18. Principe Adrian

Cedric se sentia desconfortável no meio do burburinho do banquete. Apesar dos cumprimentos e elogios que recebia por seu suposto ato heroico, ele se sentia como um estranho entre a multidão. As conversas dos generais e da realeza zuniam ao seu redor, mas sua mente estava em outro lugar.

Ele agradeceu silenciosamente a Evangeline por cuidar de Lysander. Sabia que ter o menino longe do escrutínio público era o melhor para ele. Embora tivesse aceitado seu papel como herói do reino, Cedric ansiava pela paz e tranquilidade da vida cotidiana, longe dos flashes da fama e da atenção indesejada.

Enquanto os convidados brindavam e celebravam, Cedric estava perdido em seus pensamentos.

Ele observou os generais e a realeza brindando e rindo, e se perguntou se realmente compreendiam o custo da guerra e a perda que havia sofrido. Apesar de suas diferenças, todos estavam unidos por um desejo comum de paz e segurança para o reino.

Cedric prometeu a si mesmo que faria tudo ao seu alcance para garantir um futuro melhor para Lysander, um em que ele não tivesse que viver em um mundo marcado pela violência e pelo conflito. Com essa determinação em mente, Cedric levantou sua taça no brinde, comprometendo-se a defender seu filho e seu país com todas as suas forças.

O príncipe Adrian se aproximou de Cedric com um sorriso amigável, quebrando o burburinho do banquete.

—É bom te ver novamente, Cedric—, disse com cortesia. —Queria te agradecer pessoalmente pela sua coragem e determinação. Graças aos seus esforços, conseguimos encontrar os magos negros restantes e nosso reino está se tornando pouco a pouco um lugar mais seguro—.

Cedric assentiu com gratidão, apreciando as palavras do príncipe.

—Fico feliz em ouvir isso, Sua Alteza—, respondeu com cortesia. —Estou comprometido em fazer tudo ao meu alcance para garantir a segurança de nosso reino—.

O príncipe sorriu e então olhou ao redor, observando os convidados que desfrutavam do banquete.

—Dizem que você é um mago muito talentoso, Cedric—, comentou com curiosidade. —Você poderia nos mostrar um pouco de sua habilidade? Tenho certeza de que seria um espetáculo impressionante—.

O general Magnus interrompeu com cautela, tentando proteger a mentira de seu filho.

—Talvez não seja o momento certo para uma demonstração, Sua Alteza—, sugeriu, buscando uma saída diplomática.

No entanto, Cedric sentiu os olhares expectantes sobre ele e compreendeu que não podia evitar o pedido do príncipe.

—Bem, talvez eu devesse fazer uma pequena demonstração—, disse Cedric com um sorriso forçado. —Tenho treinado bastante ultimamente—.

O príncipe Adrian assentiu com entusiasmo.

—Excelente ideia!—, exclamou. —Que tal ter um pequeno encontro comigo? Seria interessante ver se você aprimorou suas habilidades desde a última vez que nos encontramos—.

O rei, com a sabedoria que caracterizava seu liderança, expressou com prudência suas reservas sobre a ideia de uma demonstração pública de habilidades mágicas.

—Talvez não seja necessário esse espetáculo neste momento—, sugeriu, com uma voz que refletia tanto sua preocupação com a segurança quanto seu desejo de evitar qualquer incidente desnecessário no banquete real.

No entanto, o príncipe, com sua típica confiança e desejo por emoção, contrapôs a cautela de seu pai com um sorriso desafiador.

—Só seremos dois amigos passando um tempo agradável, certo, Cedric?— instigou, com um olhar cintilante que deixava claro seu entusiasmo pelo desafio.

Cedric, embora sentisse um vislumbre de incerteza, não pôde recusar o desafio do príncipe. Assentiu com uma mistura de determinação e nervosismo, seguindo o herdeiro para o centro do salão onde o confronto mágico ocorreria. Enquanto se preparava para o duelo, sua mente estava cheia de perguntas sobre as motivações do príncipe e as implicações desse desafio em um evento tão importante.

Ele observou como o cabelo loiro do príncipe ondeava ligeiramente com a energia mágica que o cercava, adicionando uma aura de graça e majestade à sua figura. Os olhos do príncipe brilhavam com um brilho desafiador e orgulhoso, desafiando Cedric a mostrar suas habilidades em um confronto que prometia ser tanto um espetáculo emocionante quanto uma prova de destreza.

Cedric se preparou para enfrentar o príncipe, consciente de que essa luta seria muito mais do que uma simples demonstração de habilidades. Seria uma oportunidade para provar seu valor diante da corte real e para manter oculto o verdadeiro poder de Lysander.

O príncipe desencadeou seu poder com um gesto majestoso, invocando uma águia etérea que parecia ter sido esculpida da mesma luz. Cedric, diante da imponente presença da ave mágica, manteve a calma e se preparou para o que estava por vir.

Com um grito ressonante, a águia desdobrou suas asas brilhantes e começou a lançar penas resplandecentes na direção de Cedric. As penas, carregadas de energia mágica, cortavam o ar com precisão, apontando diretamente para ele como flechas afiadas em busca de seu alvo.

No entanto, Cedric não se deixou intimidar. Com uma concentração intensa, canalizou sua magia e criou uma barreira de fogo ao seu redor, queimando cada uma das penas no ar antes que pudessem alcançá-lo. O calor intenso e o brilho das chamas contrastavam com o resplendor da águia, criando um espetáculo impressionante que capturou a atenção

de todos os presentes.

O público, admirado pela habilidade de Cedric em repelir o ataque, irrompeu em aplausos e aclamações, reconhecendo sua destreza e coragem diante do perigo. Cedric, embora grato pelo apoio, manteve seu foco na tarefa em mãos, sabendo que essa demonstração não era apenas um espetáculo, mas também uma prova crucial de suas habilidades e de sua capacidade para proteger aqueles que amava.

Com determinação, Cedric canalizou seu poder e começou a invocar uma cascata de fogo ao seu redor. As chamas ardentes dançavam no ar, crepitando e contorcendo-se como serpentes de fogo que obedeciam à sua vontade. Com um movimento fluido de seus braços, Cedric começou a dirigir as chamas para o príncipe, que se preparava para o desafio.

No entanto, o príncipe não ficou de braços cruzados. Com um gesto de sua mão, invocou um escudo de luz em forma de tartaruga que o rodeava, protegendo-o das chamas que Cedric dirigia para ele. A barreira resplandecente emanava uma aura de poder e resistência, refletindo a determinação do príncipe em enfrentar qualquer desafio que lhe fosse apresentado.

Cedric, impressionado pela habilidade defensiva do príncipe, intensificou seu ataque, aumentando a velocidade e a força das chamas na tentativa de superar a barreira luminosa. No entanto, o escudo permaneceu firme, desviando cada embate de fogo com uma eficácia impenetrável.

Enquanto isso, o público observava com fascínio e espanto a batalha de poderes que se desenrolava diante de seus olhos. O choque entre o fogo ardente e a luz brilhante criava um espetáculo impressionante, enchendo a sala com uma energia intensa e palpável.

Com uma reviravolta súbita na batalha, o príncipe enviou o escudo de luz em direção a Cedric com a intenção de derrubá-lo, enquanto se preparava para enfrentar as chamas que se aproximavam. O escudo avançava rapidamente, pronto para colidir com Cedric e neutralizar seu ataque.

No entanto, em um ato de surpreendente destreza, Cedric se elevou no ar impulsionado pelas chamas que crepitavam ao seu redor. Seu corpo se ergueu em um ascenso majestoso, como se desafiasse a própria gravidade, enquanto evitava habilmente o escudo que se aproximava.

Cedric continuou a subir no ar, ultrapassando o escudo do príncipe e deixando para trás as chamas que seguiam sua trilha.

O príncipe invocou uma águia majestosa e montou nela com graça, elevando-se para continuar o confronto no ar. Cedric, com determinação no olhar, preparou seu próximo movimento enquanto observava o príncipe desafiador.

—Vamos, mostre-me o que você tem, príncipe—, desafiou Cedric com voz firme.

Com um sorriso enigmático, o príncipe respondeu do alto:

—Você está prestes a descobrir—.

Justo quando seus poderes estavam prestes a colidir em um choque espetacular, o rei se levantou e, com autoridade em sua voz, declarou que era suficiente.

—Pare. Isso chegou ao fim—, sentenciou o rei com seriedade, interrompendo o confronto.

O príncipe, obediente à ordem de seu pai, dissipou sua magia e desceu da águia com um sorriso enigmático.

—Vou obedecer, pai—, afirmou o príncipe, aceitando as palavras do rei com respeito.

O rei se aproximou de Cedric e do príncipe, sua presença imponente preenchendo a sala.

—A paz é o que precisamos agora. Não mais confrontos—, decretou o rei, transmitindo seu desejo de calma e harmonia.

O príncipe assentiu com respeito, aceitando as palavras de seu pai.

—Entendido, pai—, respondeu com solenidade.

Com um sorriso, o príncipe se aproximou de Cedric e estendeu a mão em sinal de respeito.

—Você foi um adversário formidável, Cedric. Espero que um dia possamos nos enfrentar novamente—, expressou o príncipe sinceramente.

Cedric aceitou a mão do príncipe com um sorriso de entendimento.

—Será uma honra, príncipe—, respondeu Cedric calorosamente.

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