Capítulo 7 Estratégia

A cena na empresa

Na manhã seguinte, havia um protesto em frente à empresa de Saul Maximiliano. O povo estava revoltado com ele por ajudar Ricardo Coentrin, o empresário que havia ofendido as pessoas com depressão. Eles gritavam palavras de ordem, e seguravam cartazes com frases como "Saul, você não nos representa", "Saul, você é cúmplice do mal", "Saul, você é um monstro".

Saul sabia quem poderia estar por trás dessa história: Sarah Maia, a sua ex-namorada, que vivia perseguindo e acusando ele.

Saul sentiu uma raiva tomar conta dele. Ele não podia deixar que ela estragasse os seus planos, e os da família Coentrin. Ele tinha que reagir, e rápido.

Ele viu o jornal, e tomou café calmamente, articulando e pensando em uma bela vingança. A sala do apartamento de Saul era grande e confortável. Um sofá macio, luzes fluorescentes no teto, cores da sala em bege claro. Uma televisão na parede, uma janela enorme e pisos de madeira. Um tapete e mais nada. Sem livros, ele não gostava de acúmulos. Para ler, ele tinha um Kindle moderno. Ele lia muito, como Dom Casmurro, O Cortiço, A Revolução dos Bichos, 1984, Cem Anos de Solidão, Mundo Líquido, Admirável Mundo Novo, entre outros. Tudo isso ele lia no seu Kindle, sem ter um livro físico.

Ele tomou o seu café, calmamente. A cada gole que ele tomava, ele pensava em algo. Ele pegou o seu celular, e ligou para um dos jornalistas, que estava entusiasmado com a notícia. Era Ari, e ele odiava Saul com toda a força.

 "Alô?" - Ari atendeu, com uma voz animada.

Ari sabia que ele ligaria. Ele deu uma risada, irritando Saul que disse:

 "Oi, Ari. Tudo bem? Estou ligando para te dar uma notícia exclusiva. Você vai adorar." - ele disse, com uma voz sarcástica e irônica.

Ari ficou curioso, e perguntou:

 "Que notícia, Saul? Você vai se demitir? Você vai se aposentar? Você vai se mudar para a Sibéria?" - ele disse, com uma voz de deboche e desprezo.

Saul riu, e disse:

 "Não, nada disso. Mas é algo que vai te surpreender. Você sabe que eu sou um homem rico e famoso, certo?" - ele disse, com uma voz de arrogância e vaidade.

Ari revirou os olhos, e disse:

  "Sim, eu sei. E daí?" - ele disse, com uma voz de impaciência e irritação.

Saul continuou:

  "E você sabe que eu sou um homem solteiro e cobiçado, certo?" - ele disse, Saul

Ari bufou, e disse:

  "Sim, eu sei. E daí?" - ele disse, com uma voz de nojo e inveja.

Saul sorriu, e disse:

  "E você sabia que eu sou um homem que procura uma mulher para se casar? Isso daria uma ótima matéria, certo?

Ari arregalou os olhos, e disse:

 "O quê? Você quer se casar? Desde quando?" - ele disse, com uma voz de surpresa e incredulidade.

Saul negou, e disse:

  "Claro que não, sua anta. Eu só quero mudar o foco, atrair essa confusão para mim, e não para a minha empresa. Eu posso ter a minha reputação no chão, mas a minha empresa não. Então eu quero que você faça uma matéria sobre isso. Além de chamar a atenção para mim, eu ainda provoco raiva na Sarah, que deve estar por trás desse protesto. Mas eu quero que ninguém saiba que isso é um plano, se não você nunca mais vai ter nenhum prestígio na vida. Você entendeu?" - ele disse, com uma voz de ameaça e chantagem.

Ari engoliu a saliva, e perguntou:

  "O que você quer que eu escreva?" - ele disse, com uma voz de medo e submissão.

Saul disse:

 "Escreva assim: Homem maduro, rico e famoso procura uma mulher para se casar. Ele é Saul Maximiliano, o dono da empresa de limpeza de reputação mais famosa do Brasil. Ele está cansado da vida de solteiro, e quer encontrar a sua alma gêmea. Ele está disposto a se apaixonar, e a se entregar. Ele está à procura de uma mulher bonita, inteligente, carinhosa, e fiel. Ele está aberto a receber propostas, e a conhecer candidatas maiores de 20 anos. Ele está pronto para o amor. Quem se habilita?" - ele disse, com uma voz de ironia e cinismo.

Ari ficou perplexo, e disse:

  "Você está louco? Isso é ridículo. Ninguém vai acreditar nisso." - ele disse, com uma voz de espanto e protesto.

Saul disse:

  "Não importa. O que importa é que isso vai gerar repercussão, e vai tirar o foco da minha empresa. E também vai deixar a Sarah furiosa, e com ciúmes. Ela vai ficar louca, e vai se expor. Ela vai se queimar, e eu vou me livrar dela. É um plano perfeito." - ele disse, com uma voz de satisfação e vingança.

Ari disse:

  "E se ela te processar? E se ela te denunciar? E se ela te atacar?" - ele disse, com uma voz de preocupação e dúvida.

Saul disse:

 "Deixe ela tentar. Eu não tenho medo dela, nem de ninguém. Eu tenho os melhores advogados, e os melhores contatos. Eu sei me defender, e me proteger. Eu sei jogar, e ganhar. Eu sou o melhor no que eu faço. E você sabe disso." - ele disse, com uma voz de confiança e orgulho.

Ari disse:

 "Tudo bem, tudo bem. Eu vou fazer a matéria. Mas você me deve uma, Saul. Você me deve uma grande." - ele disse, com uma voz de resignação e cobrança.

Saul disse:

  "Pode deixar, Ari. Eu não me esqueço dos meus amigos. Você vai ter a sua recompensa. Mas agora, faça a matéria. E rápido. Eu quero ver isso em todos os jornais, em uma hora." - ele disse, com uma voz de ordem e pressa.

Ari disse:

  "Está bem, está bem. Eu já estou fazendo. Mas não me arrependa, Saul. Não me arrependa." - ele disse, com uma voz de aviso e receio.

Mas Saul falou que ia desliga que tinha que ir a sua empresa.

Mas antes de desligar, ele disse mais uma coisa para Ari, que o deixou ainda mais assustado.

  Saul disse:

 "Ah, e Ari, só mais uma coisa. Você se lembra daquela menina de 20 anos que você saiu na semana passada? A loirinha que você conheceu no Tinder? Pois é, eu sei de tudo. E a sua mulher também vai saber, se você não fizer o que eu mandei. Você não quer que ela descubra, não é? Você não quer que ela se divorcie de você, e leve metade da sua fortuna, não é? Você não quer que ela te demita da revista de fofoca que ela é dona, não é? Então, faça a matéria, e faça bem feita. Ou você vai se arrepender. Muito." - ele disse, com uma voz de chantagem e crueldade.

Ari ficou pálido, e gaguejou:

> "C-como você sabe disso? Quem te contou?" - ele disse, com uma voz de pânico e desespero.

Saul riu, e disse:

  "Eu sei de tudo, Ari. Eu sei de tudo sobre você, e sobre todos. Eu tenho os meus informantes, e os meus recursos. Eu tenho os meus segredos, e as minhas armas. Eu sou o melhor no que eu faço. E você sabe disso." - ele disse, com uma voz de superioridade e ameaça.

Ari ficou sem palavras, e tremendo. Ele sabia que Saul estava falando a verdade. Ele sabia que Saul era capaz de tudo. Ele sabia que Saul tinha o poder de destruir a sua vida.

Ele disse, com uma voz de resignação e medo:

  "Está bem, está bem. Eu vou fazer a matéria. Mas por favor, não conte nada para a minha mulher. Por favor, não estrague a minha vida." - ele disse, com uma voz de súplica e humilhação.

Saul disse:

"Isso depende de você, Ari. Se você fizer o que eu mandei, eu vou guardar o seu segredo. Se você não fizer, eu vou contar tudo. A escolha é sua." - ele disse, com uma voz de ultimato e indiferença.

Ari disse:

 "Eu vou fazer, eu vou fazer. Só não me faça mal. Por favor." - ele disse, com uma voz de imploração e covardia.

Saul desligou o telefone, e sorriu. Ele tinha dado o segundo passo para o seu plano.

Ele esperava que ela mordesse a isca, e que ele pudesse acabar com ela ( Sarah). Ele esperava que ela sofresse, e que ele pudesse rir. Ele esperava que ela o deixasse em paz.

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