Capítulo 7

Carol Narrando

Estava sentada na cama penteando o meu cabelo, quando o quarto foi invadido pelo Cauã e quando ele me viu, abriu um sorriso enorme e pulou em cima de mim.

Diálogo 💬

Cauã: Carooool, não acredito que você está aqui. Que horas você chegou que eu não vi?!

Carol: Cheguei de noite. Que bom ver você! — falei abraçando-o e dando um beijo no seu rosto.

Cauã: Onde o meu pai está?!

Carol: Tomando banho.

Ficamos conversando e eu dava risadas com a animação dele, logo o Rick saiu do banheiro e veio ver o motivo da gritaria dele, conversamos um pouquinho, eles combinaram de jogar e o Cauã saiu do quarto para montar o videogame.

Quando estávamos a tomar café e os pais dele chegaram, eu fiquei muito surpresa e sem graça ao mesmo tempo, dei logo um jeito de sair dali de fininho, aproveitei que estavam entretidos entre si e fui trocar de roupas e aproveitei para chamar um Uber.

No momento em que eu tirei a camisa, Rick entrou no quarto, pegou o meu celular para cancelar a chamada e impediu-me de ir embora, eu aceitei ficar para almoçar. Mas assim que ele percebeu que eu estava sem roupas, já foi logo me deitando em cima da cama e tivemos uma nova rodada de s#xo gostoso. Dessa vez foi rápido, mas foi maravilhoso do mesmo jeito.

Ao terminarmos, tomamos outro banho e logo alguém bateu na porta. Pensei ser alguém da família dele, mas era uma outra senhora, que trazia uma sacola nas mãos. Ele pegou, agradeceu e fechou a porta novamente.

Diálogo 💬

Rick: Tem algumas roupas nessa sacola. Espero que goste.

Carol: Como assim?! De quem são essas roupas, Rick?

Rick: São suas, mandei um funcionário comprar para você se sentir mais confortável. Espero que sejam do seu agrado. Vou deixar você se trocando e espero você lá embaixo.

Viro a sacola de roupas na cama e quando vejo as etiquetas, o meu queixo cai. São de uma loja caríssima que fica lá no shopping onde trabalho. Eu não teria dinheiro para comprar uma calcinha da mais barata lá. Todas as peças são maravilhosas, tem blusinhas, shorts jeans, biquínis e lingeries. Vesti um biquíni, um short e uma blusa, me olhei no espelho e amei o look.

Desci para a sala, ouvi as vozes e passei por trás do sofá onde os pais dele estavam e ele veio ao meu encontro, me chamou e me apresentou.

Diálogo 💬

Rick: Pai e mãe, essa aqui é a Carol, a amiga que falei para vocês. — graças a Deus ele me apresentou como amiga.

Carol: Olá, prazer conhecê-los.

Marília: Olá, querida. Me chamo Marília e é um prazer conhecer você. — Me dá um abraço e eu retribuo educadamente.

Roberto: Olá, sou Roberto, pai do bonitão ali. — Sorri e dei um aperto de mão.

Carol: Desculpem por atrapalhar o momento em família de vocês e eu prometo não ficar muito tempo.

Marília: Até parece! Faz anos que não vejo uma mulher nessa casa e finalmente eu conheço você, não sairá daqui tão cedo. — Olhei para o Ricardo pedindo socorro e ele sorriu sem graça.

Rick: Deixe a menina, mãe, ela ficará desconfortável. — ele estava visivelmente desconfortável com o comentário da mãe.

Marília: Quantos anos você tem, querida?

Carol: Tenho 19 e sei que o Rick tem 38, mas não estamos namorando e nem nada do tipo. Pode ficar despreocupada. — faço questão de deixar claro.

Roberto: Não se preocupe, não pensamos nada a respeito disso.

Rick: Ok! Chega de interrogatório. Se quiser ir para a piscina, fique à vontade. Vou jogar um pouco de videogame com o Cauã, se não depois ele fica chateado.

Carol: Tá brincando? Eu vou com vocês, adoro videogame.

Marília: Querido, nós já vamos. Viemos aqui para ver vocês e dar um beijo, temos um almoço para ir.

Rick: Não, fiquem mais um pouco!

Roberto: Não podemos, temos compromisso de verdade. Foi realmente muito bom conhecer você, Carol. Espero vê-la mais vezes. — fala me abraçando dessa vez.

Carol: Uma pena que tenham que ir. Gostei de conhecer vocês também, até a próxima. — Abraço os dois em despedida e o Rick sai com eles da casa.

Fui atrás do Cauã na área externa para jogarmos, mas ele estava pulando na piscina e quando me viu abriu um sorriso e me chamou para entrar. Mais do que depressa eu tirei a roupa e entrei na piscina dando um mortal e ele caiu na risada e quis fazer igual.

Cauã: Carol, você é a melhor no mortal na piscina!

Carol: Kkkk você não existe, Cauã!

Rick: Nossa, filho! Nem me convidou. Pensei que quisesse jogar comigo. — Ele finge tristeza.

Cauã: Mais tarde a gente joga, pai. Vem, vamos aproveitar o sol.

Rick: Já volto.

Cauã: Tô esperando você, pai.

Carol: Você faz natação?

Cauã: Fiz quando era mais novinho, mas agora parei, não gosto muito das aulas.

Carol: Entendo, eu aprendi com um amigo meu quando era mais nova. Sempre gostei muito de nadar e ele me ensinou alguns saltos.

Quando olho para frente, vejo o Rick vindo de óculos escuro e uma sunga branca. Meu Deus, esse homem quer me matar mesmo!

Rick: Gostou?! — fala baixo olhando para mim.

Carol: Sim! — Dou um sorriso safado para ele.

Cauã: Entra logo, pai!

Ele pula de ponta na água e isso só fez com que ele ficasse ainda mais gostoso. Oh Deus, esse homem é a minha perdição. Sinto mãos nas minhas pernas e quando olho para baixo, ele vem subindo em cima de mim e me beija com vontade.

Carol: Pare com isso, o Cauã está aqui. — Digo parando o beijo

Rick: Você acha que ele nunca beijou na vida?

Carol: Ele ainda é uma criança.

Rick: Ele está crescendo rápido demais, virando adolescente, quase chorei no dia que ele me contou que beijou pela primeira vez. — Fala entristecido, fiquei com dó, mas precisei rir do drama que ele estava fazendo.

Carol: Você não existe, Rick. Quem te vê todo posturado na rua, não imagina que é essa manteiga derretida com o filho.

Rick: Só com ele mesmo. Ele merece todo o meu amor e carinho.

Carol: Com toda a certeza do mundo! Acho muito bonita a relação que vocês tem.

Rick: O que aconteceu com os seus pais?

Carol: Eles morreram num acidente de carro quando eu era pequena. Tenho mais lembranças da minha mãe, ela era uma mulher incrível, sinto muito a falta dela.

Rick: Desculpe por tocar nesse assunto, não queria que você ficasse triste. Sinto muito pelos seus pais.

Carol: Está tudo bem! A minha avó cuidou de mim muito bem, nunca deixou que faltasse nada, sempre foi muito batalhadora e é um grande exemplo para mim. Faço de tudo por ela.

Rick: Ela é uma mulher encantadora. Gostei de conhecê-la ainda que rapidamente.

Carol: Ela é sim, sou muito grata a ela por todo o amor que ela dedicou a mim durante todo esse tempo.

Rick: Vamos almoçar?! — muda de assunto ao perceber o meu desconforto.

Carol: Vamos sim!

Ele chama o Cauã para almoçar e saímos da piscina, comemos na área externa mesmo, a comida estava deliciosa. Após almoçarmos, o Cauã nos chamou para o videogame e fomos jogar com ele.

Fiquei ali até umas 16h e pedi para que ele me levasse, pretendia descansar e mais tarde sair com a Bia. Quando ele parou em frente ao portão, sabia que estávamos nos despedindo de vez e que, provavelmente, não nos veríamos novamente.

Ele puxou-me para sentar no colo dele e beijou-me de forma doce, nesse momento estávamos apenas nos sentindo, sem aquela safadeza de mais cedo. Era realmente uma despedida, eu não queria ir e percebi que ele também parecia não querer, mas foi necessária uma força maior para finalmente sair do carro dele.

Diálogo 💬

Rick: Se cuida, qualquer coisa que precisar, você tem o meu telefone.

Carol: Obrigado por tudo, Rick, você foi incrível. Qualquer coisa, sabe onde e como me procurar.

Dei um último selinho nele e saí do carro. Não entendi muito bem, mas o meu coração doeu muito com essa despedida. Acho melhor arrumar um novo contatinho para esquecer essa noite de uma vez por todas. Pegar e não me apegar, repito mentalmente o meu mantra.

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