Clima Romântico

 Os lábios de Tez foram se aproximando de Leyne lentamente e quando estava prestes a se tocarem, eles escutaram passos de alguém se aproximando.

Leyne: É... De vez em quando eu acabo esquecendo que ele tem a chave.

Tez: Eu vou tirar a chave dele.

A expressão de Tez era de puro incômodo.

Leyne: {Ai Rodrigo... Tinha que chegar logo agora?}

Tez saiu da piscina.

Rodrigo: Chefe, eu tenho algumas informações. Mas cheguei junto com o Chan, ele quer falar com você. Então eu posso esperar.

Tez: Onde ele está?

Rodrigo: Na frente da casa, não queria entrar.

Tez: Ok

Rodrigo voltou a sua atenção à Leyne

Leyne: Oi Rodrigo, você por aqui hoje?

Rodrigo: Sim, tive uma emergência. E... Você entrou na piscina de pijama?

Leyne: É que eu não tinha a intenção de entrar, mas... Acabei entrando.

Leyne nadou até a escada, e saiu. Ele olhou ao redor para ver se tinha algo para se secar.

Rodrigo: Espera um pouco, eu pego para você!

Leyne: Obrigada.

Rodrigo voltou rapidamente com a toalha na mão, ele entregou para Leyne, e ficou olhando para ele.

Leyne: O dia está bem bonito não é? Você estava trabalhando?

Rodrigo: Sim. É só o que faço. Além de cuidar do meu pai.

Leyne: Você já falou sobre o seu pai... Ele é muito idoso?

Rodrigo: Não. Ele sofreu um acidente de carro, e acabou com um dano grave no cérebro. Ele ficou muito lento. Por esse motivo quando não estou em casa, tenho que deixar uma enfermeira com ele. Mas, dá para perceber que ele fica muito chateado se eu demorar muito para ver ele.

Leyne: Que situação, eu lamento.

Rodrigo: Tudo bem, o importante é que ele está vivo.

Rodrigo olhou para a entrada da casa, em seguida voltou a olhar para Leyne.

Rodrigo: E você? Está bem?

Leyne: Sim, eu estou. Você sempre me pergunta isso, todas as vezes que vem. Acho que deve ter puxado o seu tio. Nunca fala de uma vez o que quer, fica só rodeando.

Rodrigo: Nisso você tem razão.

Leyne: Então não me enche a paciência tá? Todas as vezes que você vem, fica parecendo que está fazendo alguma coisa errada, falando baixo pelos cantos, e deixando mensagens estranhas. Até por bilhetes!?

Rodrigo: Não esqueça aquele bilhete. O que eu falei naquele dia, ainda vai provar para você que meus conselhos são sérios.

Leyne: Ele já me disse quando eu posso ir embora, ele não é tão assustador assim. Estamos nos dando muito bem agora... Quando for seguro ele vai falar.

Rodrigo: Eu nunca disse que ele era assustador. E não estou querendo por medo em você. Eu só quero que você fique bem, porque... é uma pessoa legal.

Leyne: Agora sim, sua conversa está bem estranha. "Quer que eu fique bem, porque eu sou uma pessoa legal?" Isso parece uma cantada sabia?

Tez: Rodrigo eu preciso que me devolva as chaves.

Rodrigo e Leyne viraram para trás, e viram Tez, com as sobrancelhas fechadas.

Rodrigo: Ok... Mas, porque isso agora?

Tez: Eu quero a chave, é só isso.

Rodrigo: Certo, aqui está.

As chaves foram jogadas na direção se Tez, que pegou no ar.

Tez: E que tipo de bobagens você está falando com o Leyne?

Leyne: Ele estava falando sobre o Pai dele... Sobre o acidente. Bem, vocês tem que conversar não é? Eu vou tomar um banho e me vestir.

Segurando a toalha, Leyne saiu correndo do meio e entrou na casa.

Tez olhou para Rodrigo friamente.

Tez: Diga logo o que quer!

Rodrigo: Chefe... Deixa eu levar o Leyne para casa do tio dele.

Tez: O que? Você não vai levar ele.

Rodrigo: Faz tempo que ele não vê ninguém da família, ele deve estar com saudades do Tio. Ele ainda está vivendo como um fugitivo.

Tez: Ele vai embora quando eu terminar. Se você continuar a interferir vou proibir de vir em casa. Consiga o endereço do dono do Hotel Renova.

Rodrigo: Claro, farei isso assim que possível.

Tez: Ótimo, não volte sem o que pedi.

Rodrigo: Chefe... O Chan conseguiu a localização do Último irmão Maldonado não é?

Tez: Ainda não tem nada certo.

Rodrigo: Ah, sim. Eu acredito mesmo que não vai demorar. E isso que quer terminar não é?

Tez: Isso é comigo. Não encha a sua cabeça de coisas.

Rodrigo: Está bem.

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Assim que Rodrigo foi embora, Tez subiu para o andar de cima e logo em frente do quarto, ele viu Leyne. Ele estava secando seu cabelo distraído. O momento foi oportuno para Tez o surpreender segurando sua cintura.

Leyne: Ah! O que foi?

Tez: Fomos interrompidos. Quero saber se gostaria se voltar para piscina?

Leyne: Ah, não. Eu já tomei banho.

Tez: Então...

Tez aproximou os seus lábios dos ouvidos de Leyne

Tez: Eu quero continuar beijando você.

O olhar de Tez se fixou nos olhos de Leyne

Leyne: E agora? Você me faz sentir tantas coisas que... Não consigo dizer não.

Tez: Ótimo...

Leyne: Espera! Só beijos tá bom... Não me segura assim.

Leyne tirou as mãos de Tez da sua cintura e ficou segurando elas.

Tez: Entendi, só beijos.

O beijo começou calmo e com muita gentileza, diferente de antes. Tez curtia o momento e apreciava a forma que Leyne o correspondia.

Leyne: {Meu coração parece que vai sair pela boca. Como eu pude me apaixonar assim por esse homem?}

Após alguns minutos, os beijos foram tomando mais força, e Tez não controlar as suas mãos. Novamente, ele segurou a cintura de Leyne e acariciou suas costas.

Leyne: Tez... Vamos parar por aqui.

Tez observou a forma que Leyne segurou as suas mãos, e em seguida olhou para ele.

Leyne: É sério. Por favor, vamos parar por aqui.

Com um beijo a testa, Tez se afastou de Leyne.

Tez: Até mais tarde.

Mantendo um sorriso amável, Tez se afastou e foi para o seu quarto.

Leyne: {Eu não tenho ideia de onde esse amor vai me levar mas... Estou feliz que ele esteja me ouvindo}

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As dez horas da noite, na praça central da cidade, Rodrigo desceu do seu carro e caminhou na direção um homem.

Rodrigo: Obrigada por vir Chefe Chan

Chan: Garoto eu estou cheio de trabalho, então vamos entrar logo no assunto, pode ser?

Rodrigo: Sim, claro. E é óbvio que o senhor sabe que vim falar sobre o meu Tio.

Chan: Sim. O que está acontecendo.

Rodrigo: Quero a sua ajuda para pode tirar o Leyne de lá, e mandar ele de volta para a família dele.

Chan: Esse rapaz já tem muita sorte de estar vivo. Mas ter caído justo nas mãos do Tez... É, realmente preocupante.

Rodrigo: Ele disse ao Leyne, que assim que souber o paradeiro do último Maldonado, o deixará ir embora. Mas eu sei que não vai ser assim.

Chan: Você tem que tomar cuidado para não incomoda o seu tio, já que é a única pessoa que ele tem mais apreço.

Rodrigo: Eu sei disso. Mas o Leyne é uma pessoa simples, divertida e muito amigável... Ele não merece isso.

Chan: Não é você quem decide isso. O que eu poderia fazer?

Rodrigo: Tenta convencer ele. E me dá cobertura para tirar o Leyne de lá.

Chan: Certo, conversar com o Tez eu posso sim. Mas não garanto nada. É só o que consigo fazer.

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