12. Lyra Emberforge 2

Cedric, comprometido em ajudar Lyra a encontrar seu pai, se esforçava ao máximo para impressioná-la, utilizando os benefícios de ter dinheiro, desde providenciar uma carruagem até chegar à cabana remota onde supostamente seu progenitor estava retido.

A noite caía sobre a cabana, e a tensão pairava no ar enquanto Cedric, usando sua magia para rastrear o paradeiro do pai de Lyra, descobria sinais de uma luta forçada e passos que conduziam para a escuridão. Antes que pudesse compartilhar suas descobertas, no entanto, a realidade desmoronou abruptamente.

Uma frigideira atingiu a cabeça de Cedric, atordoando-o e fazendo-o cair ao chão. Lyra, com uma mistura de raiva e desconfiança nos olhos, o confrontou com determinação.

Cedric, no chão com a cabeça ainda girando, tentou buscar respostas, mas antes que pudesse articular uma palavra, Lyra ativou um artefato mágico ao lado dele, criando um campo de energia que o deixou incapacitado, privado de sua própria magia. Uma sensação de vulnerabilidade o envolveu, mas quando seus olhos encontraram os de Lyra, ele viu algo mais.

— Lyra, por favor, não sou seu inimigo —implorou Cedric, tentando encontrar um vislumbre de compreensão em seu olhar.

Lyra, com a frigideira ainda na mão, o examinou cautelosamente. Embora a atmosfera estivesse carregada de desconfiança, Cedric percebeu uma complexidade nos olhos de Lyra que sugeria que, por trás de sua aparente hostilidade, havia camadas de motivações e segredos. No meio da incerteza e das revelações.

Com Cedric no chão, Lyra aproveitou a oportunidade para colocar correntes mágicas ao seu redor, envolvendo-o com uma barreira que o impedia de se mover. Cedric, confuso e desconcertado, ergueu a cabeça para olhar para Lyra.

— O que você está fazendo, Lyra? —perguntou Cedric, notando a crescente ansiedade em seu tom de voz.

Lyra, com uma expressão de pesar, se ajoelhou diante dele.

— Lamento ter que fazer isso, Cedric. Mas eu preciso de alguém valioso para uma troca.

Cedric franzia o cenho, tentando entender a situação.

— Troca? Por quem?

Lyra suspirou.

— Eles têm alguém importante para mim. E para recuperá-lo, preciso oferecer alguém valioso em troca. Você é o filho de um grande general, Cedric. Pode ser uma moeda de troca muito valiosa.

— Mas, Lyra, você não pode simplesmente... —Cedric começou a dizer, mas Lyra o interrompeu.

— Cedric, por favor, entenda. Vamos esperar o negociador chegar, e tentaremos resolver isso da melhor maneira possível.

Lyra se levantou, deixando Cedric amarrado por correntes mágicas. Embora seu coração batesse com incerteza, Cedric não pôde ignorar o olhar preocupado nos olhos de Lyra.

Apesar das correntes mágicas que o envolviam, Cedric não pôde ignorar o nó de certeza que se formava em seu estômago. A explicação de Lyra, embora razoável, parecia um manto de enganos e meias verdades. Ele sabia que algo não se encaixava na história que ela contava.

Em vez de debater e lutar contra suas amarras, Cedric optou por uma tática diferente. Decidiu esperar pacientemente.

Observou Lyra com uma mistura de desafio e confiança em seus olhos, sabendo que seu momento chegaria. Aguardaria o negociador fazer sua entrada.

O anoitecer pairava sobre a cena, envolto na penumbra da incerteza. Um mensageiro escondido sob um manto negro emergiu das sombras, seu rosto oculto, mas a essência sombria de um mago negro revelava sua natureza. Embora Cedric não pudesse distinguir seu rosto, sentiu um arrepio percorrer sua espinha.

Lyra, impaciente e ansiosa, deu um passo à frente, sua voz trêmula com a urgência de conhecer o destino de seu pai.

— Onde está meu pai?

O mago negro, com uma risada sinistra que reverberou na quietude da noite, respondeu de maneira críptica.

— A paciência é uma virtude, Lyra. Tudo a seu tempo.

Lyra, visivelmente frustrada, replicou:

— Não era assim que tínhamos combinado as coisas. Preciso saber que ele está bem.

Em vez de oferecer respostas, o mago negro investiu com um golpe de magia que Lyra mal conseguiu evitar. Inclinando-se para evitar o ataque, ela se prostrou no chão e, com determinação, começou a rastejar na direção de onde Cedric estava imobilizado por correntes mágicas.

Cedric, embora preso, observava a cena com atenção. A luta entre Lyra e o mago negro se desenrolava diante dele. Com sua magia temporariamente inacessível, Cedric se sentia impotente, mas sua mente trabalhava a toda velocidade, buscando uma maneira de mudar o curso dos eventos que se desenrolavam na noite escura.

A tensão no ar atingia seu ponto máximo quando, com determinação, Lyra se aproximou de Cedric e retirou o artefato que o mantinha privado de sua magia. A sensação da magia fluindo novamente por suas veias foi como uma libertação, e Cedric aproveitou a oportunidade para se libertar das correntes mágicas.

Com o olhar fixo no mago negro, Lyra pegou o artefato e o arremessou com força em direção ao inimigo. O mago negro, ainda tentando reagir, de repente se viu confrontado com a magia que havia sido suprimida. Cedric, libertado e sentindo a energia mágica fluindo dentro dele, não perdeu tempo e lançou uma rajada de fogo em direção ao mago

negro, derrubando-o no processo.

— Agora, Lyra, rápido! —exclamou Cedric enquanto se levantava.

Lyra, sem perder um momento, pegou a mão de Cedric.

— Vou com você. Não posso perder mais tempo.

Cedric, com o olhar fixo em Lyra, sentiu uma mistura de gratidão e determinação.

— Preciso que você prenda este mago. Vou procurar seu pai. Espere por mim aqui.

Lyra assentiu seriamente e, antes que Cedric se afastasse em busca do pai de Lyra, ela segurou sua mão com firmeza.

— Cedric, estou com medo.

— Voltarei, Lyra. Não se preocupe —disse antes de soltar sua mão e embarcar na busca na escuridão da noite, onde a promessa de um reencontro aguardava, e o medo enfrentava a coragem.

Lyra, determinada, se aproximou de Cedric e caminhou ao seu lado.

— Não vou atrapalhar, Cedric. Mas me prometa que encontrará meu pai.

— Farei isso, Lyra. Eu prometo —respondeu Cedric, sentindo a determinação fluindo em sua voz.

Assim começou uma odisseia que, estranhamente, Cedric não conseguia lembrar com clareza. Como se as memórias daquela noite tivessem sido arrancadas, restava apenas uma imagem fragmentada em sua mente: o caldeirão. Uma sensação de desorientação o dominou, e ele segurou a cabeça na tentativa de recuperar a memória.

— Cedric? Você está bem? —perguntou Freya, com preocupação refletida em seus olhos.

— Quem é essa mulher ao seu lado, Cedric? —indagou Tehron.

Cedric lutou para recuperar sua identidade em meio à confusão. A imagem do caldeirão serviu como âncora, e finalmente conseguiu se lembrar.

— É Lyra Emberforge. —declarou Cedric, a clareza retornando ao seu olhar.

Com a memória restaurada, Cedric se preparou para continuar a busca com seus amigos ao seu lado. Embora o véu do esquecimento ameaçasse envolver a noite, a promessa de encontrar o pai de Lyra guiava Cedric nesta jornada misteriosa cheia de magia e perigos.

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