CAPÍTULO 7

Nós passamos por tantas coisas ruins na vida. As pessoas más que surgem em nossas vidas que depois fica difícil acreditar nas boas, preciso entender que o mundo é paralelo e está dividido entre o bem e o mal, entre anjos e demônios, entre Deus e o Diabo, a razão da emoção, e assim vai.

E cada dia a gente constrói um pouco da nossa história. Para mim tudo é confuso. O bilhete anônimo que surgiu em cima da minha cama, sem saber quem é o autor desses bilhetes para atormentar ainda mais a minha vida. Eu fugindo do passado. Preciso enfrentá-los se eu quiser ter paz no futuro, mas como? De que jeito? Eis a questão.

Os telefonemas de Alexandre que são misteriosos me deixam em pânico, porque pelo que me lembro bem Vanderlei quando dava esses telefonemas no dia seguinte eu ficava sabendo que estava envolvido em algum assassinato de seus adversários. Quando um traficante rival dele morria era uma festa que ele realizava em casa com queima de fogos de artifícios.

Bom, a minha vida está assim desse jeito. Se acredito ou não em meu marido, estou naquelas sem saber se ele é o homem da minha vida. Será que ele é tão perfeito quanto ele diz? Até quando essa dúvida cruel que me atormenta. Sem passado, sem futuro e o presente é um enigma cercado de incertezas sem saber o que fazer.

Os sonhos continuam os mesmos. Depois que o Alexandre me falou aquelas coisas que eu fiz no passado, me deixou mais confusa. Eu preciso lembrar de tudo. E se for tudo uma mentira? Tenho duas filhas e não é apenas um sonho e sim são reais. Elas existem, mas onde elas estão? Essa parte o Alexandre não me explicou direito.

Segundo ele, a gente se casou e as filhas ficaram com meu ex-marido, que fez ameaças, ou eu deixava as filhas com ele, ou ele mandava matar eu e o Alexandre. Será que isso é verdade? Fugimos de São Paulo para Rio Grande do Sul e aqui vivo desde então, estou sendo perseguida pelo passado, mas que passado é esse?

Será que sofremos mesmo um acidente de carro? E sobrevivemos? Isso não está bem claro na minha mente perturbada que a cada dia que passa me deixa mais confusa. Me sinto no fundo do poço sem saída, sem saber realmente quem eu sou. Quando penso que estou chegando perto da verdade me dá um branco, e fico desesperada me sentindo num labirinto ou presa em alguma coisa que nem sei o que é de fato. A pergunta é: será que um dia eu fui uma prostituta?

E se Alexandre estiver mentindo? De uma coisa posso ter certeza, tenho duas lindas filhas por aí! A pergunta: é. Onde elas estão? Será que estão em São Paulo? Ou é invenção de Alexandre? Se ele é de fato um bom moço, quanto parece porque não trouxe as minhas filhas comigo? Se de fato ele mesmo me ama deveria trazer elas conosco, mesmo não sendo pai delas?

Sim porque quando um homem ama mesmo uma mulher ele aceita ela do jeito que for. Tem aquele ditado que diz.

— Casou com a mãe e tem que levar as crianças juntos! Até porque ele é bem de vida, um empresário bem sucedido com nome forte na alta sociedade. Não posso acreditar que um homem com tanta posse, ia fugir de São Paulo. E outra aqui ele é dono de um império, como ele ia trazer tudo isso para Porto alegre? Será que ele era daqui mesmo? Essa história está muito mal contada, chego a conclusão que vou ter que investigar isso sozinha sem ninguém saber.

Mas por onde vou começar? Estou morando numa mansão cercada de seguranças. Sinto-me uma prisioneira sem liberdade nem para sair de casa, os únicos lugares que vou é na piscina, academia que tem aqui dentro da minha própria casa, aliás, nem casa é! Seria modéstia minha dizer casa quando, na verdade, se parece mais um castelo num País distante da Europa, ou até mesmo na Disneylândia. É assim que eu me sinto presa em todos os sentidos. Sem memória, sem futuro e sem passado. Será que fui mesmo uma prostituta? Ou será que fui filha de uma família bem sucedida?

Até porque essa mansão não é estranha para mim. Esse tal de Wanderlei ele existiu mesmo? E se existiu é mesmo um bandido ou traficante de drogas como me disse o Alexandre? E caso tudo isso seja invenção dele? E se minhas filhas estão por aí eu preciso saber onde elas estão?

Não quero que elas estejam abandonadas sem mãe, seja lá onde estejam, não quero uma vida para elas como a minha que tive! Caso seja verdade mesmo que o Alexandre me falou dessas possibilidades de eu ter sido uma garota de programa. Uma possibilidade é real. Eu tive mesmo duas filhas, e preciso buscar elas urgentemente, nem que para isso eu tenha que enfrentar o mundo, e meu marido Vanderlei.

Faço qualquer coisa se for preciso. Ainda mais agora que a minha mente está voltando aos poucos, e descobri quem eu fui no passado. Embora muito confusa sem ter certeza se de fato aconteceu, a primeira coisa que tenho que fazer é ficar de olho no Alexandre para tentar descobrir quem ele é de fato.

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Comments

Fatima Gonçalves

Fatima Gonçalves

AINDA MAIS QUE VC NÃO VSENTE NADA POR RLE SEXUAL

2025-03-23

0

Fatima Gonçalves

Fatima Gonçalves

É ISSO AÍ

2025-03-23

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