cap 3: charada descritiva parte 2

Todos sobem novamente a escada, passam a catraca do cinema, e param na frente das salas.

— e agora? — Ive pergunta, observando o silêncio, ela parecia estar a ser quem iria puxar o bonde.

— oh!? claro, eu fui pegar um cházinho, bem podem entrar na primeira sala, a dica é "sem valor, sem ganho".

Todos entram na primeira sala do cinema, e uma imensa imagem de Vitor corleone " o poderoso chefão" está na tela.

— beleza, pode começar senhor Rian.

Rian olha a imagem, a dica, e sabe rapidamente do que se trata.

— bem, a um tempo, eu estava trabalhando em um cinema, eu tinha terminado a faculdade de cinema a pouco tempo, e decidi fazer um roteiro de um filme, sobre máfia, gangues, e coisas do tipo, e apresentei ao meu ex-professor, que é um roteirista de filmes, a resposta que eu levei foi de que eu estava plajeando o poderoso chefão, só porque usava falas de garantir o respeito, e de ser calculista em cada passo, mas ai ele disse que não tinha valor, que iria ser o floop do ano, mesmo se apresentasse aos amigos, e que eu deveria parar de plajear coisas, bem, eu sai com raiva, mas pensei que poderia mudar e criar algo novo, e foi o que fiz, mostrei a ele, e ele disse "é sem valor, não volte mais para mim", eu sai, e pensei, eu estudei muito tempo cinema, e eu não consigo fazer um roteiro bom, como assim, nessa última vez, eu joguei o roteiro no lixo, e bem, alguém acabou achando, escreveu um livro a partir do roteiro, nomeou como dele, e fez um livro de sucesso, ganhou muito com aquilo, e a parte mais triste em saber que era meu, pois os personagens, a trama, o desenvolvimento foi tudo escrito por mim, e identifiquei quando li, é que foi uma pessoa da faculdade de cinema, e ele quem lucrou com isso, e o mesmo professor que disse que não tinha valor, promoveu um longa do livro, fazendo bastante sucesso, eu tentei buscar o direito, mas eu não tinha provas concretas do que aconteceu, e o mesmo professor disse-me que se continuasse com aquilo, eu não ia conseguir trabalho nem como pipoqueiro em cinema, depois disso, apenas deixei os sonhos de lado, deixei o emprego, pois não queria mais ver o cinema, aquele cartaz me fez sentir nojo, ai depois disso vim para essa vaga de emprego, acreditando que teria uma nova chance, depois que a raiva baixou.

Rian realmente fica frustrado só de ter que olhar para aquela tela imensa do poderoso chefão.

— ok, ninguém mentindo, todos contando as suas histórias, parece que realmente vocês serão mais sinceros uns com os outros que os últimos jogos.

— houve mais antes desse? — Ive pergunta bastante curiosa.

— claro, os malucos adoram um reality show, onde vocês jogam jogos, não tem restrições para nada, e ainda tem chances de morrer, os lucros são ótimos. — Alfred diz com um leve sorriso.

— e quantas pessoas sobreviveram antes? — Aquiles fala pela primeira vez desde que teve que contar seu passado.

— depende do grupo, houve uma vez que os assassinos mataram todos, na última sobreviveram 4, e por assim vai, depende unicamente do grupo.

— mas todos já ficaram vivos alguma vez? — Aquiles pergunta preocupado.

— ate agora não, os assassinos trabalham dando tudo de si, pois o dinheiro de cada morte, é dividido entre eles, ou seja, o que vocês não ganham por morrer, eles quem ganham, agora vamos pro próximo, e chega de bla bla bla, podemos falar sobre isso depois, os telespectadores querem saber sobre as suas histórias, não o que já sabem, depois do jogo, podemos conversar mais, Ive minha cara, sua vez, sala de jogo, depois do centro de lamentações. — diz Alfred desaparecendo.

— am, Alfred, não está esquecendo da esfera do Rian não? — Aquiles pergunta, quando todos tinham esquecido.

— Ops, me desculpem, erro meu, bem meu caro Rian, quando voltarem, estará em cima da máquina de pipocas, podem ir lá. — Alfred diz meio atrapalhado.

Eles saem da sala de cinema, agora é possível ver a capa do longa que o ex-professor dele ajudou a fazer com o antigo roteiro dele, a raiva da foto sobe, mas Rian apenas tenta ignorar, pega a esfera, coloca no relógio, e todos descem as escadas, e vão a sala de jogo, que fica logo apos as escadas, bem próximo.

— ok minha cara Ive, a dica é "jogos são para crianças e sexo para adultos", pode começar. — Alfred diz em um Holograma dentro do brinquedo de bate bate que inicia sozinho quando o holograma aparece fingindo estar dirigindo.

— arfe, bem é simples, eu desde pequena era bem frágil, e gostava de jogos, tinha sonho de ser um pró-player de qualquer jogo que fosse e conseguisse me virar, mas conforme cresci vi que era muito difícil, não era algo como só estudar, precisa de talento, esforço, pessoas dispostas a te receber na equipe, e muitas vezes, dinheiro, eu percebi que seria muito difícil, então apenas me contentei em ser funcionária numa loja de brinquedos, aliás, igualzinha a essa, tudo ia bem, até 5 jovens de uns 18 a 20 anos aparecerem na loja com algumas crianças de 10 a 14 anos, eu fui a guia deles na loja, deixei as crianças jogando, mas ai um dos garotos se interessou por mim, e bem, eu bem besta, sem namorado, apenas ouvi, afinal, era uma oportunidade, eu sou baixa, não tenho muita coisa além desses peitos enormes, ai eu disse que o meu sonho era ser proplayer um dia, quando ele disse que eles faziam parte de um time de prós, e então ele disse, nós temos uma vaga na equipe para uma garota, mas não para jogar, para ser assistente, ai enrolou, disse quem sabe um dia você não se destaca conosco e acaba sendo chamada para um time.

Ive em seguida respira fundo, olha para a sala dos fundos que tinha na sala de jogos.

— e bem, eu concordei, mas ele disse que deixaria, mas só se fizesse um favor a eles, que era de fazer sexo com eles, eu pensei, puts, por um pouco de sexo, conseguir o meu sonho, legal, eu toparia facilmente, ai eu perguntei as crianças estão aqui jogando, pode ser em outro dia? E o que eles responderam? Não, é agora ou nada feito, eu olhei para as portas dos fundos, deixei os jogos no modo infinito, e fui com os 5 para a sala dos fundos, fechei a porta, e bem, eu fiz sexo com os 5, eles fizeram tudo que era possível, mas no final, o gerente viu a camera, eu fui despedida, eles gravaram e jogaram na net bloqueando os rostos deles, não me deram a vaga, e eu fiquei com a imagem manchada, e ainda tive que ir comprar pílula do dia seguinte sozinha, por sorte não peguei nenhuma DST, depois daquilo, não consegui mais trabalho na área de jogos, meu pior erro. — Ive diz olhando para a porta que estava nos fundos, e pensando, que poderia ser diferente se não fosse tão ingênua.

— perfeito, pode ir pegar a sua esfera de ouro minha cara Ive, agora não esqueci.

Alfred brinca um pouco, mas quando eles abrem a porta, todos se deparam com uma bagaceira imensa, era um show de horrores as fotos, parecia algo realmente pesado o final da brincadeira que os garotos fizeram, Ive apenas baixou a cabeça, pegou a esfera que estava no pote de vidro e saiu cabisbaixa.

— é, realmente, acho que foi um pouco demais, eu tinha dito para não colocar tantas fotos, mas eles não me ouviram, bem, a próxima é a Evely, local é a livraria, fica depois do centro de alimentação e é a última loja do local. — Alfred diz tentando desviar a atenção.

Todos vão até à livraria, era imensa, com 2 andares, cheia de prateleiras, todas cheias de livros, varias mesas para se sentar e ler em silêncio, e um balcão no fundo.

— ok Evely, a sua vez minha cara, a dica é "o que o olho não vê o coração não sente". — Alfred diz a dar um pequeno sorriso.

— é, minha vez então. — Evely diz meio irritada, pois sabe do quê Alfred está rindo na forma de holograma.

ninguém entende nada, mas a maioria está triste demais por terem que relembrar e explanar para todo mundo seus traumas do passado.

— bem, tudo começou quando eu era balconista da mesma livraria que essa, nem uma cadeira está diferente, eu ganhei uma oportunidade, mesmo sendo trans, poxa eu me esforcei muito para parecer uma mulher, uma pessoa comum nem consegue notar que sou trans, mas para arrumar emprego é diferente, eu prometi não causar confusão, e no fim, o gerente concordou, mas o problema era o filho do dono, quando me viu, ele colou o olho em mim, eu o avisei que era trans, e que não podia ter relacionamentos do trabalho para não ser despedida, e o que o porco nojento disse? se você não fizer o que eu quero, ai sim, vai ser despedida, o retardado me fez ficar nua com ele escondido nos fundos, e o pior é que me fez usar o meu negócio nele, ele gostava dessas coisas, eu pensei, o que eu não ver não sinto, vou só fazer isso discretamente e continuar com o emprego, o problema veio quando ele trouxe outro garoto, no fim os pais dele descobriram, e puniram ele por não seguir os padrões que tinha colocado, e a mim mesmo tentando explicar que fui ameaçada por ele, no fim, ele foi colocado de castigo, e eu, despedida, e eles explanaram tudo na net, com meu rosto e tudo, cara já é difícil trabalho para trans, e com isso ficou impossível, eu pensei que ia ter que me prostituir, mas ai veio essa vaga de emprego, e por fim estou aqui. — Evely segurou a raiva de se lembrar de tudo.

— ok, sua esfera está na sala dos fundos também, podem ir lá pegar. — Alfred diz sumindo do holograma.

eles entram, e tem várias fotos de Evely, fazendo sexo o filho do dono, sendo todas Evely ativa, todos ficaram meio espantados com um certo tamanho de algo, mas fingiram não ver, Evely pega a esfera e sai com raiva do lugar.

— hum bem, vamos para o último, Levy, centro de alimentação, finalmente, depois de duas horas seguidas falando tanto, já estava ficando cansado, podem ir lá.

Alfred diz tentando consertar a voz, que obviamente estava sendo disfarçada, todos chegam no centro de alimentação, e Alfred aparece em uma logo gigante, no meio do centro, em um holograma.

— ok meu caro Levy, a dica é "olho gordo, confiança forte, resultado errado", essa com certeza foi a pior dica que li, mas bem pode começar. — diz Alfred como holograma.

— am, bem... então, eu comecei a trabalhar no fastfood, pois precisava de dinheiro, eu era ate que magro, bonitinho, as meninas falavam, mas ai eu entrei nesse lugar, e a gerente e outras funcionárias me acharam muito fofo, e queria que eu saísse com elas, mas o problema é que era todas casadas, eu não queria esse problema para mim, e as rejeitei sendo muito respeitoso, bem, depois disso, elas começaram a me fazer engordar, fazendo eu comer quase tudo que sobrava, eu percebi a pequena raiva delas por serem rejeitadas, a gerente me fazia comer 4 a 5 hamburgers todo o dia, era isso ou ser despedido, eu estava quase pedindo para ir embora, pois eu já tinha ganhado peso rápido, e estava ficando com problemas, mas ai ela disse quando eu fui pedir as contas, que se eu pedisse ela contaria ao esposo que eu fiz sexo com ela, e ele viria me cobrar, ai eu disse que não tinha feito nada, e que ela não tinha provas, e bem, ela disse, você tem 3 escolhas.

Levy respira fundo e diz.

— pedir para sair e enfrentar o meu esposo, continuar nos rejeitando e sendo forçado a comer essas porcarias calóricas até enfartar, ou transar conosco, ai paramos com isso, e você pode ter uma vida boa aqui, mesmo se alguém te fizer mau, vamos te proteger, você é lindo e fofo, pode confiar na gente, mas eu não acreditei nelas, e confiante que pelo menos eu sairia bem se pedisse para sair do emprego era só achar outro, disse que queria contas, eu não aguentava mais o lugar, ai deu as contas, mas 1 dia depois eu fui espancado pelo marido dela e outros caras, no fim, eu fiquei sem emprego, ganhei 20 quilos, colesterol alto, tomei uma surra na rua, e ainda tive dificuldades de arrumar emprego, e por fim to aqui. — diz Levy baixando a cabeça.

— bem mais leve que a última, mas ok, pode ir lá pegar a sua esfera, bem o jogo acabou, você ganharam no dia um, e com apenas 2 horas e 30 minutos, novo recorde, vou explicar como funciona as outras coisas, depois quero descanso, minha voz ta péssima. — Alfred reclama e desaparece do holograma.

todos seguem Levy para pegar a esfera, e veem fotos dele todo espacado, e bem mais gordo que agora, todos só ignoram e saem do local e ficam no centro de alimentações, sentados.

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