Judite sentiu seu coração bater forte torcendo para sua patroa que estivesse bem e chegasse onde queria. Havia muitas vidas em jogo e em perigo. Alexandre era um homem poderoso e perigoso que não media esforços para tirar seus inimigos do seu caminho, e se soubesse que sua esposa Alice lembrou de tudo corria risco de vida.
Judite rezava que quando isso acontecesse, ela estivesse bem longe num lugar seguro. Que ele nunca a encontrasse! Temia pela segurança de Alice. Tinha como uma filha, só ela sabia dos segredos, que nem Alexandre seu patrão suspeitava, caso ele soubesse, seria morta com certeza. Então tinha que fingir muitas vezes estar do lado dele e contra sua patroa para segurança de Alice.
Aqueles bilhetes anônimos enviados para Alice, era Judite mesma que escrevia para que Alice acordasse para a realidade. Sabendo dos sonhos de sua patroa que contava para seu marido, ela ouvia as discussões deles dois, então resolveu mexer os pauzinhos para sua patroa tomar alguma atitude e sair em busca da verdade antes que fosse tarde.
E o plano funcionou direitinho como ela planejou, estava dando certo, e erguia as mãos para o céu agradecendo a Deus que tudo estava dando certo e que as coisas iam voltar a ser como era antes assim pensava Judite.
Enquanto isso, Alexandre estava inconformado com as péssimas notícias de seus homens que não haviam encontrado Alice, ele mandou para todos os lugares, menos naquela floresta onde estava Alice. Alexandre, que subestimou a sua esposa. Pensava que jamais ela chegaria até lá, e que era uma louca desmemoriada não ia lembrar-se de nada.
Seu plano estava dando certo, como ele planejou a única coisa que ele se preocupava? É que, Alice não tinha levado os remédios que costumava tomar antes de dormir, para depressão e segundo ele disse para sua esposa que precisava tomar para anti depressão, mas, na verdade, eram remédios que faziam ela esquecer a memória e gradualmente.
E assim ele podia fazer com que Alice adoecesse de vez até ter um ataque cardíaco e assim ele seria inocente de qualquer coisa que pudesse acontecer com sua esposa. Estava seguro disso, e enquanto ele pensava dessa forma Alice estava segura e teria tempo para desvendar os mistérios que o cercavam a sua vida e que muitas coisas ia descobrir, e encontrar provas.
Até colocar Alexandre atrás das grades definitivamente, assim como desejava Judite que estava atenta a todos os passos dele. Nos telefonemas que ele dava para homens estranhos, que ela não conhecia, e nem sabia do que se tratava. Seguidamente estavam em reunião as portas fechadas em seu gabinete, homens de negócios mal-encarados e suspeitos, Judite conhecia bem como eram eles. "Nada bom!". Pensava ela. E os dias iam passando e ele cada vez mais desesperado sem notícias de Alice. Isso tranquilizava Judite. E tinha certeza que sua patroa estava bem, e segura. E que a verdade estava se aproximando, embora soubesse que Alice teria um choque quando descobrisse toda a verdade sobre ela e Alexandre.
As pessoas que trabalhavam na casa dependiam muito dos seus empregos. E Judite sabia o quanto seus colegas estavam desanimados com as loucuras de Alexandre, que sempre soube esconder sua verdadeira face diante da esposa Alice.
Embora Judite não soubesse que Alice estava desconfiada há muito tempo, era só uma questão de tempo para as coisas serem esclarecidas até esse dia chegar. Judite se manteve firme e não deixou seu patrão desconfiar de nada daquilo que sabia faz tempo. Sem querer, ela ouviu uma conversa do seu patrão aos gritos no telefone.
— Seu imbecil incompetente ainda não acharam a minha esposa? — Do outro lado da linha não dava para Judite ouvir, mas pelos gestos de irritação tudo indicava que não tinham achado Alice! Para o alívio dela. E torcia que fizesse sucesso nas investigações. Alice sentou-se sobre uma poltrona da sala e ficou escutando tudo o que a Janete tinha a dizer. Estava confusa ainda sem saber se ela estava falando a verdade a respeito. Ficava pensando: “Será mesmo que ela é minha mãe? É tão jovem?” Mas cadê meu pai, se é que tenho pai?
— Se a senhora é mesmo minha mãe então me conta tudo e não me esconda nada! É muito importante eu saber da minha vida, me sinto no escuro, sem saber quem eu sou, e em quem acreditar. Queria que me dissesse quem é mesmo Alexandre?
— Filha, eu sei que é difícil acreditar, mas o seu marido não é essa pessoa que você pensa que é!
— Hum! Isso eu já ouvi em algum lugar só não sei aonde, mas estou lembrando bem dessa frase que não sai da minha cabeça!
— É, filha, sinal que tem gente que quer abrir seus olhos, mas talvez tenha medo. Seu marido é um assassino criminoso-frio. E você precisa descobrir a verdade antes que seja tarde demais!
— Como assim? Pode ser tarde demais?
— Em primeiro lugar você precisa me dar um voto de confiança e acreditar que eu sou a sua mãe!
— Confiança? É uma palavra muito difícil para mim, se nem sei quem eu sou nos últimos tempos! Estou andando na escuridão procurando uma luz no fim do túnel. Sigo a minha vida baseada em sonhos que tive. E na verdade, cheguei até aqui graças aos meus sonhos!
— Então minha filha, se você chegou até aqui, é porque vai encontrar as respostas! Você queria alguém que pudesse te ajudar a encontrar as respostas certas? Vou te ajudar! Acredite em mim!
— Prove-me que realmente é minha mãe?
— Aquele canalha fez mesmo uma lavagem cerebral em você a ponto de esquecer-se da sua própria mãe e quem sabe até das suas duas lindas filhas!
— Filhas? — Alice ficou pálida e teve que se segurar. Aquela palavra soou como uma bomba em seus ouvidos.
— Sim, você deixou para trás duas lindas filhas. São duas irmãs gêmeas. Uma se chama Ana Clara e a outra Ana Luíza. Elas são lindas loirinhas de olhos azuis, puxaram a você, minha filha!
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Atualizado até capítulo 44
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Fatima Gonçalves
CARAMBA
2025-03-23
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