e Carlos Eduardo não deixou de segurar na mão dele.

Na primeira consulta com o clínico geral, observou que a garganta de Simon estava muito inflamada e repleta de placas e pus. Após tomar uma injeção, tirar sangue e acordar todos os pacientes do prédio com o seu chororo, eles finalmente foram para o quarto, quando a enfermeira chegou para colocar o soro, foi outra batalha, foi tanto choro que Simon acabou dormindo.

Nicolas se recusou a ir pra casa, ele queria ficar ao lado do seu pequeno e do seu marido, no dia seguinte, o médico avisou que seria necessário uma cirurgia para retirar as amídalas de Simon. Carlos Eduardo caiu no choro só de pensar que o seu pequeno ia passar por algo assim. Nicolas também estava aflito e preocupado, mas tentava se manter forte para os dois. Simon não sabia o que estava acontecendo, mas chorou muito quando foi separado do seus pais, ele chorava pedindo por seu dadá e até de dentro do centro cirúrgico dava pra ouvir o choro do pequeno.

Nicolas só sabia chorar, ele não podia suportar ver seu bebê chorando daquele jeito e chamando por ele, ele queria estar ao lado de Simon, abraçar seu pequeno, pegar ele no colo e acalmar ele. Nicolas também tinha os olhos marejados, mas abraçava seu marido passando confiança. Durante a uma hora que durou a cirurgia, Carlos Eduardo não arredou o pé da porta do quarto, andando de um lado para o outro sem parar, Nicolas tentou fazer ele tomar um café ou comer, mas ele não parava de chorar e se perguntava porque estava demorando tanto.

Nicolas falou com Hugo e contou o que estava acontecendo, ele deu todo o apoio ao amigo e disse que depois visitaria o pequeno com Arthur e levaria uns lanches. Quando finalmente Simon foi levado pro quarto, o médico achou cômico a reação dos dois em uma cirurgia tão simples, mas sabendo da história deles ele não disse nada, apenas garantiu que a cirurgia foi um sucesso e que a recuperação tinha tudo para correr tranquilamente.

Carlos Eduardo ainda não estava tranquilo porque Simon ainda não tinha acordado da anestesia, demorou mais um a hora pra Simon acordar, o pequeno estava sentindo dor e logo foi medicado, ele não podia falar muito e estava ainda choroso.

- Bebê você está bem, passou um pouco a dor? Carlos Eduardo

Simon fez cara feia e virou de lado.

- Ei garotão, o que foi?

Simon com as buchechas estufadas e seu bico, ele sempre fazia isso quando estava bravo.

- Papai mentiu pu Simon! Simon chamo o dadá e ele não veio, deixou Simon com sozinhu com os malvados !

- Amor não fala assim, o seu dadá queria ir com você amorzinho, mas não podia, lá onde você estava nem o papai e nem o dadá podia entrar. Carlos Eduardo

- Simon ficou sozinhu, voxes abandonou o Simon, os papais não podi abandona os bebê, os papai fica sempre com o bebê não deixa bebê nunca!

Simon começou a chorar com muita tristeza, deixando seus pais também inconsoláveis.

- Bebê, perdoe seu dadá, mas eu não te abandonei pequeno eu fiquei aqui esperando você o tempo todo com o seu papai, e estava rezando pro seu anjinho da guarda cuida de você. Carlos Eduardo

- Isso mesmo amor, a gente queria ir com você mas o médico disse que não podia, então a gente ficou aqui esperando você e rezando pro seu anjinho da guarda te trazer de volta pra gente.

- Simon tem anjinhu? O pequeno fez cara de confuso, ele não se lembrava de nenhum brinquedo que parecia anjo, nenhum tinha asas.

- Sim amor, papai do Céu mandou um anjinho pra cuidar de cada bebê, inclusive de você. Carlos Eduardo.

- Cadê ele dadá? Simon que ve!

- Ele está sempre do seu lado amor, o tempo todo mas você não pode ver. Nicolas

- Igual a fada do dente papai?

- Sim, amor. Nicolas.

- Filho, olha eu nunca vou abandonar você! nem eu nem seu papai, mesmo se a gente não estiver perto, estaremos sempre com você em pensamento e no seu coração. Hoje a noite papai vai te ensinar a oração do Anjo da guarda, mas até lá você fica com isso.

Carlos Eduardo tirou seu colar com o pingente do anjo Gabriel e colocou no pescoço de Simon.

- Sempre que ficar com medo ou pensar que eu e o papai abandonamos você , segure firme o pingente e lembre que nos amamos muito você, reze pro anjo e logo nós voltaremos pra você. Carlos Eduardo não sabia porque disse aquilo, seu coração ficou angustiado,mas ele sentia que precisava.

- Dadá não podi mais abandona o bebê, nunca nunca!

- Não vou amor de toda a minha vida! Carlos Eduardo

- Nem voxe papai, tem que fica juntinho do Simon, os dois não podi deixa o Simon se naum o anjinho fica bavu.

- Claro que a gente pormete amorzinho do pai. Nicolas

Nicolas encheu o rostinho do pequeno com muitos beijinhos, sempre tomando cuidado pra não machucar o pequeno.

Simon queria fazer charminho com seu bico de bravo, mas ficou contente em saber que iria poder tomar sorvete todos os dias. Carlos Eduardo finalmente ficou tranquilo, mas não saiu de perto do seu pequeno. Simon teve alta no começo da noite, e os três foram embora Simon, todo dengoso no colo do papai enquanto segurava a mão do seu dadá.

O que nenhum dos três percebeu foi um homem vestido de jeans velho e camiseta preta sentado na sala de espera, ele observou o pequeno Simon e seus pais sumindo pelo corredor e se assustou ao ouvir a voz de homem que acabou de chegar.

- Hei, George, acorda!

- Que foi Luiz?

- Eu que te pergunto, o que você quer aqui?

- Quem era aquele casal com o garoto esquisito?

- O investigador da polícia gostosão?

George olhou feio pro ficante

- Relaxa bebê, ele é casado e eu tenho você né?

- E o muleque estranho?

- Ah o Simon? ele é um fofo, o doutor Lange disse que ele foi resgatado de uma quadrilha que trafica gente, uma dó tadinho, mas ele achou o policial gostosão e o marido gato pra cuidar dele, o garoto ganhou na loteria.

- Hum, quer saber eu tenho que ir. George

- Qual é mozim, ficou com ciúmes foi.

- Não, eu tenho que trabalhar. George

George saiu apressado indo até o esconderijo do seu chefe.

- Chefe não vai acreditar, eu achei o investigador que melou nosso esquema, e de quebra uma das mercadorias. George

- Não chegue assim afobado na minha presença, detesto barulho e gritaria, volte ao trabalho, faça uma investigação decente e me traga nomes, endereços e a rotina, tudo que eu puder saber sobre essas pessoas, faça o trabalho que te pago pra fazer, ou então eu vou arrancar a sua cabeça e pendurar no portão da frente prós corvos arrancarem seus olhos e os urubus comerem o que sobrar. Chefe

O homem sabia muito bem que seu chefe era capaz de fazer aquilo e muito mais em um dia onde estivesse de ótimo humor, pra não arriscar ele correu e foi fazer o que seu chefe mandou, ele gostava da sua cabeça exatamente onde estava.

Mais populares

Comments

Cleide Almeida

Cleide Almeida

Meu Deus autora do céu ñ deixa esses vermes fazer mal ao Nicolas ou Eduardo ou Simon por favor na hora q o Nicolas deu o colar o Simon senti um aperto 😭 por favor ñ quero sofrimento ñ tds ekes já sofreram tanto ñ merece passar por mais uma 😭😭😭😭

2024-03-30

3

Gretchen Silva

Gretchen Silva

a não autora que é isso mulher espero que vc não tenha permitido que estes idiota façam mau a família não a né. um deles

2024-04-14

0

Ver todos

Baixar agora

Gostou dessa história? Baixe o APP para manter seu histórico de leitura
Baixar agora

Benefícios

Novos usuários que baixam o APP podem ler 10 capítulos gratuitamente

Receber
NovelToon
Um passo para um novo mundo!
Para mais, baixe o APP de MangaToon!