Capítulo 8

Ricardo Narrando

Já fazem 2 semanas que não vejo a Carol e para ser sincero, estou sentindo a falta dela. Mas vida que segue, eu não vou correr atrás e sei que ela também não, então é melhor assim. Vou tentar esquecer que ela existe e hoje eu vou pegar a primeira que eu encontrar, vou levar para um motel e depois mandar meter o pé, como sempre fiz.

Fui tentar ser diferente com a Carol e me ferrei, levei para a minha casa, dormiu na minha cama e conheceu os meus pais, agora fico pensando nela, chega o meu p4u endurecer só de lembrar daquele corpo.

Cheguei na boate e fui direto para o camarote, chegando lá, peguei várias mulheres ao mesmo tempo, a noite hoje está sendo tranquila, mas regada a s3xo. Não tem como não comparar, mas estou focado aqui e é hoje que eu não lembro mais nem o nome dela.

Veio uma mulher cheia de querer ficar grudada em mim, chamando de "amorzinho" e tudo, já mandei logo ralar. Não gosto desse tipo de coisa, dessa melação que algumas insistem em ficar, já mando logo sumir que é para não dar condição para elas.

Fui para o escritório e fiquei resolvendo um problema com as contas que não estavam batendo. Fechamento de mês e eu preciso ficar atento aos números, pois tem sempre algum que pensa ser esperto e tenta passar a perna, mas eu não deixo barato. Ouço alguém bater na porta e quando olho para cima, vejo o Paulo entrando na sala, ele é um antigo parceiro meu, amigo de longa data, desde a época da PM, ele está junto comigo até hoje e não abro mão, saiu da polícia também para me acompanhar nos negócios.

Diálogo 💬

Paulo: Fala grande! Tudo certo?!

Rick: E aí, irmão! Certo nada. Tem sempre um pela saco que pensa que pode me passar a perna.

Paulo: Estão tentando roubar você de novo?

Rick: Estão e isso porque eu sempre pago direitinho, dou aumento sempre, divido lucros... — falo passando a mão na cabeça

Paulo: Isso é ganância, a pessoa sempre quer mais, nunca está satisfeita com o que já tem.

Rick: Você sabe que não deixo barato né, eles pensam que podem me enganar, mas não podem.

Paulo: Mudando de assunto, conheci uma mulher que está me deixando maluco. Ela é meio maluquinha, fala para car@lho, sabe de tudo, é linda demais, eu não paro de pensar nela.

Rick: Tá falando sério? Você? Inacreditável!

Paulo: Tô, cara, nem eu tô acreditando nisso. Fiquei com ela um dia desses aí e a maluca não quis nem me passar o telefone dela, mas eu sei onde encontrar ela e já fui atrás duas vezes, mas ela parece ser magoada com alguma coisa e não quer se prender.

Rick: Procura outra, cara. Mulher é o que não falta.

Paulo: Já tentei, já fiquei com outras, já levei para a cama, mas não deu certo. — Fala passando a mão na cabeça, parecendo desesperado.

Rick: Tá amarrado então... Mas tem sempre uma que faz com que a gente se apegue um pouco mais. — Falo pensativo.

Paulo: Não vá dizer-me que está apaixonado?!

Rick: Apaixonado é muito forte. Não estou, só que eu fui pego por uma que eu ainda não consegui encontrar outra melhor.

Paulo: Aí é f0da...

Ficamos ali conversando por um tempo ainda e depois fomos beber para esquecer essas feiticeiras que, com certeza, fizeram algum tipo de encanto para nós. Ficamos algumas horas ali pelo bar, só apreciando as mulheres lindas que chegavam, levei duas para o motel. Cara, parece até que sou um adolescente desesperado, mas eu preciso tirar aquela mulher da cabeça.

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Carol Narrando

Estava há uns dias em casa já, fazia um tempo que eu não saía. Já tem quase um mês que não vejo o Rick e eu, infelizmente, não consigo parar de pensar naquela noite. Sabia que devia ter vindo embora logo no final do sexo, agora é isso...

Enfim, tenho evitado sair, pois não quero encontrar-me com ele e até na loja, tenho procurado ficar mais na minha sala para não correr o risco de que ele vá lá com o filho dele e a gente se veja. Preciso esquecer esse homem e tem que ser rápido.

A Bia também tem andado um pouco calada ultimamente, desde que ela saiu com um cara que conheceu lá na loja. Eu acho que a noite deve ter sido tão boa, que ela deve estar pensando nisso até hoje. E olha que já tem muito tempo que ela ficou com ele.

Até vi que o cara apareceu aqui na porta da loja algumas vezes para tentar falar com ela, mas a mesma se escondeu na minha sala e não queria mais sair, ela só voltou quando eu me certifiquei de que ele já havia ido embora. Que chá foi esse que ela deu?! Mas o que é mais estranho, é que ela sempre se apegou facilmente aos caras com quem ela fica e com esse, ela está fugindo. Vou procurar saber o que aconteceu para ela estar agindo assim...

Diálogo 💬

Carol: Amiga, se abra comigo. O que aconteceu nesse seu encontro, que você está fugindo do cara desse jeito?

Bianca: Não aconteceu nada, ué, só não quero mais ficar com ele.

Carol: Aconteceu sim alguma coisa e você não quer me falar, pois pode abrir a boca e ir me contando...

Bianca: É que foi tão bom, foi maravilhoso e eu não quero me apegar a ele.

Carol: Mas por quê? Você sempre casa com os caras já no primeiro encontro. — faço "piada" e consigo tirar uma risada dela.

Bianca: Kkkkk, sim, mas... é que eu tenho medo de sofrer de novo. — Fala num tom de tristeza.

Carol: Você está apaixonada e está fugindo do cara, o único cara nessa vida que correu atrás de você após uma ficada e você está fugindo dele por medo...

Bianca: Eu sei que posso estar sendo uma idiota e estar perdendo a chance de ele ser uma boa pessoa, mas eu estou travada, não sei lidar com homem correndo atrás de mim, é sempre o contrário, sou eu quem corro atrás deles. — fala desesperada.

Carol: Para de ser medrosa e aproveite esse momento. Ele deve estar super a fim de você, parece ser um cara legal e você fica nessa.

Bianca: Não sei, amiga, tenho medo de apegar-me e levar um pé bem dado na bunda de novo...

Carol: O que é um sofrimento a mais na sua vida?! Você não vai morrer por mais uma decepção. — Rimos juntas da situação dela.

Bianca: Você está aí cheia de conselhos, paga de desapegada, mas está me aconselhando a correr atrás de um homem pela primeira vez. Quem é você e o que fez com a minha amiga?!

Carol: kkkkk boba! Eu sempre aconselhei a não se apegar, mas acho que, no fundo, é medo de perder a pessoa, assim como perdi os meus pais. 😔

Bianca: Eu sempre soube disso, sabia que em algum momento, você iria abrir o verdadeiro motivo desse desapego todo. Mas você não pode basear a sua vida toda e o seu futuro no que aconteceu com eles, aquilo foi um acidente. Não pode pensar assim...

Carol: Fala isso para o meu cérebro...

Nós continuamos conversando sobre os assuntos do coração e ela já estava chorando por medo de ter perdido o Paulo de vez. Meu Deus, ela vai enlouquecer-me! Há minutos atrás, ela não queria se apegar e agora está chorando arrependida. Deve ser TPM, só pode. Fomos para casa e combinamos de sair para curtir mais tarde, vamos esquecer esses machos e pegar geral, como sempre fiz. Hoje a Bianca vai passar o rodo na multidão!

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