CAP 04

...Dia seguinte…...

Saio bem cedo e vou direto para a delegacia, ontem o delegado. apenas respondeu a minha mensagem perguntando se havia alguma atualização, mas a resposta que recebi era seca, parecia até que não estavam nem aí para encontrar a Lisette.

Chego na delegacia antes mesmo do advogado, assim que ele chega vamos para a sala dele.

Bruno: Sete dias e nada da Lisette, vocês ao menos tem uma resposta para as minhas perguntas, é uma criança de oito anos desaparecida.

Delegado: Estamos trabalhando muito em busca da Lisette, mesmo que não acredite ontem fizemos mais uma busca pela área.

Bruno: E quando vai acontecer o próximo interrogatório? Alguém deve ter visto alguma coisa, a minha filha não ia desaparecer do nada!

Delegado: Temos uma nova teoria.

Bruno: Então me diz.

Delegado: A Lisette é uma menina muito curiosa segundo a própria professora, ela pode ter visto alguma coisa fora do espaço cercado e saído, aquela área é enorme, há animais silvestres, rios…

Bruno: Eu não acredito nessa teoria, teriam encontrado alguma coisa, a mochila dela, ela adora a mochila de unicórnio…Vocês acham que ela está morta?

Delegado: Sr.Durant, vamos continuar as buscas.

Bruno: A espiã que eu contratei está a caminho, ela é melhor segundo o diretor da agência, ela vai auxiliar vocês, a Lise vai ser encontrada.

Delegado: Vale lembrar que eu ainda não concordei 100% com isso, terei que conversar com ela primeiro, não acho que haja necessidade.

Bruno: Pois se possível eu vou virar este país do avesso até encontrar a Lise! A minha filha não está morta.

A porta da sala se abre assim que termino de falar.

Bruno: Camille?

Camille: E nem briga comigo pai, eu tô cansada! Cansada de ficar em casa trancada sem saber de nada.

Bruno: Camille, você não pode sair de casa, quem te trouxe?

Levanto e vou até ela.

Camille: Eu vim sozinha pai, tô cansada de ficar naquela casa sem poder sair pra lugar nenhum, você não diz nada pra mim, eu tô preocupada com a Lise!

Bruno: Eu volto mais tarde quando a detetive chegar. Vamos Camille!

Delegado: Qualquer coisa te avisamos.

Saímos da sala.

Camille: por que não quer que eu saiba de nada? Viu só como me trata? Eu não sou mais criança!

Bruno: Estão todos olhando, fica quieta, vamos para o carro e te explico tudo.

Saímos da delegacia e entramos no carro.

Bruno: Você pensa que estou te escondendo as coisas Camille? Sério? Eu não sei de nada, nem a polícia! Você sabe que não pode sair de casa por enquanto, porque me desobedeceu?

Camille: Porque já tempo 18 anos pai, não sou criança.

Bruno: Sei que você não é criança, inclusive fico feliz que esteja tentando entender o que aconteceu, mas a verdade é que todos nós estamos Camille, não sabemos de nada, ninguém viu nada, não há câmeras ou vestígios.

Dou um soco na volante.

Camille: Calma pai, me desculpa…

Bruno: Eu que te devo desculpas, eu vou te contar tudo que ficar sabendo, eu prometo.

Camille: Tá…

Bruno: Ah, eu tenho uma coisa que preciso falar sim.

Camille: O quê?

Bruno: Contratei uma agente, ela vai auxiliar a polícia.

Camille: Isso é bom, talvez ela tenho um outro ponto de vista sobre o que possa ter acontecido com a Lise.

Bruno: Sim…Ela chega hoje à tarde pela previsão, vai ficar lá em casa, tudo bem pra você?

Camille: Sim, tudo bem sim.

Bruno: Ótimo, obrigado por me escutar filha. Posso te pedir uma coisa?

Camille: Pra não sair mais?

Bruno: Não sabemos o que aconteceu, se tem alguém por trás disso…Você vai me deixar mais tranquilo dessa forma.

Camille: Tá, eu não saio mais.

Nos abraçamos.

Bruno: Ok, vamos pra casa.

Seguimos para casa.

Algumas horas se passam e nada da agente chegar, ligo para o Jerry e ele me diz que ela preferiu ficar em um hotel, mas que já estava a caminho para conversar comigo e a Camille.

Bruno: Camille, já está tudo pronto para recebê-la? Ela já está a caminho.

Camille: Sim pai, vou pentear o meu cabelo e já desço.

...Cecília Hunter…...

Assim que pousamos na França pego a chave do carro que o Jerry já havia deixado a minha disposição, sigo para o hotel que minha família e eu costumamos ficar quando estamos aqui.

Tomo um banho e me visto para encontrar com a família da garota desaparecida. O Jerry me envia a localização e eu dirijo até o condomínio que pelo visto é reservado e bem seguro.

Quando chego na casa indicada o segurança pergunta quem sou e confere com alguém no celular, minha entrada é liberada e eu estaciono o carro.

Assim que saio do carro vejo uma jovem na porta, provavelmente a filha mais velha.

Cecília: Olá, Srta.Durand?

Camille: Isso mesmo, Camille Durand! Você é a detetive não é? Seja bem-vinda.

Cecília: Muito obrigada Camille, pode me chamar de Cecília.

Camille: Muito prazer Cecília! Por favor, entre.

Entramos.

Camille: O meu pai foi atender um telefone, ele já volta.

Cecília: Tudo bem, não se preocupe.

Camille: Vamos esperar ele na mesa, pedi para que preparassem um chá da tarde, acredito que esteja com fome.

Cecília: Admito que sim.

Camille: Então vamos!