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Nicolas viu Carlos Eduardo com lágrimas nos olhos, ajoelhado no chão de frente pra dois rapazes, um deles estava deitado no colo do outro como um bebezinho.

- Amor, o que aconteceu? porque tá chorando? Nicolas

- Porque esse garotinho é tão fofo amor, posso ficar aqui até a família deles chegar? Carlos Eduardo

- Amor não achamos a família de nenhum deles, e eles não falam uma palavra desde que chegaram, infelizmente vamos ter que mandar os dois pra uma casa de saúde mental do governo. Nicolas

- Vai colocar esses pequenos no hospício Nicolas? Carlos Eduardo

- Não tenho escolha amor, ninguém apareceu pra ficar com eles. Nicolas

- Eu fico com eles, eu me responsabilizo em cuidar deles. Carlos Eduardo

- Amor, eles não são bebês, são jovens, os dois são maiores de 18 anos, fora que são dois, dois meninos especiais que precisam de cuidados especiais. Nicolas

- Eu fico com o loirinho. Hugo

- Que? tá doido Hugo desde quando você sabe cuidar de criança? Nicolas

- Eu fico com ele já disse, o que eu preciso fazer? Hugo

- Bom, pelo visto vocês dois já estão decididos não é mesmo? Já vi que não tem nada que eu possa fazer, vem vamos pra minha sala.

Hugo e Nicolas assinaram toda a papelada se responsabilizando pelos pequenos, depois foram até onde Carlos Eduardo estava, Nicolas deixou que sua equipe cuidasse da prisão e de colher os depoimento de todos os presos, no dia seguinte ele já estaria de férias e o delegado do turno da noite iria assumir seu lugar, ele iria ficar acompanhando tudo para se inteirar do caso, só restava ir pra casa.

Quando tiveram que separar os dois pra ir pra casa foi um verdadeiro caos, o loirinho chorava em desespero abrindo os bracinhos pro garotinho de cabelinho preto, o moreno chorava e tentava correr pro colo do loirinho, falando algumas palavras emboladas que ninguém entendeu nada.

Depois de muito custo conseguiram colocar os dois no carro, mas os dois ainda choravam muito.

Hugo dirigiu para casa com pequeno no banco de trás que acabou dormindo de tanto chorar. O empresário não fazia ideia do porque tinha tomado a decisão de trazer o garoto pra casa, ele só sabia que no instante em que viu o pequeno na sua frente ele sentiu uma necessidade de cuidar e de proteger aquele menino tão lindo e tão inocente, mas que tinha um olhar triste.

Hugo queria fazer o garotinho feliz, queria que ele se sentisse seguro, protegido e queria fazer o menino sorrir, queria que o olhar do pequeno fosse cheio de felicidade e alegria, ele queria poder cuidar e proteger aquele lindo garoto pra toda vida.

Quando chegou em casa entrou na garagem e foi pegar o pequeno em seu colo, o pequeno acordou, e quando viu que estava no colo de Hugo entrou em desespero novamente, seu corpo ficou rígido, seus olhos lacrimejava e seu rosto demonstrava medo e sofrimento, mas ele não disse nada.

Hugo achou aquela reação estranha, mas não tinha como fazer nada sem saber o que estava acontecendo, levou o pequeno pro seu quarto, ele queria ter tido tempo pra montar um quartinho pro garoto, mas por hora sua cama teria que servir, Hugo pensou em dar banho no garoto, mas vendo sua reação quando estava no colo ele resolveu deixar pro outro dia, já havia tido muito estresse por um único dia.

Hugo colocou o pequeno sentadinho na cama e fez a pergunta mais óbvia de todas.

- Pequetito, qual o seu nome?

O menino não disse nada por um tempo, por um longo tempo, mas Hugo insistiu.

- Meu nome é Hugo.

O garoto ainda desconfiado ficou em silêncio, mas Hugo ainda estava de joelhos a sua frente esperando pacientemente, então o garoto fez sinal de escrever com as mãos, Hugo mais que depressa foi até sua escrivaninha pegar lápis e papel pro garoto.

Com uma caligrafia bem ruim e muita falta de coordenação motora, Arthur escreveu seu nome, trocando uma letra ou outra, mas Hugo entendeu.

- Arthur, que nome lindo, sabe Arthur, existiu um rei muito forte e corajoso chamado Arthur, um dia se você quiser eu te conto essa história tá bem?

O garoto ficou olhando pra ele ainda muito desconfiado e confuso.

- Olha Arthur, quero que saiba que eu nunca vou te machucar, tá bem? Eu só quero cuidar de você e fazer de você um garotinho muito feliz, sei que você está sentindo falta do seu amiguinho, eu te prometo que as pessoas que estão com ele também são muito bonzinhos e não vão fazer nada de ruim pra ele, amanhã eu prometo que te levo pra visitar ele tá bom?

O menino acenou rápido com a cabecinha e fez Hugo dar risada.

- Pequetito, sei que você nunca esteve aqui e essa casa é estranha, então essa noite você pode dormir aqui no meu quarto, eu vou deitar no sofá ali do lado, se voce precisar de alguma coisa e só me dizer.

O garoto pegou o lápis e escreveu todo torto no papel.

...O Tutu não fala....

Hugo fez uma nota mental de levar Arthur ao médico e saber o motivo da sua mudez.

- Tudo bem você pode tocar aqui no meu braço e eu acordo tudo bem?

O garoto apenas acenou. Hugo foi até ele que ficou com medo novamente, pegou ele no colo e deitou novamente no centro da cama, colocando muitos travesseiros em volta do pequeno, cobriu o garoto e deu um beijinho em sua testa.

- Boa noite, pequetito.

Hugo deixou o abajur ligado pro caso do garotinho ter medo do escuro, ou de acordar e ficar com medo.

Hugo ficou ali sentado observando o garoto até ele dormir, quando viu que o loirinho respirava pesadamente, decidiu ir pro sofá e tentar dormir.

Ele não conseguiu, ficava o tempo todo olhando pra ver se Arthur estava bem, ou se ainda dormia. Tinha medo do garoto precisar de alguma coisa e não pedir por vergonha ou medo, então queria estar acordado caso precisasse ajudar o pequeno.

Mas o loirinho dormiu a noite toda, parecia muito cansado, naquela manhã Hugo decidiu que não iria trabalhar naquele dia, queria ficar com Arthur e tenta ganhar a confiança dele.

Hugo saiu do quarto e desceu, pediu pra cozinheira preparar um café da manhã especial pro Arthur, com frutas, bolo de chocolate e cereal. Depois pediu que os empregados ficassem fora de vista até Arthur se acostumar com a casa.

Voltou pro quarto e Arthur ainda dormia, Hugo não sabia o que fazer, ele deveria acordar o pequeno pra tomar banho e depois comer?

Ou ele deveria deixar o loirinho dormir e acordar quando ele quiser?

Droga, ter um baby é difícil...

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Comments

Gretchen Silva

Gretchen Silva

e Hugo e difícil mais não desiste do teu beby não ele merece ser amado

2024-04-14

3

Imaculada Abreu

Imaculada Abreu

Tudo muito triste mas espero que agora eles sejam bem cuidados

2024-04-02

1

Cleide Almeida

Cleide Almeida

É difícil mas cm paciência vc vai saber cuidar dele viu Hugo

2024-03-22

1

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