13. Lyra Emberforge 3

Cedric avançava na escuridão, carregando Lysander nos braços com determinação. Sua única missão ecoava em sua mente como um mantra: encontrar Lyra e devolver Lysander a ela. No entanto, enquanto caminhava, as lembranças começaram a fluir por sua mente, como fragmentos de um filme se desenrolando em sua memória.

Ele se lembrou do dia em que encontrou Lysander em um cesto, deixado em sua porta como um presente do destino. O olhar inocente do bebê o cativou.

Freya ensinou a Cedric como alimentar e cuidar do pequeno Lysander. Cada momento compartilhado com a criança era uma nova lição, algo que seu pai nunca fez por ele, e Cedric descobriu a profunda conexão que se formava entre eles.

Mesmo em momentos incomuns, como quando levou Lysander para visitar suas ex-namoradas, o bebê sempre estava lá.

Cedric, caminhando na escuridão, segurava Lysander com um cuidado infinito. Cada passo que dava era impulsionado pelo desejo de reunir a pequena família que de alguma forma se formara entre a magia e destinos entrelaçados. A promessa de devolver Lysander aos braços de Lyra se tornava mais intensa à medida que as lembranças dos momentos compartilhados com seu filho se agitavam em sua mente, guiando-o na penumbra da noite em direção ao reencontro que ansiava.

Cedric caminhava na escuridão, segurando Lysander perto do peito com cuidado infinito. Conforme avançava pelo caminho, as sombras da noite os envolvendo, Cedric sentia o coração apertado por uma mistura de amor e dor. Lágrimas ameaçavam surgir em seus olhos enquanto suas palavras ecoavam no silêncio da noite.

—Você ficará bem, pequeno. Eu prometo. Irei visitá-lo de vez em quando, mas não posso cuidar de você como merece. Preciso lutar contra os magos negros, e não quero colocar sua vida em perigo. —

Cedric, em um gesto protetor, apertou Lysander ainda mais perto de seu peito, compartilhando seu calor e tentando transmitir a segurança que sua voz tentava projetar.

—Lysander. Não posso arrastar você para esse perigo. Mas sempre vou te amar, sempre estarei com você, mesmo que seja à distância. —

Os olhos de Cedric se embaçaram com lágrimas que lutavam para escapar. Cada passo que dava na escuridão parecia afastá-lo mais de seu pequeno filho. No entanto, a decisão de Cedric estava fundamentada na necessidade de proteger Lysander dos perigos que ele mesmo enfrentava.

À medida que avançava, o sorriso radiante de Lysander se materializava na mente de Cedric, uma lembrança que iluminava a escuridão ao redor.

Conforme Cedric se aproximava da casa de Lyra, uma sensação de ansiedade e antecipação o dominava. Mas, à medida que se aproximava, uma visão devastadora se revelava diante de seus olhos.

A casa de Lyra jazia em ruínas, consumida pelas chamas do passado. Os restos carbonizados do que um dia foi um lar ressoavam com a tragédia. À distância, Cedric sabia que o fogo havia devastado muito antes de Lysander aparecer em sua vida. As cinzas, levadas pelo tempo e pela chuva, deixaram em seu lugar uma sombra do que um dia fora.

Um suspiro de alívio escapou dos lábios de Cedric ao abraçar Lysander com força. A tragédia que ocorreu antes de a criança entrar em sua vida, embora desconhecida em detalhes, deixou um rastro de tristeza no coração de Cedric. Ele observou a casa em ruínas com certo pesar, perguntando-se o que teria acontecido com Lyra.

—Ficaremos bem, Lysander. Temos um ao outro —, sussurrou Cedric, buscando consolo nas palavras que compartilhava com seu pequeno filho.

A escura noite envolvia a densa floresta onde Cedric e Lysander se encontravam.

Mas como se tudo fosse uma armadilha, um gesto devastador se apresentou quando Cedric se viu cercado por figuras negras que surgiram da floresta por onde o mago transitava.

O único som que quebrava o silêncio era o choro de Lysander, um eco inquietante que se misturava à brisa sussurrante entre as árvores. Silas, o mago negro, avançava lentamente em direção a eles, sua figura espectral se destacando na penumbra.

Cedric tinha ouvido falar de Silas, o maior inimigo do reino, com quem seu pai e o resto dos magos de segurança lutavam. Era má sorte que ele se apresentasse, junto com o resto dos magos negros, como se todos tivessem se reunido em um só lugar.

O contorno de Silas estava adornado com flashes de luz provenientes de runas inscritas em sua túnica, emitindo um brilho tênue, mas sinistro. Seus olhos, no entanto, eram dois abismos que pareciam absorver a luz ao redor. Eram orbes frios e penetrantes que refletiam uma malévola inteligência, uma astúcia que pairava sobre seu olhar.

Suas mãos, afiadas e pálidas, se erguiam com uma graça quase etérea, prontas para desencadear a magia negra que habitava seu interior. Uma aura sinistra o envolvia, criando uma atmosfera carregada de mistério e ameaça. Cada movimento de Silas estava impregnado de uma confiança malévola, como se ele estivesse certo de que o destino estava prestes a se inclinar a seu favor.

Embora seu rosto permanecesse na sombra, a malevolência que emanava de Silas era palpável. Sua presença impunha respeito e medo, como se ele carregasse consigo os segredos mais escuros e retorcidos do mundo da magia. Silas, o

mago negro, era um enigma envolto em trevas, uma figura que desafiava a luz e desencadeava a sombra a cada passo em direção a Cedric e Lysander.

Cedric, instintivamente, abraçou seu filho com mais força, como se tentasse ocultá-lo da ameaça que se aproximava.

Em um gesto de desprezo, Silas preparou um feitiço negro direcionado a Cedric.

Cedric, reconhecendo o perigo iminente, agiu rapidamente e criou um escudo de fogo para proteger seu filho. As chamas dançaram ao redor deles, servindo como barreira contra o mal que ameaçava envolvê-los.

—Não permitirei que você faça mal a Lysander —, advertiu Cedric, com determinação em seus olhos.

No entanto, a astúcia de Silas não tinha limites. Tentou atacar novamente, desencadeando seu poder com fúria. Cedric, lutando para manter o escudo, compreendeu a magnitude do poder de seu adversário.

—Acha que seu fogo pode me deter? Entregue a criança e talvez eu deixe você viver —, zombou Silas, lançando outra onda de energia negra.

A luta tornava-se cada vez mais desigual, e Cedric, ajoelhado e exausto, se agarrava à esperança de proteger Lysander.

—Não permitirei que toque no meu filho! —, gritou Cedric, resistindo com todas as suas forças.

No meio da luta desesperada, os olhos de Lysander se abriram, revelando uma mistura de medo e angústia. Seu choro ressoou na escuridão, um eco que atravessava o coração de Cedric.

—Aguenta, Lysander. Estou aqui —, murmurou Cedric com a voz entrecortada, enquanto lutava contra a ameaça escura que era Silas. A promessa de proteger seu filho continuava sendo seu desejo mais profundo, mesmo na encruzilhada mais escura.

O choro de Lysander continuava, e Cedric não sabia como consolá-lo. Tinha que protegê-lo mesmo que isso significasse dar sua vida como garantia.

Dentro de Lysander, uma imensa centelha de luz tomou vida com uma intensidade surpreendente. Num piscar de olhos, essa luminescência tênue se transformou em uma explosão deslumbrante de fogo que irrompeu do pequeno corpo da criança. A explosão inicial foi como o surgimento de uma estrela, lançando faíscas em todas as direções.

O fogo que surgiu de Lysander não era uma simples chama; era uma manifestação deslumbrante de energia mágica. As chamas dançavam com cores vibrantes, desde tons dourados até nuances de azul e carmesim. À medida que a explosão se expandia, as chamas se entrelaçavam como fios de luz, criando uma confusão de energia incandescente.

O choro de Lysander, longe de diminuir, parecia se intensificar.

A cena se tornou surreal à medida que a explosão de energia se expandia, consumindo tudo em seu caminho. Os magos negros que cercavam Cedric foram os primeiros a sucumbir à intensidade da luz. A vegetação da floresta pegava fogo em um brilho efêmero, e a destruição se estendia até a metade da paisagem circundante.

Cedric, ainda segurando Lysander, observava com espanto o pder que seu filho liberava. A luz deslumbrante iluminou os cantos mais escuros da floresta, revelando a desolação que haviam desencadeado. Silas, o mago negro, lutava para resistir, mas a força incontrolável da explosão o envolvia.

Quando a tempestade de energia finalmente se acalmou, um silêncio sepulcral se apoderou do lugar. Cedric, com o coração acelerado, contemplava a paisagem alterada pela inesperada explosão de poder. A destruição criava um cenário surreal, com árvores retorcidas e fragmentos de energia dançando no ar.

O choro de Lysander desapareceu, e no silêncio que se seguiu, Cedric se viu enfrentando as consequências desse misterioso e transbordante poder que residia em seu filho. Ninguém poderia descobrir sobre o poder de Lysander.

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