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Hugo estava no chão ajoelhado, sentindo suas forças acabarem e o pânico tomar conta do seu coração.

Mas Dado estava bem lúcido e em alerta.

- Hey, o que é isso? Dado mostrava uma pequena bolinha brilhante.

- Isso parece ter caído de uma pulseirinha de miçangas que veio junto com um dos enfeites de cabelo do Arthur. Hugo

- Ele tava usando isso hoje? Dado

- Sim estava... Hugo

- Aqui achei outra - Dudu

Arthur ouviu a voz de Hugo e se encheu de coragem, então tirou a pulseira do braço antes de ser amarrado e escondeu na mão fechada, cortou o cordão na beirada da cadeira e ficou com a mão cheia de bolinhas que jogou pelo caminho como na história que seu avô contava quando era vivo.

As bolinhas continuaram até entrar pela mata,o que Geroge não sabia é que Dado e Dudu estavam em seu ambiente natural, seria fácil pra eles rastrear George, ainda mais carregando Arthur que é tão pequeno e frágil.

George ouviu os passos e vozes vindo de perto, viu que era mais de duas pessoas armadas até os dentes então ele decidiu deixar Arthur lá e fugir sozinho, assim teria mais chanches de escapar, mas ele também se recusava a deixar Arthur ser de outra pessoa. Levou o pequeno pro meio da floresta perto da trilha, fez o garoto se ajoelhar.

- É uma pena meu loiro, mas infelizmente não vou poder te levar comigo pra gente brincar, você sabe como eu te acho gostoso e tenho certeza que você também gostava, mas não vou deixar esse corpinho delicioso ser de mais ninguém, eu fui o primeiro e vou ser o último! George sacou a arma e mirou em Arthur, mas antes de atirar a adaga foi lançada ferindo sua mão e fazendo o mesmo soltar a arma, depois Hugo veio correndo pegar Arthur e tirar ele daquele lugar, dois tiros foram disparados acertando as pernas de George.

 Dado olhou pra Nicolas com um olhar de pura maldade.

- Esse aqui não vai sair da mata Chefe, faz de conta que você não achou. Dado.

- É melhor ir chefe, vamos demorar um pouco com esse aqui. Dudu

- Vamos nos divertir a noite toda. Dado

Nicolas não queria isso, mas ele mesmo matou Silva, não podia ser Hipócrita, e conhecendo aqueles dois, sabia que nada iria impedir os gêmeos sanguinários de fazer justiça com as próprias mãos.

Hugo estava com Arthur desamarrando suas mãos, pés e boca.

- Daddy, tava cum medo..

- Já passou meu amor, seu Daddy está aqui, nada vai separar a gente de novo.

Hugo ouviu tudo o que George falou, e estava louco pra matar o desgraçado.

- Vamos pro hospital Hugo, Carlos tá lá com o Simon aproveitamos e fazemos uma consulta com o Arthur pra ver se tá tudo certo. Nicolas

No hospital Carlos Eduardo estava em prantos, quando viu Sérgio saindo de lá com Simon, quando viu o Menor desacordado enlouqueceu . Sergio dirigia o carro enquanto Carlos Eduardo ia atrás com Simon, ele chorava e rezava ao mesmo tempo, enquanto beijava seu pequeno e falava carinhosamente com ele.

Assim que chegaram foram atendidos, Simon foi levado para fazer exames de imagem enquanto Carlos Eduardo parecia querer fazer um buraco no chão de tanto andar de um lado para o outro.

Quando Hugo e Nicolas chegaram, Simon ainda não tinha voltado, e o desespero de Carlos só aumentou vendo o marido com as roupas cheias de sangue. Hugo foi com Arthur pra sala do médico, que constatou que seu pequeno não havia sofrido nada grave, apenas hematomas onde George bateu nele, algumas escoriações por ter sido arrastado e as marcas vermelhas no pulso da corda, seus machucados foram lavados e ele foi liberado, Nicolas fez questão de ser atendido no mesmo quarto de Simon porque queria estar lá quando o médico chegasse com Simon e o diagnóstico.

Depois de feito o curativo e a imobilização do braço de Nicolas, Sergio chegou com uma camisa limpa pra ele, já que não queria que o pequeno Simon se assustasse com o pai parecendo um figurante de The Walking dead. Demorou mais meia hora pra Simon chegar, ele estava acordado e deu um grito quando viu os pais.

- Dadá me achou

Carlos Eduardo já estava amassando o pobre em um abraço apertado.

- Eu sempre vou achar você amor da minha vida, sempre. Carlos Eduardo

- Eu rezei ou anjinhu dadá, ele me potegeu,eu e o Tutu.

- E ele sempre vai proteger amor, é só acreditar. Carlos Eduardo

- cadê o Tutu dadá?

- Ele tá bem amor, tá com o tio Hugo. Carlos Eduardo

- Papai voxe fez dodói pendendo o homi malvado?

- Sim, amor mas não tá doendo eu tô bem, eu estava muito preocupado com você garotão! Nicolas

- Papai pendeu o homi malvado agola naum vai mais vim pega o Simon e o Tutu né papai?

- Isso mesmo amorzinho do pai, ninguém nunca mais vai tirar meu bebê de perto de mim. Nicolas

- Doutor como nosso rapaizinho está? Carlos Eduardo

- Está ótimo, ele teve uma leve contusão com a queda mas nada grave, já fizemos todos os exames e ele tá ótimo, mas hoje nada de correr e nem bagunça, só caminha pra você rapaizinho!

- Ebaaa, vamu fazer piti niti na sala papai, muito docinho e comidinha pro neném.

- Nada de comer muito doce mocinho, se não vai ficar dodói, e o dentinho vai doer amor . Carlos Eduardo

- Maisi eu to dodói dadá, e cum xaudade só hoje vai, pufavô?

Quem resiste a esses olhinhos?

- Só hoje amor vai? a gente teve um dia daqueles, Simom e eu precisamos de muito amor e muitos beijinhos. Nicolas

- E muito papa também papai!

- Sim , bebê e muito papa também. Nicolas

- Tá bom, vocês venceram, mas só hoje. Carlos Eduardo falou e já ouviu a comemoração da dupla de chantagistas.

Nicolas teve que ir a delegacia dar seu depoimento, assinar documentos e fazer relatórios, queria voltar pra casa e curtir seus dias de licença em paz com a família.

Agora com a quadrilha fora do seu caminho e estava começando a pensar em se aposentar, não aguentaria passar pela mesma aflição outra vez, Carlos Eduardo sempre quis montar seu próprio negócio, quem sabe essa não seria a solução?

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