8

Depois de encher a barriguinha dos dois pequenos, os três adultos continuaram a conversar e trocar ideias sobre seus babys. Hugo percebeu que Arthur acabou dormindo no tapete, Hugo pegou o pequeno no colo pra deitar ele no sofá onde era mais confortável.

Simon quando viu o maior com Hugo no colo, correu e começou a chutar a canela dele.

- Gandão mauvado, solta o Tutu, não vai fazer dodói nele, solta o Tutu, solta agolaaa

Carlos Eduardo correu e pegou o pequeno no colo, que ainda esperneava e gritava pra soltar o Arthur.

- Baby o que é isso, o tio Hugo não vai machucar o Arthur, calma meu amorzinho. Carlos Eduardo

- Simon, eu não Vou machucar o Arthur, ele é meu garotinho. Hugo

Nesse momento Hugo sentou no sofá, Arthur se sentiu seguro e se aconchegou ainda não no colo do maior, enfiando o rostinho no peito do Hugo voltando a dormir tranquilo.

- Tá vendo bebê, o Arthur gosta do Hugo, e nada de ruim vai acontecer com ele.

- Mas ele pegou o Tutu igual os homi malvadu fazia.

- Que homens malvados Simon? Hugo

- Os homi malvado que tinha lá na casa onde eu e o Tutu dumia, eles vinha de noite e pagava o Tutu no colo e levava pa longe, depois o Tutu voltava chorando muito puique eles fazia dodói no bumbum do Tutu.

O coração de Hugo se despedaçou naquele momento, ele queria gritar e xingar e principalmente acabar com a vida de quem fez aquilo com o seu pequeno, mas precisava de controlar na frente do Simon, e pra não acordar Arthur.

Nicolas e Carlos Eduardo também estavam de coração partido pelo que ouviram, mas precisavam saber mais.

- Bebê, vem aqui no colo do papai. Nicolas pegou o pequeno do colo do marido e perguntou - Amorzinho, me diz eles fizeram dodói em você também?

- No meu bumbum não, o Tutu sempe me potegia, mas ele sempe batia na gente com o cinto e dizia que o Tutu era feio e a voz dele era feia também, e dizia que eu era bebê cholão e ninguém quelia fica comigo puique eu era um bebê. Eles batia muito no Simon puique o Simon quebava as coisa e deixava os copinho cai no chão.

Nicolas era puro ódio, no dia seguinte ele iria até a delegacia pra ter certeza que toda aquela gente não saísse da cadeia até que estivessem velhos ou mortos. Pensar em tudo que o pequeno passou fez ele entender o porquê dele ser tão desconfiado de tudo e de todos.

Carlos Eduardo já tinha o rosto banhado de lágrimas mas se limpou porque não queria que seu bebê o visse daquele jeito.

- Simon meu amor, escuta, eu e o seu papai Nicolas não somos malvados, não vamos fazer nenhum dodói em você, nem o tio Hugo no Arthur. A gente só quer cuidar de você e proteger você de todas pessoas pessoas ruins.

Carlos Eduardo

- Isso mesmo amigão, o seu Dadá e eu queremos te dar muito amor e carinho, a gente fez um quartinho lindo cheio de brinquedos só pra você, e vamos te dar tudo que você precisar pra ficar feliz . Nicolas

- Nós te amamos muito bebê - Os dois disseram juntos.

Simon não disse nada, ninguém nunca disse que amava ele e que cuidaria e protegeria ele, mas muitos adultos já mentiram pra ele, então o pequeno ainda não sabia o que fazer e em quem acreditar.

Nesse meio tempo Arthur acordou assustado procurando sua boneca, como ele já tinha despertado Simon convidou o amigo pra ir até o seu quarto ver os brinquedos que ele ainda não tinha dado atenção. Os adultos ficaram ali falando sobre tudo que ouviram e compartilhando todo odio que estavam sentindo naquele momento.

Mas as horas estavam passando e estava na hora de Hugo levar Arthur pra casa , já sabendo que poderia ser um momento crítico e dramático os adultos foram até o quarto de Simon. Ao se aproximarem eles ouviram a voz alegre de Simon rindo muito e dizendo que era pra Arthur parar com as cócegas e depois dizendo que era a vez dele. Surpreendentemente ouviram a cozinha doce de Arthur rindo muito.

- Pala Mumu, pala de fazer o Tutu ri, a barriguinha dói!

Hugo estava hipnotizado por aquela voz açucarada e ritmada, era como música para os seus ouvidos, o som preferido dele no mundo todo. Eles entenderam agora o que ele quis dizer quando escreveu que não falava, ele podia falar só não queria, mas com Simon ele se sentia à vontade para usar sua voz. Hugo estava feliz, ele sabia que poderia fazer Arthur feliz, que podia conquistar a confiança de Arthur para que pudesse ouvir a voz doce de seu pequeno garotinho. Eles entraram no quarto, e os pequenos se sentaram na hora ficando muito sérios, ou tentaram.

- Arthur, pequetito, temos que ir, já está tarde e ainda precisamos passar no supermercado. Hugo

- Você também precisa de um banho baby, e de jantar antes de dormir. Nicolas

- Maisi eu quelia blinca mais com o Tutu

- Eu sei bebê, mas já está tarde, e o Tutu precisa ir pra casa. Carlos Eduardo

- Simon, vamos combinar que da próxima vez você vai até a nossa casa pode ser?

- Tutu eu vô na sua casa!!

Arthur batia as mãozinhas todo feliz, e Simon também estava contente. Não foi tão difícil como da outra vez, Simon chorou um pouco e Arthur também, mas Nicolas prometeu deixar Simon levar o boneco do Hulk pro banho, e Hugo prometeu comprar uma caixa de bombons só pra Arthur no supermercado.

No banho, Nicolas cuidava do pequeno dentro da banheira quando começa a chover novamente, pela cor do céu lá fora, Nicolas sabia que seria uma tempestade. O pequeno já estava com seu roupão esperando no tapete que Carlos Eduardo venha ajudar ele a se vestir. Depois de pronto com seu pijama de dinossauro, Simon foi pra cama segurando sua mamadeira enquanto Nicolas e Carlos Eduardo estavam atrás dele, se sentando na cama com o pequeno.

Quando ele finalmente terminou de tomar seu leite com chocolate, um grande trovão ecoou fazendo um estrondo assustando até os adultos. Simon com medo começou a chorar, mas Nicolas pegou o pequeno no colo e levou para o quarto deles, colocou Simon no meio da cama, e ficou ali com ele de um lado e Carlos Eduardo de outro, abraçando e fazendo carinho no pequeno, falando baixinho e confortando o pequeno, Simon se sentiu protegido, e toda vez que um trovão fazia barulho, o casal o abraçava forte e dizia que tudo ficaria bem, com o carinho no cabelo e o sussurro de canções de Carlos Eduardo, Simon acabou dormindo.

E o casal olhava bobo para aquele pequeno pinguinho de gente que chegou de repente e roubou o coração deles, e que em apenas um dia já trouxe tanta felicidade e cor para vida deles, que agora eles se sentiam uma família completa.

***Esta obra está sob contrato com a NovelToon, e a pirataria, como a reimpressão sem permissão, é estritamente proibida.***

***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***