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Hugo sabia que precisava falar com Arthur e tentar deixá-lo à vontade pra falar com ele usando sua voz.

- Pequetito, sabia que a sua voz é a coisa mais linda que eu já ouvi em toda minha vida? Hugo

Arthur ficou vermelhinho que nem um tomatinho, e encantado

com o que acabou de ouvir, mas ainda estava inseguro sobre falar.

- Sabe, meu amor, não me importo de você falar só comigo, na verdade eu ia amar ser o único a escutar essa voz tão lindinha que você tem.

- Voxe gosta mexmu da vozinha do Tutu?

A voz do pequeno saiu baixa e meio rouca pelo tempo de desuso.

- Claro que sim meu amor, eu amo tudo em você , cada pedacinho seu. Hugo

Arthur não sabia o que dizer, mas ele gostou de ouvir aquilo, Hugo sempre elogiava o menor e ele estava começando a gostar e se acostumar com aquilo.

- Agora vamos dormir meu bebê, amanhã vamos ter um dia cheio, vamos fazer compras, o que acha? Hugo

- Tutu que

- Que bom baby, vamos comprar muitos brinquedos e roupinhas pra você, você pode ter um quarto só pra brincar, e pra dormir você fica aqui no meu pode ser? Hugo

- Ximmm

Hugo deitou na cama, puxou a coberta sobre os dois, ligou o ar condicionado porque estava muito abafado, como Arthur estava bem aquecido, não foi um problema, mas Hugo não queria arriscar.

- Vem amor, fica aqui pertinho de mim, vou te manter quentinho. Hugo

Hugo abriu os braços, ainda com medo do pequeno recusar, depois de pensar um pouco, Arthur decidiu confiar em Hugo, e só aninhou em seu colo, colocando a cabeça em seu peito e a mãozinha no seu pescoço.

Hugo não dormiu muito naquela noite, ainda precisava se acostumar com o seu pequeno carrapatinho grudado nele enquanto dormia. Mas ele aguentaria até se acostumar de vez.

No dia seguinte, mais uma vez, o banho de Arthur foi rápido e tedioso, depois de vestir um macacão de lã bem quentinho , Arthur comeu apenas duas frutinhas picadas com mel.

- Vamos fazer compras baby?

- Ximm

- Depois vamos encontrar com o Simon e seus papais pra poder ir em outro lugar tá bem?

Arthur acenou e pegou na mão de Hugo pronto pra sair.

Já na loja que Nicolas e Carlos Eduardo recomendaram, Hugo estava satisfeito com tudo que via, a primeira parada foi na sessão de mamadeira e afins.

- Baby, você quer mamadeira ou copinho?

- Copinho, copinho!

- Tudo bem amor, pode escolher qualquer um, se não conseguir pegar eu pego pra você.

Hugo percebeu que Arthur olhava para os copinhos rosas e lilás , mas no final pegou um azul.

- Baby, tem certeza que quer esse? acho que o copinho de sereia lilás combina mais com você. Hugo

- Copinho rosa é de menina, Tutu mão pode compa poque Tutu é menino.

- Amor isso não é verdade, você pode escolher o que você quiser, não existe isso de coisa de menina e coisa de menino, só compre o que você realmente gostar, promete pra mim pequetito?

Arthur estava tentando entender tudo que Hugo disse , então finalmente acenou afirmando. Então ele pediu o copo de sereia e o copo de bailarina, também pegou uma garrafinha rosa com desenho de princesa, e outra verde com estampa da Tinker Bel.

Hugo ficou satisfeito, ele escolheu um kit de pratos e colheres para Arthur, era todo rosa e tinha estampa de uma girafa com um laço fofo.

Depois os dois foram pra sessão de roupas, e mais uma vez Arthur ficou na dúvida sobre o que comprar.

- Tutu pode usa vestidinho ?

- Claro meu amor, você pode usar vestidinhos, sainhas e tudo mais que você quiser. Hugo

Hugo gastou uma pequena fortuna ali, comprou muitos vestidos, saias e meias calças , blusinhas de estampas fofas, muitos moletons rosa e lilás, as cores que ele descobriu que Arthur ama. Arthur também escolheu calcinhas estilo shortinho de renda, ele pegou uma de cada cor, também pegou outras de algodão , alguns pijamas fofos , um do Stitch e outro de unicórnio, além de algumas outras camisolas que Hugo não teve tempo de ver.

Na sessão de brinquedos Arthur não olhou pra nada além das bonecas de pano e dos ursinhos de pelúcia, Ali Hugo deixou outra pequena fortuna, ele não conseguiu e não quis dizer não ao pequeno, já que na casa não tinha nenhum brinquedo pra ele. Depois de encher o carinho de bonecas e ursinhos, Hugo mostrou alguma brinquedos de banho pra Arthur.

- Patinhu

- Sim meu amor, patinho, vamos levar pra você brincar na banheira tá bom ?

-Xim

Depois de escolher brinquedos de banho, Hugo encomendou alguns móveis, tapetes e outros acessórios pro quarto de brincar do seu pequeno. Depois de pagar a conta exorbitante que deixou o gerente com um imenso sorriso, Hugo levou Arthur pro carro e começou a procurar formas de contar aonde iria.

- baby vamos encontrar o Simon agora tá bem?

- Mumuu

O pequeno gritou feliz da vida.

- Vamos levar você e o Simon em um lugar para o médico ver você tá bem?

Arthur olhou triste pra Hugo.

- Tutu da dodói?

- Não amor, você não tá dodói. Hugo

- Simon tá dodói?

- também não minha vida, só vamos lá pro médico ver como vocês são fortes e saudáveis, depois a gente vai levar vocês pra tomar um sorvete bem grandão.

- Soveti, Soveti

Arthur ficou cantando sorvete por um tempão, fazendo Hugo rir, pelo jeito não teria nenhum problema com Arthur e médicos.

Já os pobres amigos não tiveram tanta sorte, chagaram no consultório com Simon aos beros dizendo que não estava dodói.

Ele só se acalmou quando viu Arthur, os dois começaram a brincar outra vez, e Arthur não disse uma palavra na frente dos outros adultos, permaneceu calado.

Na hora da consulta, os dois tiveram que ir juntos já que Simon se recusava a se separar do amigo. Aparentemente os meninos estavam saudáveis, mas Simon tinha dificuldade no crescimento, o médico disse que se fosse tratado até a adolescência com algumas injeções ele ia crescer um pouco mais, mas como ele não foi tratado seu tamanho não mudaria mais , ele ficaria assim um pequeno de 1.45.

Basicamente o médico faria uma suplementação de vitaminas nos dois e era isso.

Na consulta com a psicóloga Simon foi com seu papais. Depois de brincar muito com os brinquedos da sala, ele finalmente deu atenção à psicóloga e respondeu todas as perguntas. A psicóloga falou com os adultos e passou o seu diagnóstico a respeito do pequeno.

Depois foi a vez de Arthur,mas a médica pediu pra que ele entrasse sozinho, Hugo ficou aflito, e depois de longos 45 minutos, Arthur saiu com o rostinho inchado e olhos vermelhos de chorar.

Hugo ficou em alerta, seja o que for que aconteceu naquela sala, era bom alguém explicar porque seu pequeno estava chorando, ou então...

Cabeças iriam rolar.

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