Cansada de ser torturada, Alice resolveu agir. Já que seu marido Alexandre não dava as respostas que precisava! Sentia que ele escondia algo muito grave, só não sabia o quê? Se fosse uma forma dele preservar algo de muito ruim que ela não pudesse suportar, até um câncer maligno?
Pensou que escondia dela, mas esperar por ele não chegaria a lugar algum. Então o jeito era fugir de casa, e para isso precisava fazer algumas perguntas, a ele sobre as estradas que vinham na direção da casa dela para que lado levasse. Descobriu que tinha dinheiro na sua conta bancária e a senha caso fosse uma emergência, perguntas básicas que conseguiu arrancar do seu marido!
Menos mal: pensava ela? Algumas informações que ela poderia começar a investigar sobre sua vida e seu passado. Temia que pudesse descobrir algo de muito grave. Estava disposta a enfrentar esse desafio, o mais difícil da sua vida, ir atrás do seu passado. É lá que estavam todas as respostas que precisava saber o que fazer da sua vida no futuro? Do jeito que estava não podia ficar.
Então ela levantou cedo e deixou seu marido ir trabalhar, e arrumou as malas com pouca roupa. Apenas o necessário. Assim que desse, sairia às escondidas pelas portas dos fundos até mesmo pular o muro caso fosse preciso. Medo não tinha mais de sair. Seu medo era ficar presa naquela enorme mansão atormentada pelas lembranças do passado e as incertezas de quem era! Decidida a embarcar naquela aventura, não tinha nada a perder.
O tempo era precioso, e não queria mais perder naquele momento da sua vida confusa, e sem memória. Acreditava que saindo daquela casa desconhecida suas ideias iam se esclarecer quem sabe descobrir quem era. Seria um passo para sua liberdade e fugir daquela vida de prisioneira.
Sim Alice se sentia uma prisioneira, mesmo sendo bem tratada pelo seu marido, mas o fato dele esconder coisas dela e não dar melhores esclarecimentos a respeito do que aconteceu com ela e o fato dele dar telefonemas estranhos isso despertava suspeitas dele.
E estava rodeada de pessoas que não confiava. Então o único jeito era fugir e só do lado de fora poderia descobrir os mistérios em torno dela. Quando o dia amanheceu Alice tinha tudo em suas malas dinheiro cartão de crédito? Da qual ela não iria usar para não ser descoberta.
Na sua mala de viagem havia três pares de tênis que seria necessário usar, sapatos, bermudas, blusas, vestidos, e mais calças, sabia que não precisava levar muita roupa? O que importava era descobrir a sua verdadeira identidade e de suas origens, precisava voltar ao passado seu ponto de partida?
O mais estranho é que Alice foi quando saiu sem ter visto ninguém vigiando, nem o batalhão de segurança, nem os empregados, e o portão aberto! Será uma armadilha? Ou alguém tentando ajudar ela a fugir! Mas quem? Perguntava- se? Foi seguindo andando pela estrada fugindo de tudo e de todos.
— Eu preciso fugir de algo para encontrar meus objetivos! Pensava ela. — Temia que Alexandre desse falta! Essa hora estaria bem longe. Era pouco notada na casa, sua vida era ir à piscina tomar banho de sol. Para eles tanto fazia se estava em casa ou não.
— Então não tenho porque me preocupar com eles. Tenho que pensar em mim, se não pensar em mim, quem vai pensar? Vou seguir a minha intuição já que estou sozinha? Já que com meu marido não posso contar e os empregados que me olham com aquelas caras de... @#$ nem vou dizer desculpe a palavra, então já que eu era ignorada por todos não tinha porque me preocupar com eles.
"Eu e Deus e mais ninguém. Preciso sair às pressas antes que me procurem!". — Assim ela seguiu seu caminho caminhando pela estrada afora em busca de respostas. A estrada menos mal que era esfalfada a morro acima era de manhã nem sol tinha mais.
Seguia a passos largos, e de vez em quando olhava para trás. Como se estivesse fugindo de alguém. Cada vez se dava conta que ela já passou por isso? Não é a primeira vez que ela estava se sentindo perseguida por alguém, já conhecia essa sensação. Ficava em dúvida se perguntando a si mesma será que Alexandre tem razão mesmo, porque sinto que já fugi de alguém?
Será que esse tal de Vanderlei existe mesmo? Será que um dia fugi de casa e me entreguei às drogas e fui a São Paulo e virei uma prostituta? Bom seja o que for preciso andar depressa e descobrir onde fica essa tal floresta? É lá que vou encontrar as respostas. — Bom, na medida em que eu subia a ladeira eu ficava com medo. Eu sentia a sensação de estar sendo seguida pelo meu marido ou de alguém.
Eu estava atormentada e paranoica sabendo que eu estava sendo perseguida por alguém e não saber por quem. Eu não desejo isso para ninguém. Nem para meu pior inimigo. Se é que eu tenho inimigos! Se nem amigos tenho! Como posso saber se a minha vida está desse jeito?
Estou pedindo socorro e ninguém aparece para me ajudar e me tirar daquele lugar sem saber que ponto parei! Mas não adianta lamentar agora é seguir e seja lá o que Deus quiser nessa aventura que não sei aonde vai dar. Preciso me encontrar novamente! Saber quem eu sou. Quem sabe eu não seja essa pessoa que o Alexandre falou.
Seja o que for, eu preciso enfrentar esse desafio. Sei que o pior está pela frente. A vida é igual aqueles pesadelos que você fica presa num labirinto sem saída. Ainda vou descobrir uma saída! Encontrar esperança que possa me manter viva e lutar pelo que é meu por direito. Saber se tenho duas filhas que me aparecem em sonho, elas estão vivas? Família que deixei para trás.
Como será a minha mãe, meu pai e irmãos, se é que eu tenho família. Será que a minha mãe está viva ainda? E meu pai existe? Como será que eles vão me perdoar por eu ter deixado eles para trás? Estou vendo uma montanha na minha frente e não sei se devo subir até lá e descobrir se é lá que está minha vida enterrada!
E quem sabe eu consiga finalmente descobrir minha verdadeira identidade perdida. Não parece o lugar que está em meus sonhos! O que está em meus sonhos é uma floresta! Então não lembro meu nome? Será que vou ter que subornar o recepcionista de um hotel para que ele não dê nenhuma informação a ninguém sobre mim.
Eu saí de casa 8 horas da manhã, 4 horas andando a pé. Já era uma hora da tarde, cansada de andar sem direção sem saber que lugar estava, havia sinalização indicando algumas que mal eu sabia e que fim dava. Estava disposta a regressar ao passado e descobrir o que deixei para trás.
A minha vida estava muito confusa, tinha que dar um fim nesse drama! Ou ia morrer na ignorância sem saber quem eu sou. As lembranças me perseguem. Sem memória! Então com a mochila nas costas, estou seguindo a luz do sol quente para partir os miolos da cabeça, e nem sei se vou aguentar. Estou cansada de tanto caminhar.
Eu tenho até calos nos pés de tanto caminhar, e até agora nem sei onde estou. Olho para todos os lados com medo que venha algum carro atrás de mim. O meu trauma e medo é tanto que chego imaginar, ou quem sabe até ouvir a sirene da polícia à minha procura, vai saber. Eu sigo andando cansada e com fome sede e não trouxe nada de casa, nem água para beber, e olho a frente só vejo estrada para caminhar, e nem sei para que lado estou indo, nem carro passa por sorte minha, menos mal.
***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***
Atualizado até capítulo 44
Comments
Fatima Gonçalves
QUE VIDA É ESSA
2025-03-23
0
Sol Sousa
Que pesadelo a vida dessa moça
2024-08-03
0