Confronto em Casa

O sol entrou por uma fresta na janela e tocou gentilmente no rosto de Leyne. Ele abriu os olhos, e por fim se deu conta de que ainda estava na casa daquele homem misterioso.

Leyne sentiu o cheiro de café, enquanto descia as escadas.

Tez: Bom dia! Venha, o café está pronto.

Leyne observou a cadeira onde o Tez amarrou um homem no dia anterior. A Cadeira estava lá, mas o homem não.

Leyne: O que aconteceu com aquele homem?

Tez: Ele quiz ir embora.

Leyne: "Como?" Você deixou ele ir embora?

Tez: Qual o problema, ele disse tudo o que sabia. E eu dei a minha palavra que o deixaria ir

Leyne: E quanto a mim? Você deixou um dos meus perseguidores ir embora, e eu vou continuar aqui?

Tez: Só mais um dia. Agora, você precisa se alimentar.

Leyne: Que seja!

Mais uma vez, Tez ficou observando Leyne se alimentar.

Tez: {Mesmo se alimentando, ele parece um pouco debilitado.}

Tez se levantou e segurou o rosto de Leyne.

Leyne: ... O Que... O que houve?

O Dono da casa examinou os olhos de Leyne.

Tez: Acredito que você esteja com princípio de anemia.

Leyne: E Você é medico agora? Isso realmente importa? Quem estaria bem nutrido fugindo como eu estou? Passando por essas coisas? Só... Me deixa em paz!

Leyne baixou a cabeça.

O telefone de Tez tocou na sala.

Tez foi atender.

Tez: Olá Rodrigo, já conseguiu alguma coisa?

[Rodrigo: Sim, Ele se chama Leyne Dimitri, terminou a faculdade de Marketing e Propaganda, era um funcionário de confiança de uma empresa, e parece que ficou doente. Ao ser afastado, algumas coisas mudaram, e parece que ele virou faxineiro. Ele desapareceu há quatro meses, a empresa respondeu para um tio do Litoral, que perderam o controle do rapaz porque estava envolvido com drogas pesadas. Tem um boletim de ocorrência de desaparecimento.]

Tez: Por fora disso, não tem mais nada?

[Rodrigo: Não. Nenhuma passagem, nenhuma confusão, ou nada de mais.]

Tez: Ok, Muito obrigada Rodrigo.

A Ligação terminou.

Tez voltou à cozinha.

Leyne não estava.

Tez: Garoto? Nem pense em fugir.

Encostado na parede do lado de fora da varanda, Leyne estava se segurando. Tez, se aproximou.

Tez: O que você está sentindo?

Gentilmente, Tez colocou a mão no ombro de Leyne.

Leyne: Senti que me faltou o ar, por isso vim para fora. Mas, estou melhor agora.

Leyne tentou andar, e percebeu que estava sentindo muita tontura. Ele colou a cabeça no peito de Tez e se segurou.

Tez: ...

Leyne: Isso... é horrível. Preciso que passe logo.

Tez: {As Mãos deles são tão delicadas, é engraçado}

O Dono da casa segurou o Invasor gentilmente, e o levou nos seus braços para cima. Em seguida, o colocou na cama.

Tez: Vou fazer um chá para você.

Leyne: Não.. Não precisa

Tez percebeu que Leyne segurou seu braço.

Leyne: Fica aqui um pouco, eu não me sinto bem. Acho que vou morrer, se for isso... Pelo menos vou ter alguém do meu lado.

Tez: {É, ele é bem dramático.}

Tez: Quando você ficou doente, que doença era?

Leyne: Pneumonia, estava muito avançada... Demorei muito para me recuperar.

Tez: {Ele disse que ficou com falta de ar!?}

Tez ergueu a camisa de Leyne e colocou os ouvidos no peito dele.

Tez: {Não tem ruídos estranhos, nesse caso, acho que ele está bem por enquanto}

Tez: Bem, vou te deixar agora, não saia da cama.

...

De volta a sua sala de coleções, Tez pegou o telefone.

Tez: Rodrigo, consiga um médico e traga ele aqui amanhã por gentileza.

[Rodrigo: Sim, claro. Está tudo bem com você chefe?]

Tez: Não é para mim. Eu pedi informações sobre esse Leyne Dimitri porque ele está aqui na minha casa. Eu explico aqui

[Rodrigo: Entendido, estarei aí amanhã o mais cedo possível senhor]

...

Tez subiu as escadas novamente com uma xícara de chá, e entregou a Leyne.

Leyne: Obrigada

Tez: Você está melhor?

Leyne: Ainda sinto tontura, mas melhorou um pouco.

Tez: Que ótimo. Qualquer coisa você me fala ok? Se lembre que eu durmo aqui do lado.

Leyne: Sim, obrigada novamente.

Tez saiu, deixando Leyne sozinho.

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Na manhã seguinte, Tez olhou no quarto ao lado, e não encontrou Leyne. Ele desceu, as escadas e viu que o café estava pronto. Ele pegou um xícara do café puro e amargo, e caminhou lentamente em direção à porta de vidro. Nesse momento, ele pode ver Leyne no jardim, estava regando as margaridas.

Leyne voltou na direção da casa, e sorriu para Tez.

Quase ao mesmo tempo, a campainha tocou.

Tez foi para a porta atender. Ele esperava por alguém, mas quando abriu a porta, não era quem ele estava esperando.

1° Homem entrem! Ele está lá dentro.

Os homens começaram a atirar, Tez foi atingido no braço, antes de fechar a porta pesada da casa com o pé.

Tez: Garoto! Vá para o quarto! Rápido!

Leyne correu para dentro da casa, porém os homens invadiram. Um deles, pulou pelo muro e surpreendeu Leyne.

Leyne: Aaah! Me solta!

Tez viu o homem que havia pegado Leyne mas não conseguiu alcançar naquele momento, pois começou a lutar contra os outros invasores.

O primeiro, ele alcançou sorrateiramente, o desarmando antes de o deixar inconsciente. Tez correu até sua sala de coleções, e pegou uma arma, assim que saiu derrubou mais dois invasores. Restando apenas o 1° Homem, e um 3° que havia pegado Leyne.

Tez: Soltem ele!

1° Homem: Porque você mentiu? Viu o que você arrumou?

Tez: Não é bem assim. Já olhou lá fora? A menos que você conte com o coitado que deixou no volante, não tem quem possa ajudar vocês.

1° Homem: Chega de bobagem! Saía da frente e vamos indo!

Sem esperar mais, Tez atirou no homem que segurava Leyne, e em seguida no 1°Homem.

Tez: Você está bem?

Leyne: Eu estou, estou sim.

Passos se aproximaram de onde eles estavam, e Tez virou a arma apontando na direção dos passos.

Um homem jovem de óculos vestindo roupa social apareceu.

Tez: Rodrigo!? Porque não falou nada? Quase atirei em você!

Rodrigo: Senhor, cuidei de um homem que esperava no carro a frente. Esse é o médico

Um senhor vestido de Jaleco saiu apareceu atrás de Rodrigo.