Acordo cedo na manhã seguinte, o sol filtrando seus primeiros raios através das cortinas. A luz suave do dia parece conspirar contra a sombra das dúvidas que ainda pairam em minha mente. A sensação de estar sendo observada me incomoda profundamente. O arrependimento e a incerteza se entrelaçam em minha mente, e eu me questiono se terei tomado a decisão certa se eu aceitar o convite misterioso.
Desesperada, eu grito para o vazio da minha sala, minha voz ecoa com uma intensidade que me surpreende:
— Eu aceito! Chega de dúvidas!
O eco do meu grito ressoa como um grito de desespero e determinação. Fecho as janelas com um gesto brusco, um pequeno vislumbre de descontrole diante da tempestade interna que estou enfrentando. Respiro fundo, tentando acalmar o turbilhão de emoções, e decido tomar um banho para limpar a mente e o corpo, preparando-me para o que está por vir.
"Ding Dong Dorong Dom"
Enquanto caminho em direção ao banheiro, com a toalha pendurada sobre o ombro, a campainha toca. O som estridente parece um sinal de que a minha vida está prestes a mudar de maneira irrevogável.
Olho pelo olho mágico, mas não há ninguém à vista. A estranheza da situação aumenta a ansiedade que já sinto. Decido abrir a porta e, ao fazer isso, vejo uma pequena caixa vermelha almofadada no chão. O simples fato de encontrá-la faz meu coração acelerar ainda mais.
Com as mãos tremendo de emoção e apreensão, coloco a caixa sobre a escrivaninha e a abro com cuidado. Dentro, encontro apenas um bilhete, cujo conteúdo me faz sentir uma mistura intensa de alívio e inquietação.
"Querida Sophia,
Fico feliz que tenha aceitado fazer parte dessa jornada. Sei que pode parecer assustador, mas acredite, grandes mudanças estão a caminho...
Sinto uma onda de emoções conflitantes ao ler essas palavras. Como podem saber que eu aceitei? A ideia de estar sendo observada me deixa inquieta. As perguntas sobre "O que está por vir?" e "Está realmente pronta para isso?" ressoam em minha mente.
...Caso esteja se perguntando como sabemos que você aceitou, saiba que foi uma dedução. A proposta que estamos fazendo é única e seria tolo recusar."
Dentro da caixa, além deste bilhete, você encontrará uma fita na lateral esquerda com a palavra "puxe". Siga as instruções e descubra a "Passagem para a Liberdade".
Seguindo as instruções, com cuidado, eu puxo a fita na lateral da caixa, e ela revela um compartimento secreto. De dentro, surge uma passagem aérea para uma cidade chamada "Liberdade", localizada do outro lado do mundo. A visão do bilhete e da passagem aérea foi um alívio e um impulso ao mesmo tempo. Ao lado da passagem, tem um número de telefone e a indicação do "Hotel SummerDay".
É uma oportunidade única de mudar de vida!
Junto à passagem, eu encontro um número de telefone e, acima dele, está escrito "Hotel SummerDay".
Com um sentimento de determinação renovada, murmuro para mim mesma:
— Parece que só depende de mim agora. Vou abraçar essa oportunidade e buscar minha liberdade! Já que não tenho nada a perder!
Envio uma mensagem para Bella informando aonde eu vou e informações caso precise encontrar-me. O pensamento de deixar tudo para trás e começar de novo me enche de uma mistura de entusiasmo e nervosismo.
Passo as próximas três horas arrumando as minhas coisas e, no final da tarde, já estou a bordo do avião rumo ao desconhecido.
Passo as próximas horas organizando minhas coisas com um fervor quase frenético. Cada item que coloco na mala parece ser uma peça do quebra-cabeça que estou montando para a nova vida que está prestes a começar. Mal vejo tempo passar, já chegado a tarde, quando me dou conta, finalmente estou a bordo do avião, rumo ao desconhecido.
Quando chego à cidade de Liberdade, o contraste com o cinza e o preto da minha antiga vida era impressionante. A cidade é vibrante com cores e vida, e o impacto visual é quase avassalador. De onde eu venho, o cinza e o preto dominam, com construções escuras e pouco iluminadas. Ver um lugar tão colorido assim chega a cansar a minha visão.
Ao descer no térreo do aeroporto, a ansiedade volta a me assolar, procuro uma brecha em meio ao emaranhado de pessoas à procura de suas bagagens. Finalmente, chego à esteira onde deveria pegar a minha mala, mas ela não está lá.
O tempo parece se arrastar enquanto eu tento manter a calma. Cada minuto que passa sem sinal da minha bagagem aumenta a tensão dentro de mim. A multidão ao redor parece indiferente ao meu crescente desespero.
Eu estou longe de casa, em um lugar desconhecido, e o que deve ser o início de uma nova jornada está começando com uma nota de frustração e incerteza.
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Atualizado até capítulo 21
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