O dia estava sendo bem difícil, começando que eu não sabia onde ficava nada, exceto o parque, isso porque ficava bem no centro da alcateia e era enorme, sendo assim, não era exatamente uma tarefa impossível de achá-lo. Mais uma coisa para adicionar a lista de problemas era que eu não sabia falar a língua nativa, então pedir por informações era um trabalho hercúleo e achar alguém disposto a me ajudar era outro fator muito importante, inclusive sabia muito bem disso, pois já tinha tentado.
Quando tinha chegado ao parque, encontrei uma mulher e tentei ter um diálogo com ela, o máximo que consegui foi fazer várias mímicas que não resultaram em nada. Frustrada, decidi deixar a mulher em paz e continuar o meu caminho.
Estava andando na parte externa do parque na esperança de achar um restaurante ou um supermercado que fosse mais em conta, ou até mesmo o banco para sacar mais dinheiro, mas as coisas estavam bem difíceis para mim.
— Olha só quem encontrei — Alex apare do meu lado me assustando. Ao encontrá-lo, senti uma pontada de esperança em meu peito.
— Alex! — exclamo surpresa, não esperava encontrá-lo aqui, ainda assim, era uma grata surpresa. Ter um conhecido em um lugar tão gigante era sinal de que teria ajuda. Minhas preces haviam sido atendidas!
— O próprio! Está perdida pelo visto — ele supõe, ou melhor, constata, afinal não precisava ser um Sherlock para notar isso. Caminhando com um olhar vago, gorando a cabeça por todos os lados e tropeçando nos próprios pés, não me tornava uma pessoa com um aspecto de que sabia o que estava fazendo.
— Um pouco — admito constrangida, afinal ontem mesmo o guia nos mostrou cada canto da alcateia, mas eu lá me lembrava de alguma coisa? Alex deu um sorriso reconfortante para mim.
— Em que posso lhe ajudar, minha dama? — pergunta fazendo uma reverência pitoresca, em resposta o meu estômago murmura reclamando da falta de comida, ele dá uma breve e sonora risada.
— Bem, acho que não precisa me dizer mais. Se quiser eu posso te mostrar ótimos restaurantes.
— Eu adoraria - digo empolgada por conseguir finalmente iniciar as minhas tarefas do dia, estava tão animada que só faltava pular em seus braços — isso se não te incomodar — acrescento me lembrando que ele podia ter outras coisas a fazer e que eu provavelmente seria um estorvo para ele.
— Minha cara, você é a minha maior prioridade — com um ar galante e um sorriso charmoso, foi o suficiente para que eu não conseguisse evitar corar um pouco — vamos então? — ele começou a me guiar pelas ruas modernas. Estávamos entretidos em uma conversa animada e empolgante. Descobri um pouco mais sore ele e ele sobre mim. Estava animada com a ideia de não estar mais sozinha em um lugar estranho.
Depois de um tempo andando e conversando páramos em frente de um café, era grande, com enormes janelas de vidro, as paredes eram de um tom marrom escuro, em cima da porta, também de vidro, estava escrito em grandes letras douradas Goccia di Caffè. Segundo Alex, era “pingo de café” em italiano.
. Ele abriu a porta para mim e pude ver que estava um tanto lotado.
— Que cavalheiro! — falei em tom de troça enquanto atravessa a porta entrando no estabelecimento. Ele me seguiu.
— Sempre — respondeu com um sorriso. Alex me conduziu em uma mesa ao lado da janela onde podíamos ver melhor o movimento de fora. Mal havia se passado 1 minuto e logo chegou uma garçonete nos entregando o cardápio.
— Já sabe o que pedir? — Alex me pergunta e eu faço que não com a cabeça — eu te recomendo um croissant de chocolate com um cappuccino.
— Eu prefiro comer algo salgado antes - comento e vejo uma careta em seu rosto — o que foi?
— Digamos que os italianos são meio severos com combinações, principalmente no café da manhã, eles preferem comer algo doce, é algo até religioso. Então se você não quiser receber uma careta da garçonete, acho melhor pegar um croissant, além disso, são os melhores de toda a alcateia — resolvi ouvir a sua dica e quando a garçonete chegou ela anotou os nossos pedido e saiu. Ficamos em silêncio por um tempo.
— Aqui é muito bonito — comentei olhando ao redor. Na verdade, era mais para puxar conversa e sair daquele silêncio constrangedor.
— Sim, muito bonito. Já visitei aqui algumas vezes quando meu pai vinha a negócios.
— Negócios? — repito.
— É, ele trabalha em uma empresa de exportação, em uma alcateia maior e próxima da nossa. Sabe as plantações que o guia falou destinadas à exportação? — ele pergunta e eu confirmo com a cabeça. Era a única coisa que de fato me lembrava — então, a empresa que ele trabalha faz a exportação desses produtos para outras alcateias.
— Hm, que interessante. Fico feliz de estar acompanhada de alguém que já visitou aqui antes, assim vou ter quem me conduzir para onde quero — brinco e ele sorri de volta. Eu estava brincando, mas, no fundo, falava sério, precisava realmente de alguém para me mostrar os lugares que eu deveria ir.
— Será um prazer, aliás tem alguns lugares que sei que você irá adorar conhecer, o que acha de após tomar o café da manhã darmos uma volta?
— Iria adorar! — nossa conversa foi interrompida pela garçonete trazendo nossos pedidos e enquanto comíamos continuamos a conversar — mas eu precisava que você me mostrasse o banco antes, preciso tirar um dinheiro e ainda comprar umas coisas — comento e ele concorda comigo.
Quando terminamos, pagamos a nossa conta e ele me guiou até o banco. Em seguida, consegui acertar a questão dos móveis que tão logo cegaria me minha casa. Passeando ao lado de Alex que me mostrava os lugares que, de acordo com ele, eram imprescindíveis de minha presença, ele parou subitamente e olhou para mim com um largo sorriso:
— Você já foi à praia?
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Atualizado até capítulo 33
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