cap 2: charada descritiva

O silêncio permaneceu por alguns segundos, todos estavam ansiosos para ver como era o jogo, por mais que colocasse a própria vida em risco, ganhar tanto dinheiro, faria eles mudarem tudo, e fazer todos os projetos que eles tinham.

— ok, o jogo 1 será charada descritiva meus caros jogadores, basicamente, vocês terão uma charada em 1 local, porém apenas um de vocês sabem a resposta, pois está ligada diretamente a pessoa, quando conseguirem desvendar a charada e contar o contexto dela, a pessoa ganhará uma bolinha de ouro, se notarem, do lado do relógio tem uma entrada como uma bola pequena, quando conseguirem achar cada uma das bolinhas, que são 7, uma para cada um de vocês, ai o jogo será ganho por vocês.

Todos continuaram calados, quase sem entender nada do que o gato falara.

— é mais fácil, na prática, vamos iniciar o jogo, direi 3 dicas, a primeira é, mercado, a segunda é que a charada envolve a senhorita Geni, podem ir ao mercado, quando chegarem lá, eu digo a terceira, fica para a direita, na ponta.

Todos foram quietos, sem dizer uma palavra, ninguém confiava em ninguém, mas queriam o dinheiro que vem com a vitória, em 5 minutos todos chegaram lá, e Geni incomodou-se um pouco com o local.

— ok, todos aqui, bem, minha cara Geni, o que tem a dizer? O que acha que é a charada e pode desvendar? — o holograma de gato aparece no meio do mercado, sentado numa cadeira e bebendo algo que parecia ser um chá.

— é igual ao meu antigo trabalho. — Geni diz começando a entender o jogo.

todos ficam quietos, e apenas escutam o que Geni e Alfred tem a dizer.

— certa resposta, cada um dos 7 locais, são idênticos a locais que os senhores passaram por algo que mudou as suas vidas, ou de alguma forma, seus pensamentos, a charada é a seguinte "aquele em que tudo manda, solicita a sua presença". — após isso Alfred se cala.

Ninguém entende nada, além de Geni, obviamente que ela sabe do que se trata.

— não pode ser àquilo não é? eu sai de lá, eu estou a fugir dessa parte da minha vida, e você quer que eu vá lá de novo? — Geni diz lembrando de algo muito ruim, que acontecera com ela.

— esse é o jogo minha cara Geni, ele foi feito para iniciar uma confiança maior entre os jogadores, e entenderem os seus traumas, e aprender a compartilha-los e supera-los, pense o que quiser, mas você sabe a resposta, contudo aviso uma coisa, se não prosseguir, os outros também não vão, e vocês vão ter que enfrentar um assassino durante a noite.

todos olham para Geni, que percebe os olhares, nenhuma palavra é dita, mas Geni sabe que se não fizer, estará provavelmente indo para a morte e arrastando todos.

— ok, eu acho que não tenho escolha, vamos a sala do gerente da loja.

todos encaminhan-se para a sala, e se deparam com várias fotos de Geni nua, fazendo coisas obscenas com um homem velho e gordo, Geni desvia o olhar, e pensa em sair.

— não, já estamos aqui, vamos dar o nosso melhor, não vamos te zoar, acho que todos vamos passar por isso hoje, então por favor, complete a sua charada. — Aquiles para Geni antes que ela corresse.

Geni olha nos olhos de Aquiles tapando a passagem, respira fundo e diz:

— bem, minha história, é que desde que eu entrei na última empresa, que por sinal era um mercado, o gerente pôs o olho em mim, ele me fez fazer sexo com ele, e várias outras coisas que eu não queria fazer, para manter o meu emprego, eu conseguia aguentar, eu só precisava de mais tempo para acabar a faculdade, e passar por tudo aquilo, mas aí, ele teve a ideia de contar para um associado, depois disso ele espalhou fotos minhas assim, e toda a empresa ficou sabendo, até o porteiro, a fachineira, os colegas de trabalho, me gerou uma imensa vergonha, mas ele fez isso apenas, pois eu disse que não aceitaria outra pessoa alem dele de novo, só por isso ele não gostou, eu não sabia das fotos, eu pensei, vou processa-lo, mas aí ele me garantiu que eu não teria qualquer emprego na cidade inteira se eu fizesse isso, e o que eu fiz? Deixei de lado, saí do mercado no dia seguinte, e pensei, ta tudo bem, dá para recomeçar, mas ainda assim ficou difícil conseguir algum emprego novamente, ai achei essa vaga que ofereceram, e agora estou aqui. — Geni da um suspiro após explicar a própria história.

todos se comovem com Geni, e agora tem certeza, que provavelmente todos passarão por algo do tipo nesse jogo.

— ótimo minha cara Geni, foi bem mais rápido do que pensei, a resposta está certa, a resposta para charada não é nada menos que contar a sua história, sem mentiras, um jogo onde precisarão confiar uns nos outros não precisam de mentiras, bem ai está o prêmio da primeira charada.

ao dizer isto, uma caixinha de vidro aparece a subir como se fosse um pequeno elevador sobre a mesa que estava na frente deles, e uma bolinha de ouro está no meio da caixinha.

— pode pegar a bolinha, aliás deve pegar, e colocar no relógio.

Geni se movimenta até a mesa, vê todas aquelas fotos, uma tristeza junto de raiva toma a sua mente, mas com um suspiro, ela abre a tampa da caixinha e coloca a bolinha de ouro no relógio.

— ótimo, primeira charada concluída com sucesso, agora vamos para a segunda, e as dicas são academia, e Aquiles.

Aquiles entende o que provavelmente irá acontecer, e o que precisará falar, vendo o que aconteceu com Geni na primeira charada, ele baixa a cabeça e respira e diz:

— bem, vamos, é minha vez agora.

— a academia está no segundo andar, do lado do cinema. — Alfred volta a dizer, sumindo o holograma.

todos vão para o segundo andar, e vão para a academia.

— e então Aquiles, o que me diz.

— é igual, até as máquinas, e a forma que estão montadas, vamos diga logo a charada.

— olha só, está apressadinho, nesse ritmo, primeiro jogo acabará bem rápido, é parece que os assassinos não terão muita chance contra vocês hoje, bem a dica é "aquela que quer, mas não pode ter, te faz tudo perder".

— arf... então realmente é isso, bem, não acho que foi a pior coisa do mundo, mas bem, vamos lá, tudo começou quando uma garota, de 15 anos começou na academia que eu era profissional treiner, ela acabou gostando muito de mim, e queria que eu não so fizesse àquilo com ela, mas também que namorássemos, eu recusei 2 vezes, mas na terceira, ela me ameaçou, e disse que o seu pai era um homem importante, e que se eu não fizesse ia contar para ele que eu fiz coisas horríveis com ela, eu mesmo assim recusei, pois, acreditava que ela não tinha provas. — Aquiles baixa a cabeça depois de olhar para o banheiro do local.

— e então? — Alfred pergunta.

E todos realmente ficaram curiosos com sua pausa.

— e então, que quando se tem poder, influencia e dinheiro, você não precisa de provas, eles me incriminaram com falsas acusações, alguns homens do pai dela vieram ate a academia, pagaram ao dono, e ele permitiu que tudo ocorresse, eu fui espancado, humilhado, e depois despedido, e nenhum local quis me contratar, eu estava lutando por dinheiro após isso, pois tinha meio anos sem conseguir nada, e acabei achando a vaga oferecida na internet, e bem, agora estou aqui. — Aquiles termina de dizer suspirando.

— realmente, dessa vez será bem mais rápido, pode ir ao banheiro, a sua esfera de ouro está lá.

no banheiro, outra caixinha de vidro com uma esfera de ouro dentro, e algumas fotos de como ele ficou depois de espancado no azulejo azul do banheiro, o seu rosto ficara muito desfigurado e sangrando, Aquiles nem olha as fotos e apenas pega a esfera.

— ok, o próximo, loja de moda e Beatriz, podem ir, está do lado do mercado.

— peraí, vamos ficar subindo e descendo as escadas toda a hora? — Ive pergunta incomodada.

— peço perdão minha cara Ive, mas eu só sigo o roteiro, não a construção, apenas aceitem, só terão que subir mais uma vez depois disso, em fim, vão lá. — Alfred diz, desligando o holograma.

todos se locomovem até a área da moda, dessa vez, Levy olha para o centro de alimentações, imaginando o que está por vir.

— ok, todos estão aqui, a próxima dica é "a inveja existe em todos os lugares", pode começar quando quiser Beatriz. — Alfred diz aparecendo como holograma em cima de uma caixa de sapato.

— ok, por causa da minha ex-chefe, e suas empregadinhas queridas, eu perdi a chance de ir para um sistema de modelos, elas viram os meus olhos azuis, cabelos loiros, corpo perfeito para modelo, e tiraram o meu nome propositalmente do concurso, depois disso arruinaram a minha sessão de fotos para que não me destacasse, depois falaram muito mal de mim para os donos, me rebaixando muito, e o pior é que eu acreditava que elas eram minhas amigas, mesmo depois de tudo que fizeram, quebrando as minhas oportunidades, e fingindo que foi sem querer, a própria dona me contou sobre tudo, e o mais humilhante é que a dona realmente se achou inferior a mim quando o marido dela olhou para mim, e me despediu, e garantiu que eu não subiria mais em nenhum palco de moda, quebrando totalmente o meu sonho, e ela realmente dificultou tudo pela influência que tinha, e todas as vezes que eu tentei, sempre fui recusada após isso, desde então, quando o dinheiro começou a acabar, eu vi a vaga de modelo que a empresa de vocês ofertou, e vim aqui, pronto falei. — Beatriz fez de um tudo para manter a pose, de que estava tudo bem.

— caramba, você realmente sabe manter a pose, para alguém que chorou muito pelo ocorrido, e ainda chorava toda a vez que era recusada, mas está certa, pode pegar a sua esfera. — Alfred diz com um pouco de tédio e insatisfação.

a esfera subiu novamente como um elevador pequeno, e novamente estava dentro de uma caixinha de vidro, que aparece em cima do palco de moda, Beatriz olha para o palco, sente uma tristeza imensa, mas a mania de não cair no choro na frente de estranhos, a fez segurar as lágrimas, então pega a esfera, coloca no relógio, e sai do local bem rápido, com os outros a seguindo, sem nem esperar que Alfred falasse algo, pois se esperasse, e olhasse para aquele lugar, não conseguiria parar as lágrimas de escapar do olho.

— bem, dessa vez eu acreditava que seria mais emocionante vocês estão indo bem, sem medo de contar as mágoas do passado, bem o próximo é, Rian, cinema.

Ive se irrita e diz:

— a não, nós acabamos de descer de lá, era só colocar o do Rian, depois do Aquiles, subir escadas de novo, nesse ritmo eu vou sumir de fazer tanto exercício. — Ive diz irritada por ter que subir novamente escadas.

— desculpa minha cara Ive, para não perder tantas calorias, preparamos de tudo para vocês comerem depois do jogo, está tudo no centro de alimentação, mas antes disso, vamos acabar logo com esse jogo, o primeiro jogo sempre é o que mais chama o sentimental dos nossos telespectadores.

— tem gente nos assistindo? — Ive pergunta.

— sim, ue, aliás foram todos que pagaram para vocês estarem aqui, e ver vocês jogando e arriscando suas vidas, são um bando de sádicos, pode apostar, mas não precisa ficar com medo, vamos garantir o dinheiro e segurança dos que sobreviver, podem ir para o cinema. — Alfred diz desaparecendo do holograma que estava perto de uma estatua do shopping.

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