30 minutos depois, Alfred tinha pedido esse tempo para organizar umas coisas, enquanto todos ficaram a comer no centro de alimentações.
— ok meus caros senhoritos e senhoritas, eu voltei, agora com mais gás que nunca, não esperava que voltar a acordar tão cedo depois de muito trabalho seria tão difícil. — o holograma de gato aparece no meio do centro de alimentações.
— ta, já ganhamos o jogo, e agora pode nos explicar tudo que aconteceu? Ainda precisamos de respostas. — Ive diz um tanto mal-humorada, todos estavam meio assim com o passado exposto.
— claro minha cara Ive, e a todos os outros, explicarei o que aconteceu, bem, nós procuramos perfis que sejam um tanto quanto fácil de fazer sumir sem ninguém ligar, pagamos dinheiro, damos desculpas, mudamos algo, buscamos as suas histórias, e como sempre tem alguém que sabe, um pouco de dinheiro sempre dá conta, após isso, armamos o jogo, ai fizemos vocês verem o anúncio, e como todos estavam em situação ruim, e obviamente não tem famíliares, aceitaram a oportunidade entregue a vocês sem nem piscar estou errado? — Alfred faz uma pausa, e o silêncio permanece, pois todos sabem que é verdade. — bem, continuando, acredito que isso seja um sim, depois disso, quando estavam indo para o local, sequestramos, e os trouxemos para um local isolado, que ninguém vai os encontrar, e, aliás, não dá nem para fugir, pois, mesmo que conseguissem abrir as portas, ou rastejar de algum jeito, estão cercados por um imenso mar, a mais de 2 horas da costa mais próxima, então a única escolha que tem é jogar, sobreviverem e ficarem ricos, legal não é?
O gato tem um tom exageradamente audacioso, brincalhão, sendo um locutor perfeito.
— tá más, e o pessoal que está nos assistindo? eles não ligam nem um pouco? eles não vão filmar e colocar na net, ou postar para as autoridades? Eu mesma nunca ouvi falar desse jogo. — Ive diz enquanto devora um pote de açaí recheado.
— minha cara Ive, não posso falar as informações dos telespectadores, mas lhe garanto que nenhum vai ajuda-los, eles pagaram para que estejam aqui, eles adoram ver esse joguinho, pessoas morrendo na noite quando falham, as expressões que fazem, apostar em quem sobrevive, em quem faz o quê, se conseguem ganhar a prova, são sete dias de diversão para eles, e nós preparamos uma tecnologia para que seja impossível filmar, quem tenta apenas vê um borrão branco, e como obviamente esse é um jogo muito obscuro, fazemos de tudo para que pessoas comuns nunca saibam dele.
A explicação do gato de cartola era bem convencente.
— entendi, e o que vocês ganham com isso? só diversão com a vida dos outros? — Beatriz pergunta de braços cruzados, comera apenas algumas frutas.
— bem minha cara Beatriz, os telespectadores querem isso, nós só organizamos tudo, eles que gastam o dinheiro, mas se ganhamos algo? bem sim, o dinheiro das apostas é bem lucrativo, para que haja o jogo, eles pagam a entrada, quando bate a cota, nós arrumamos tudo, e quando estamos aqui, recebemos apenas o lucro das apostas, mas acredite não é apenas por dinheiro, contudo obviamente não posso dar informações sobre isso, em fim, mais alguma pergunta? — o holograma do gato arruma um banquinho do nada e se senta.
— tenho, como funciona o quarto seguro? E os assassinos virão da onde? E quem sobreviver, como vai sair daqui, se é uma ilha? — Aquiles pergunta enquanto come um monte de frutas com whey, pois tinha um ótimo corpo muscular.
— meu caro Aquiles, o quarto está na terceira sala do primeiro andar, tem 3 salas, uma do cinema, outra da academia, e a outra do quarto, quando vocês pegam todas as esferas do dia, vocês conseguem abrir a porta, e ficarem seguros, podem testar quando quiserem, bem, os assassinos virão pela única entrada, que fica depois do mercado, e providenciaremos a locomoção de quem sobreviver, não tem com o quê se preocupar, obviamente além do jogo e dos assassinos durante a noite.
— peraí, e se eu conseguir abrir a porta, e decidir ficar lá dentro? os assassinos não irião nos pegar. — Ive diz acreditando achar uma falha.
— boa tentativa minha cara Ive, mas, a porta fica aberta a partir das 6 horas, e quando saem ela fecha, ai só abre se conseguirem as esferas, más, se decidirem ficar lá, a porta ficará aberta, e se não completarem o jogo e quiserem ficar lá, ai os assassinos podem simplesmente entrar e matar vocês, não tem burle nesse jogo minha cara Ive, tem regras, os assassinos não podem matar vocês entre as 6 horas da manhã e as 19 horas por exemplo, então se acabarem topando com um saindo pela manhã e der 6 horas, eles não vai os matar, ou se esconderem no dia que falharem, e se depararem com eles, eles só poderão matar vocês ate as 5 horas 59 minutos e 59 segundos, se não seguirem as regras serão penalizados. — Alfred diz com convicção, que o jogo tem regras e que devem ser seguidas.
— entendi, pelo jeito, vamos mesmo ter que jogar seguindo as regras.
Ive jogara muitos jogos, e sabia que tinha sempre uma forma alternativa, ou uma forma que fugia das regras para zerar um jogo.
— bem, mais alguma pergunta? se não vamos mostrar o quarto logo, que aí já fico livre para comer a minha torta de limão. — uma torta aparece no holograma de gato que ele puxou de algum lugar.
— os quartos especiais, tipo quando falhamos, só cabem uma pessoa? — Ive pergunta lembrando dos quartos pequenos.
— minha cara Ive, não sei se dá para chamar de quarto, mas dá para uma pessoa sentar, em outras edições, espremeram duas pessoas, mas acredito que só funcione se as pessoas forem pequenas, mas seria uma noite bem desconfortável. — Alfred diz como se tivesse a comer algo.
— entendi.
— beleza, vamos subir e ver o quarto de vocês?
todos concordam e sobem a escada, o que veem é um vidro bem grande, 7 camas, 2 portas, que parecia ser de banheiro, e uma parede no fundo, com 2 guarda-roupas grandes.
— beleza, é simples, só precisam apertar no botão com o dedo, e vai destravar a porta, más só acontece quando tem as esferas do dia, se não tiverem, a porta ficara travada.
eles abriram a porta, e entraram no local para checarem.
— ei Alfred, nesses guarda-roupas tem roupas né? — Beatriz pergunta.
— obviamente que sim minha cara Beatriz, quando tomarem banho, tem roupas do tamanho de vocês, e a escolha de vocês, tem muitas roupas, toalhas e sapatos, a cama está ai para dormir, e dentro do banheiro tem 5 divisórias grandes com chuveiro, vaso e pias, caso não queiram dividir o mesmo local, a comida está toda no centro de alimentações, tem muita coisa no shopping, podem ler livros, na biblioteca, jogar jogos, se exercitar, tem 6 filmes diferentes passando nas 6 salas, mas só estarão ativos quando não tiver jogo, bem se divirtam como quiserem enquanto não precisam jogar, podem gastar tudo como quiser, não precisam economizar, afinal, podem morrer amanhã, ou depois nesse jogo. — Alfred explica tudo e some do holograma, a torta parecia muito saborosa para dividir a degustação com explicação.
todos decidiram ficar inicialmente juntos, mas aos poucos foram se divertindo onde achavam melhor, começaram a se conhecer e conversar mais entre si, até que a noite chegou.
— ok meus caros, são 18:40, recomendo pegarem o que querem e irem para o quarto, mesmo se conseguirem as esferas, quem estiver fora do quarto depois das 19 horas, os assassinos podem matar. — Alfred diz pelo interfone que não dava para ser visto e ecoava por todo o shopping.
aos poucos, todos se juntaram no quarto, e as 18:59 a porta de vidro fechou-se sozinha.
— ei Alfred, essas portas de vidro aguentam os assassinos mesmo? E se eles decidirem invadir? — Geni pergunta um pouco preocupada.
— eles não têm permissão para tentar invadir, se estão no quarto, ficarão seguros, eles podem até aparecer para causar medo proposital, mas não vão fazer nada, acreditem, quando ganham o jogo, ficam seguros dentro do quarto. — Alfred explica e as 19 horas a porta próxima ao mercado abre e um único assassino entra.
um homem com uma máscara de cavalo, alto e robusto, com uma pistola em cada mão, e um terno azul escuro e gravata.
— ei Alfred, como sempre, os garotos passaram no jogo de hoje né? Nem sei para quê eu venho no primeiro dia. — o homem com máscara de cavalo reclama.
— vai lá no primeiro andar, aparece na frente do quarto deles, dá um tiro pro alto e sai, só para acreditarem que podem realmente morrer, e dar um pouco de medo neles, é sempre legal a primeira noite. — Alfred explica.
— fale por você, eu não ganho nenhuma grana na primeira noite, bem vou lá fazer esse favor.
todos apenas estão a conversar entre si, sobre como vai ser os próximos jogos, e tentando fazer estratégias antecipadas, quando um homem com máscara de cavalo aparece depois do vidro.
— gente, o que é aquilo? — Geni é a primeira que nota, ficando extremamente pálida e apontando para o homem.
todos olham assustados, o homem aponta a arma para eles, e depois sobe a mão para o alto e dá um tiro no teto, todos ficam pasmos, mesmo sem conseguir ouvir, pois, os vidros são anti-som e blindado, logo após o homem faz um gesto de que vai degolar eles com a arma na que está nas mãos dele, e se retira.
Beatriz perde as forças nas pernas, e senta na cama tremendo, Geni também se treme, os outros ficam realmente com medo.
— ei Alfred, não disse que estamos seguros? Ele não acabou de atirar? E se ele vir aqui de algum jeito? Tipo do banheiro? — Aquiles mesmo sendo alto e forte teve medo, e foi o único que se pronunciou.
— ele não pode, esse é o famoso Boas-vindas ao jogo dos assassinos, sempre acontece na primeira noite, haha aproveitem, pois, se falharem, irão enfrenta-los durante a noite, mas relaxem, eles não podem fazer nada contra vocês ai dentro, então podem dormir tranquilos. — Alfred diz com um tom sarcástico, pois sabe que todos estão com os nervos a flor da pele.
— dormir, quem consegue dormir com algo assim? — Ive reclema, e todos so conseguem dormir depois de muito tempo, quando tiveram certeza que nada ia acontecer.
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Atualizado até capítulo 20
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