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Carlos Eduardo acordou primeiro que os outros dois, tomou banho e se arrumou no quarto de hóspedes pra não acordar seus amores, depois de pronto ele foi preparar o café, Nicolas acordou um pouco depois, ficou um tempo olhando Simon dormir tranquilo abraçado com seu dinossauro de pelúcia e com sua chupeta azul na boca , ele estava feliz de jogar aquela chupeta feia e suja que ele usava quando chegou no lixo, se dependesse dele, seu pequeno teria somente coisas boas, pra ele Simon merecia o melhor, e ele daria isso pra ele. Nicolas decidiu se levantar e começar o dia.

Simon acordou muito tempo depois, sentindo falta dos braços do casal em torno de seu corpinho. Quando acordou e se viu sozinho, o menor ficou desesperado pensando que havia sido tudo um sonho, ou pior, havia sido abandonado outra vez. Simon gostava de se sentir amado e protegido, na noite anterior ele tinha visto que aqueles dois grandões não eram malvados, e admitia que gostava deles, mas era tarde demais, os dois tinham se cansado dele ser tão chato e mal criado e foram embora.

Pensar nisso fez o pequeno chorar, ele estava triste porque pensava que seus papais tinham ido embora. Quando ouviu o choro do pequeno Carlos Eduardo e Nicolas, correram pro quarto, e encontraram o pequeno sentado na cama sobre os joelhos com o ursinho na mão e a cabeça jogada pra trás com as lágrimas banhando seu rosto. Bem dramático nosso pequeno Simon. Carlos Eduardo correu e pegou o baby em seu colo.

- Baby, o que foi amorzinho, porque está chorando tanto? Carlos Eduardo

Nicolas chegou logo depois e se sentou ao lado de Carlos Eduardo fazendo carinho no cabelo do pequeno.

- Ei amigão, o que aconteceu, ficou com medo de ficar sozinho? Nicolas

- Simon acho que papais foram embora.

O casal ficou feliz ao ouvir o pequeno chamá-los de pai.

- Baby não vamos a lugar nenhum, estaremos sempre aqui com você. Carlos Eduardo

- Pometi dadá?

Carlos Eduardo teve que fazer das tripas coração pra não chorar de emoção na frente do pequeno.

- Prometo amor da minha vida. Carlos Eduardo.

- Agora que tal tomar um café da manhã bem gostoso filhote? Nicolas

- Ebaa, papá

Simon estava todo feliz levantando as mãos pra cima.

- Tá certo então vamos, veste sua pantufa, o chão tá gelado. Nicolas

O pequeno não saiu do lugar, estufou as bochechas e cruzou os braços.

- Que foi pequeno?

Simon, levantou os bracinhos com um beicinho fofo.

- Colinho papai !

O casal riu muito do pequeno preguiçoso, mas Nicolas estava feliz demais de ser chamado de papai, então ele pegou seu pequeno no colo e levou pra mesa, Simon não queria sentar na cadeira e disse que queria continuar no colo do seu papai, e assim foi, Carlos Eduardo ajudou Simon a comer, o menor brincava mais do que comia, mas Carlos Eduardo insistiu para que o pequeno comesse o suficiente pra ficar satisfeito.

Depois de comer seu café da manhã, Nicolas levou o pequeno pra sala, sentou ele no tapete e trouxe seus blocos de montar, Carlos Eduardo não queria que o pequeno fizesse muito uso de telas,então ele ficou ali distraído com seus blocos de montar,. enquanto o casal tomava seu café e comemorava a aceitação do pequeno na família.

No caminho para o supermercado Arthur observava a chuva, ele estava encantado porque sempre gostou de chuva, tempo nublado e frio. Arthur não gostava de calor

e de ficar suado. Quando chegaram no supermercado, Arthur se sentiu nervoso, o lugar era muito grande e tinha muitas pessoas. Hugo pegou na mãozinha pequena de Arthur e eles começaram a caminhar pelos corredores, Hugo comprou leite, ceral e deixou Tutu escolher os biscoitos que ele mais gostava, na sessão de frutas o pequeno pegou muitas frutas, mas todas vermelhas, Maçã, Nectarina, amoras, e morango. Hugo achou curioso, mas gostou que Arthur comia muitas frutas.

Na sessão de higiene Hugo queria comprar toda linha de produtos de bebê para Arthur, ele amava aquele cheirinho no pequeno, mas Arthur não quis, ele bateu o pé no chão e aprontou pra um produto infantil com cheirinho de uva. Hugo cedeu porque o pequeno tinha direito de escolher como quer cheirar afinal de contas.

Depois de pegar tudo o que precisavam, os dois foram pro caixa,Hugo já tinha notado que Arthur estava cansado, mas durante a espera na fila o menor começou a ficar impaciente, enquanto Hugo passava as compras Arthur sentou no chão do mercado. Hugo não pensou muito, apenas pegou seu pequeno no colo, Arthur agarrou o pescoço de Hugo, e enrolou as perninhas na cintura do maior. Ele viu, as pessoas olhando feio e torcendo o nariz, mas ele não ligou, apenas aconchegou o pequeno em seu colo, pagou a conta com o cartão e um funcionário o ajudou com as sacolas, depois de dar uma gorjeta para o rapaz, Hugo colocou o pequeno no banco de traz e colocou o cinto, e foi embora sob os olhares julgadores de um casal de idosos , uma senhora religiosa, e dois jovens tatuados. Mas para Hugo, nada daquilo importava desde que estivesse seu pequeno sempre do lado.

Quando eles chegaram em casa, o pequeno já estava acordado e dessa vez ele não reclamou quando Hugo levou ele pra tomar banho, Arthur estava entediado no banho, e Hugo percebeu e logo tirou o pequeno de lá, secou e vestiu um pijama quentinho.

- Pequetito , amanhã a gente vai sair pra fazer compras tá bem, e eu montar seu quartinho bem lindo pra você dormir nele. Hugo

O pequeno não gostou da ideia, e começou a negar com a cabeça.

- Você não quer um quartinho amor? Hugo

Arthur acenou que não com a cabeça, e bateu as mãos na cama.

- Você quer dormir aqui pequeno? Hugo

Arthur acenou que sim.

- E eu onde vou dormir? Hugo

Arthur bateu a mão em um dos lados da cama.

- Quer que eu durma aqui com você? Hugo

- Xim.

Hugo quase teve uma parada cardíaca ao ouvir uma palavrinha tão pequena, mas que com a vozinha doce dele, deixava o maior todo derretido.

Será que Finalmente Arthur iria voltar a falar?