Não seria difícil passar uma noite naquele lugar. Que para ela não era estranho. O problema seria ter que suportar os mosquitos, mas sabia sair dessa como sempre soubera sair de muitas encrencas. Alice estava enfrentando coisas que nunca havia enfrentado ou já enfrentou e não sabia? Precisava dar tempo ao tempo até descobrir quem foi?
Até aquele momento precisava descansar, estava com sono e cansada não queria saber de mais nada! Há não ser, dormir. E no dia seguinte seguir as trilhas das matas e tentar descobrir o que tanto aquela floresta escondia! Era isso que mais importava! Amanheceu com pássaros cantando e acordando Alice que dormiu como uma criança, e nem sentiu os mosquitos morderem durante a noite!
Se é que algum deles chegou a morder, e nem sonhos teve. Muito menos pesadelos que costumava ter em sua casa, se sentia em casa e não sabia o porquê daquela sensação boa de estar (ai) sozinha no meio de uma floresta sem medo de ser atacada por uma serpente ou quem sabe um animal selvagem.
Já que a floresta era fechada e grande, mas que nada a intimidou. Amanheceu como previa um sol maravilhoso frio em pleno outono bom para caminhar a mata dentro e tentar desvendar seus mistérios. Alice estava sentindo a sensação gostosa de liberdade e feliz ao mesmo tempo, como nunca havia sentido.
Se pudesse nem voltava mais para casa. Pensava seriamente em não voltar mais para aquela prisão que se encontrava segundo ela! O sol estava sobre as montanhas quando subia para ver de cima o que ela poderia descobrir sobre seu passado e sua vida.
Sentia um frio na barriga com medo de descobrir coisas desagradáveis. Às vezes pensava: será mesmo que foi uma prostituta como o Alexandre dissera? Sentia que havia mentiras nessa história toda! Ou era um desvio de conduta da parte dele? Querendo desviar atenção de algo que escondia?
Isso ficava martelando a mente toda hora! Então subiu aquela montanha. Melhor ter umas caminhadas e sentir o cansaço do que ficar perturbada pensando o que era certo ou errado. E na medida em que Alice subia a montanha as coisas estavam sendo esclarecidas, e uma sensação que já viveu nesse lugar. Muito familiar, e não acreditava em vidas passadas e muito menos em coincidências.
Viveu aí sem dúvidas e tudo fazia sentido, restava saber por onde começar a investigar. Cada passo que dava novas descobertas, mas o que essa floresta tinha haver com a sua vida? Ela foi andando até chegar numa ponte feita de madeira velha caindo aos pedaços.
Tinha que tomar cuidado para não cair. Lá embaixo havia um rio, não sabia qual era a profundidade das águas que passavam por baixo da ponte antiga, nem ela sabia quando foi construída. Era um lugar abandonado. E a floresta era fechada. E mesmo assim ela não desanimou, seguiu adiante procurando um caminho mais adequado até encontrar respostas para tantas perguntas que martelavam a sua mente conturbada pelos últimos tempos.
A sua vida ainda era um mistério. Ela seguiu seu impulso da curiosidade sem medo de nada. Estava disposta a tudo até chegar aos seus objetivos e resolver aquele mistério que cercava a sua vida! De qualquer maneira, já não aguentava mais tanta angústia nos últimos tempos.
Cada cena que lembrava de supostas mentiras que seu marido Alexandre contou a ela de ser uma drogada na juventude e que mais tarde se casou com um dos maiores chefes do crime organizado, e traficante. E que ela foi prostituta para comprar drogas, para ela nada disso fazia sentido, seria diabólico demais caso fosse mentira, e se ele fosse verdadeiro?
Cada vez mais as informações que vinha sua mente deixava mais confusa e mais disposta a investigar aquela floresta e queria saber por que tinha de ser ali as respostas que tanto buscava. E se tudo não passava de uma ilusão de ótica, e que seus sonhos eram apenas sonhos? Não, isso não? Tinha certeza que na vida nada é por acaso, seja como for vou descobrir pensava em seu íntimo e em seus pensamentos.
E quanto mais ela pensava, mais raiva sentia e com mais vontade cortava os galhos da mata fechada. Não estava nem aí se surgisse um animal selvagem! Para isso ela estava bem armada e sabia como ninguém atirar no alvo, e mais um dos mistérios que precisava descobrir como sabia atirar? E se ela foi uma assassina? Que matou muita gente por causa das drogas, ou ela era mesmo chefe do crime organizado! Quanto mais ela pensava nessas coisas, mais raiva sentia, e quando viu estava num lugar estranho.
Encontrou uma casa abandonada e passou a noite? Sentia que tinha morado ali, era essa sensação! De repente sentiu-se tonta e ouvia gritos de crianças pedindo socorro. O que isso tem a ver se perguntava a si mesma? As lembranças estavam vindo à tona e na medida em que ia lembrando mais lembranças dolorosas ficava evidente em sua mente conturbada, e confusa. Mas agora tinha certeza que estava no caminho certo.
E muita coisa ia descobrir! Perdeu o medo? O seu rosto que estava coberto por um pano escuro da mentira estava caindo. E gradualmente sua memória estava reagindo ao entrar naquela casa estranha abandonada, ouviu estranhos ruídos de passagens de pessoas como se fosse vulto.
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Atualizado até capítulo 44
Comments
Fatima Gonçalves
CARAMBA TOMARA QUE NÃO EMCONTREM ELA
2025-03-23
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