Cecília: Camille, pode me contar como foi?
Camille: Claro…Eu estava no carro voltando para casa quando a diretora do colégio ligou dizendo que elas não estavam encontrando a Lise entre as coleguinhas e o meu pai não atendia o telefone…Eu não entendi muito a princípio, mas aí vi que era sério quando ela disse que a polícia estava indo até lá e que iriam encontrá-la…Liguei para o meu pai, mas o celular dele estava desligado, a polícia chegou aqui em casa logo depois que eu cheguei, me proibiram de sair para procurá-la pois já era início da noite.
Cecília: Bruno, você sempre deixa seu celular assim?
Bruno: Não…Eu estava querendo me distrair com os meus colegas e acabei desligando ao entrar no bar.
Cecília: A que horas ficou sabendo e como?
Bruno: Quando eu cheguei em casa já era um pouco mais tarde do que eu costumava chegar, a polícia estava em casa e a Camille passando alguma coisa para eles.
Cecília: O que a escola diz?
Bruno: Que até chegar na entrada a Lise estava junta a todos, pois os nomes foram conferidos e a lista de presença assinada por ela.
Cecília: Tá, mas como perceberam? Haviam pessoas o suficiente para a quantidade de alunos?
Camille: Segundo a professora, ela só se deu conta do desaparecimento da Lise na hora que parou para fazer a segunda contagem.
Cecília: E os coleguinhas?
Camille: Dizem não terem visto nada, estavam muito ansiosos no momento então se viram algum coisa não iram conseguir lembrar.
Cecília: Entendi. Eu vou ir na delegacia ainda hoje, possa ser que o delegado tenha mais informações que vocês não saibam.
Bruno: Cecília, se descobrir alguma coisa com a polícia, você irá nos contar a verdade? Por favor eu já não suporto mais ficar sem saber de nada, como se a Lise tivesse desaparecido em um passe de mágica.
Cecília: Bruno, garanto que voltou com alguma coisa.
Levanto da cadeira.
Bruno: Eu posso te deixar lá, vamos.
Cecília: Na verdade eu estou de carro, mas pode vir comigo se quiser.
Bruno: Maravilha, então vamos.
Cecília: Estou feliz por ter te conhecido Camille, a gente tem muito o que conversar ainda, então espero que tenha gostado de me conhecer também.
Camille: Se eu gostei? Você é sem dúvidas a pessoa certa para ajudar nas buscas pela a Lise.
Seguro a mão dela.
Cecília: Bom, acho que é isso! Vamos?
Bruno: Vamos! E Camille, por favor…
Ela o interrompe.
Camille: Já sei pai…Não sair de casa…
Bruno: Isso, até daqui a pouco.
Cecília: Até logo Camille.
Nos despedimos e saímos.
Bruno: Belo carro.
Cecília: Dessa vez eles se superaram.
Entramos no carro.
Cecília: Você pode colocar a localização?
Bruno: Claro.
Ele põe.
Cecília: Obrigada.
Bruno: Cecília, acredito que já esteja acostumada com esse tipo de caso…Você tem alguma ideia do que pode ter acontecido? A polícia acredita que por ser uma criança curiosa a Lise saiu do espaço cercado por ter visto algo.
Cecília: Posso ser sincera?
Bruno: Por favor.
Cecília: Sim, eu acredito nessa possibilidade, tem muitas chances…Mas, há várias outras, como por exemplo uma pessoa, você disse que a Lise faz amizade facilmente, certo?
Bruno: Sim…
Cecília: Você tem algum inimigo?
Ele ficou calado por um tempo, parecia estar tentando lembra de algo.
Bruno: Inimigo é uma palavra forte…
Cecília: Você é advogado.
Bruno: Tem razão, mas não penso em ninguém que possa ter feito isso, até porque eu sempre fui discreto em relação a minhas filhas, a Camille passou a ter visibilidade após a morte da mãe, que foi quando a tia dela veio passar uma temporada e levou ela para esse meio.
Cecília: O que a Camille faz na internet?
Bruno: Eu não sei bem, mas ela gosta de maquiagem, roupas, é sempre responsável pelas festas que acontecem com os amigos.
Cecília: Entendi…
Bruno: Você acha que alguém por vingança iria sequestrar a Lise? Mas, quem?
Cecília: Eu não sei, mas tá na cara que isso não é um sequestro comum, se quisessem dinheiro já teriam entrado em contato.
Bruno: Já trabalhou em algum caso que a criança foi encontrada com vida?
Paro o carro e olho pra ele.
Cecília: Porque está me fazendo essa pergunta?
Bruno: Cecília ninguém liga, a polícia não descobre nada e eu também não posso fazer nada!
Cecília: É claro que pode, e está! Bruno, vamos encontrar a Lise, eu prometo.
Ele respira fundo e me olha.
Bruno: Obrigado Cecília, eu confio em você.
Ele segurou a minha mão enquanto me olhava, como se realmente tivesse certeza do que estava falando.
Cecília: Já deu certo.
Se eu já estava sentindo muita pressão com esse caso, agora estava o dobro.
Chegamos a delegacia.
Bruno: Viemos falar com o delegado.
O policial me olhou.
- Você eu sei quem é, o pai da menina desaparecida…e você, quem é?
Cecília: Cecília, sou a agente enviada para auxiliar nas buscas pela Lisette.
O policial riu.
Cecília: O que achou tão engraçado?
Bruno: Também estou curioso para saber.
Ele fechou a cara.
- Eu vou avisar que vocês chegaram.
Não demora e ele volta dizendo que a nossa entreda está liberada.
- Agente Cecília, Sr.Durand.
Bruno: Olá mais uma vez.
Nos cumprimentamos.
Cecília: Muito prazer.
- Agente, não sei se o senhor Durand chegou a te informar, mas a nossa equipe é formada pelos melhores profissionais, por isso não vi o seu envio como necessário, mas já que ele insistiu vamos abrir essa exceção.
Cecília: Na verdade eu já imaginava que o meu trabalho não seria tão bem-vindo, e agora com o senhor me dizendo isso acredito que tem muito o que me contar sobre tudo que descobriram.
Sorri para ele e peguei o meu caderno de anotações, acho que o delegado não esperava uma pessoa destemida que batesse de frente com ele. Eu estou acostumada com essas piadinhas, principalmente por ser mulher, mas não vou abaixar a cabeça nunca.
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Atualizado até capítulo 73
Comments
Ira Rosa 🌹
O famoso macho escroto!
2025-03-07
0
Luzia aparecida Araújo
Que policial babaca! Patético! Mostra pra eles a que veio Cecília! 👏👏👏👏👏👏
2025-01-29
1
Doraci Bahr
show as mulheres dominando
2024-12-03
1