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Hugo estava alarmado, Arthur entrou no consultório muito nervoso e com medo, demorou 45 minutos mas pra ele foram 3 horas . Quando seu pequeno saiu de lá estava com o rosto vermelho, os olhos inchados de chorar, ele saiu do consultório, foi até uma cadeira afastada e se sentou com a cabeça baixa sem olhar pra Hugo. Era melhor a médica dar uma boa explicação pro estado que o Arthur saiu do consultório dela, ou Hugo não seria nada agradável com ela.

Assim que entrou no consultório e se sentou, a médica percebeu seu nervosismo e foi direto ao assunto.

- Bom senhor Montenegro, o diagnóstico do Arthur é de infantilismo.

- O que é isso? Como ele pegou e como cura ele?

- Bom , infantilismo não é vírus ou bactéria pra ser "pego". É uma condição mental, geralmente é resultado de abandono e negligência na infância, e outros traumas familiares, o caso do Arthur no entendo é muito peculiar.

- O que quer dizer?

- Ele tem a mente tão evoluida como seu corpo, sua fala e suas ações se deram pelo fato de seus tutores sempre tratarem ele como um bebê, mas na verdade segundo o que ele mesmo me afirmou, Arthur gosta de ser um baby. O comportamento dele não é fingimento, porém ele não tem a mente de um bebê, e sim de um jovem de 19 anos. Arrisco até em dizer senhor, que Arthur possa estar vivendo seu primeiro amor.

- Ele disse isso, falou quem era?

- Não precisa de muito além de um par de olhos pra ver que ele é apaixonado por você senhor, e de acordo com a sua reação a recíproca é verdadeira. Arthur viveu muitos traumas, sua alto estima está mortalmente abalada, ele não gosta de seu próprio corpo ou da própria voz, também identifiquei a síndrome do impostor que é quando a pessoa não se acha merecedora de nada bom, sugiro que ele faça terapia, não queremos que isso evolua para uma depressão.

- Pode deixar senhora , eu trago ele aqui pra fazer a terapia sim, e sobre o infantilismo?

- Bom,Arthur gosta de ser um baby pelo simples fato de não gostar de tomar decisões, como o que vestir, ou o que comer, isso gera nele um grande stress, ele gosta de ser cuidado e de receber carinho, você pode levar ele até um fonoaudiólogo se quiser que ele fale corretamente, claro se também for um desejo dele.

- Eu jamais faria algo contra a vontade dele. Hugo

- Isso é ótimo, outra coisa, senhor Hugo e, espero que não me leve a mal, ou me ache invasiva, mas eu realmente que o bem do Arthur.

- Tem alguma coisa errada?

- Bom, por não gostar do seu próprio corpo e não se achar bonito, além da questão do infantilismo, Arthur não se permite viver sua sexualidade de forma completa, e isso está afetando sua saúde.

- Senhora seja mais clara por favor. Hugo

- Arthur sente muito desejo, mas não quer e não sabe como aliviar isso, o que está causando dor a ele.

- Entendi, acho que eu posso lidar com isso. Hugo

- Ok, então a minha recomendação final é que você sempre converse com o Arthur e respeite seu limites e suas vontades, e qualquer dúvida não exite em me chamar.

- Muito obrigada doutora, pode deixar que eu chamo se precisar.

Quando saíram do consultório nenhum deles estava muito a fim de tomar sorvete como está combinado, Simon estava com muito sono, e Arthur estava envergonhado e amuado.

Quando chegaram em casa Arthur estranhou as pessoas estranhas andando pra todos lado.

-Ta tudo bem baby, são os homens que estão montando os móveis do seu quarto de brincar. Hugo

- Vem vamos pro nosso quarto. Hugo

Hugo ia pegar a mão do menor, mas viu como seu pequeno estava cansado e pegou ele no colo, no início Arthur estranhou mas depois relaxou afundando o rosto no peito de Hugo enquanto balançava as pernas dos lados do corpo do maior. Quando chegaram no quarto, Hugo se sentou com o menor ainda no seu colo.

- Baby olha pra mim. Hugo

Arthur balançou a cabeça ainda afundada em seu peito negando.

- Baby, mão quero que sinta vergonha de nada, não gosto quando você não me olha e mal fala comigo isso me deixa triste. Hugo

Arthur não suportava a ideia de deixar Hugo triste, então rapidamente olhou pro cima buscando o olhar de Hugo.

- Dixculpa , Tutu não quelia....

- Nao se desculpe baby, porque tá com vergonha?

- Tutu tá com medo de voxe não quele mais cuida dele.

- Porque você pensa isso amor?

- Tutu não é baby de verdade.

- Quem disse isso, pra mim você é e vai ser sempre o meu baby, e eu vou sempre amar e cuidar de você.

- Voxe ama o TuTu?

- Claro que eu te amo baby, desde o primeiro dia que eu te conheci eu te amei.

- Puque?

- Porque o que amor?

- Puque você ama o TuTu?

Hugo levantou a cabecinha de Arthur e olhou nos olhos dele tentando passar todo amor e sinceridade que sentia naquele momento.

- Bom, primeiro porque o Tutu é muito,muito lindo. Segundo porque você me deixou cuidar de você e confiou em mim, e terceiro porque você tem a voz mais linda desse mundo, eu tenho tantos motivos pra amar você baby, que passaria a vida toda contando.

Arthur sentiu em seu coração que Hugo estava sendo sincero, saber que existia alguém no mundo que o amava tanto era uma coisa que ele nunca teve antes, ele estava feliz e emocionado a ponto de chorar de alegria.

- Baby não chora, você não está feliz?

- Tutu tá muito feliz.

- Baby, eu posso te pedir uma coisa?

- Podi

- Eu queria que você me chamasse de Daddy, você gostaria disso?

- Mas voxe não é papai do Tutu, eu não quelu que voxe seja meu papai.

- O que você quer que eu seja Baby?

- Quelu que seja namoladinhu do Tutu

- Baby você sabe o que um namorado faz?

-Xim, namoladus encosta as boquinha, domem abaçadinho e faz amozinho gotoso.

- Humm, e você já fez alguma dessas coisas baby?

- Xim..