11. Lyra Emberforge 1

Depois de escapar da mansão assombrada, Cedric e seus amigos, Freya, Tehron, Magnus, Evangeline e Caspian, reuniram-se na casa do mago junto com Sofia e Elena. Enquanto a casa ecoava com a agitação de suas vozes, Sofia preparava o caldeirão.

Cedric, segurando Lysander em seus braços, mergulhou na tensa espera, a identidade da mãe de seu filho. No entanto, a voz de Elena interrompia constantemente seus pensamentos.

— Cedric, você não poderia ter sido mais cuidadoso? Mas como poderia? Você nunca mediu as consequências —repreendeu Elena, com tom carregado de raiva e pouca tolerância.

Cedric, afetado por suas palavras, sentiu alívio ao ver que Elena estava bem.

A conversa tomou outro rumo com o grupo de amigos de Cedric, Evangeline relatando com desânimo sobre a batalha contra os magos negros.

— Tivemos alguns avanços. Conseguimos pegar vários magos negros ligados à mansão. No entanto, preferiram tirar a própria vida antes de revelar informações relevantes.

A notícia deixou um silêncio sombrio na sala. A luta contra os magos negros estava longe de ser fácil.

Enquanto Sofia continuava os preparativos do feitiço, Cedric, imerso na incerteza ao redor, se perguntava quais segredos mais poderiam surgir quando o feitiço fosse concluído. A busca pela verdade estava em andamento, e o grupo aguardava ansiosamente, tentando mudar o tema da conversa.

Enquanto esperavam o resultado do feitiço, Freya e seus amigos se envolveram em uma conversa sobre os magos negros e a ameaça que representavam. Theron, com seu habitual toque infantil, acrescentou sua própria perspectiva.

— Ei, Cedric, uma vez que encontrarem a mãe de Lysander, você poderá voltar comigo em nossas aventuras, certo? —disse Theron com um sorriso travesso.

Cedric, brincando com a leveza do comentário, assentiu.

— Claro, Theron. Meus dias de fraldas e mamadeiras estão prestes a acabar.

Embora Cedric brincasse com Theron, seus pensamentos se voltaram para Lysander, que estava em seus braços. Ele não podia negar que, apesar das circunstâncias difíceis, tinha se apegado ao pequeno nesses poucos dias.

O olhar de Theron encontrou o de Cedric, e naquele momento, o mago percebeu algo além da risada superficial. Nos olhos de Theron, viu que ele esperava respostas.

Enquanto a conversa fluía na sala, Elena, ao ouvir a sugestão de Theron sobre a possibilidade de Cedric se livrar de Lysander, não pôde conter sua indignação. Sem dizer uma palavra, deu um tapa na nuca do mago, expressando sua desaprovação de maneira contundente.

— Ai, Elena! —exclamou Cedric, levando a mão à nuca enquanto lançava um olhar de desculpas. — Desculpe, mas não vejo outra opção. Você sabe que meu dever como mago é ajudar na batalha.

Freya tentou intervir.

— Fiquem quietos —interveio Sofia, quando o caldeirão, envolto em fumaça verde, emanou uma atmosfera mágica.

De repente, uma ilusão surgiu da fumaça, mostrando Cedric segurando a mão de uma bela mulher. Seu cabelo vermelho como fogo, sardas enfeitando seu rosto e uma figura graciosa que ressoava na memória de Cedric.

— Uau, Cedric, você tem bom gosto! Quem será essa sortuda? —brincou Magnus, provocando risos em alguns e um leve rubor em outros.

Cedric, apesar de apreciar a tentativa de seus amigos de aliviar a tensão, sentiu seu coração apertar enquanto observava a ilusão. No fundo de sua alma, reconhecia a mulher retratada na fumaça verde: Lyra Emberforge, uma de suas aventuras.

A sala se encheu de sussurros enquanto os amigos debatiam sobre a identidade da mulher na ilusão. Cedric, no entanto, mergulhou na nostalgia e na realidade de suas próprias lembranças. O passado se manifestava de uma maneira que ele não esperava, e no coração do mago, a presença de Lyra despertou emoções que ele pensava ter deixado para trás.

No vai e vem das lembranças, Cedric mergulhou no passado, revivendo a noite em que conheceu Lyra Emberforge. Era uma noite como qualquer outra, marcada por risadas e pela embriaguez que preenchia a taverna. Cedric, com a euforia da embriaguez, dirigiu-se à porta, decidido a passar a noite com a primeira garota que encontrasse.

— Cedric, amigo! Para onde você acha que está indo tão apressado? —gritou Magnus de sua mesa, provocando risos entre os presentes.

— Para conquistar a noite, é claro —respondeu Cedric com um sorriso desafiador.

No entanto, quando estava prestes a seguir com sua conquista, a porta da taverna se abriu, e uma figura entrou, eclipsando todas as outras. Lyra, com seus cabelos vermelhos escondidos sob uma capa, capturou a atenção de Cedric instantaneamente. Foi como se o barulho da taverna desaparecesse e só ela existisse.

— Uau, uau! —exclamou Therion, batendo no ombro de Cedric. — Parece que você encontrou algo mais interessante do que sua próxima conquista.

Cedric, sem desviar os olhos de Lyra, simplesmente assentiu e se dirigiu a ela. A enigmática mulher não parecia interessada nas atenções românticas.

— Você está aqui para uma noite de diversão, encanto? —perguntou Cedric, deslizando um sorriso sedutor.

Lyra, com um gesto sério, respondeu:

— Não tenho tempo para conquistas. Estou em busca de aventureiros, ladrões sequestrraram meu pai.

A mudança de tom na conversa surpreendeu Cedric, mas também despertou seu interesse e desejo de impressionar a enigmática mulher.

— Posso te ajudar. Sou um aventureiro de coração, afinal —declarou Cedric, oferecendo sua ajuda.

Aquela noite, com o simples avistamento de Lyra na taverna, marcou o início de uma história que Cedric jamais esqueceria. Algo que Cedric havia esquecido, algo que só conseguiu lembrar com a visão do caldeirão.

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Comments

Jossileide cardeal

Jossileide cardeal

no meio de tantas
só lembrou porque viu na fumaça do caldeirão Mágico

2024-05-15

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