Implicância com as roupas.

Não o repondo, não sei nem em que país eu estou nesse momento. Nossa respiração recupera o ritmo natural, e, antes que ele possa tentar reiniciar tudo, saio de seu colo e me vou para o outro lado da banheira. Um sorriso brilha em seus lábios, como se achasse a situação divertida. Ele submerge o rosto na água, e, quando emerge, meu coração quase dá um salto. Sua beleza é inegável.

— Minha existência se resumirá a isso? Estarei aqui apenas para lhe proporcionar prazer?

— E para sentir também, ou vai dizer que só eu senti? — Virei o rosto com timidez. — Mas não, sua vida não será assim. Não somente para isso. Gosto muito de esportes e aventuras. Tenho sempre que viajar a negócios, e depois eu sempre aproveito os meus dias em outros países, da mesma forma que o seu pai e o meu fazem quando têm uma reunião. Se você se comportar bem, posso levá-la comigo em uma dessas viagens.

— O que pensa que eu sou, uma criança?

— Não, mas sei que você vai tentar fugir, pode até ser divertido, mas tem lugares que são perigosos, então você terá que se comportar e ficar do meu lado.

— Será melhor do que viver aqui presa. — Ele sorri e se aproxima de mim, mas eu barro com a minha mão.— Você é uma máquina? Acabamos de fazer isso.

— Você estará presa somente a mim, e os seus olhos me cativam, é como se eu me perdesse neles. No entanto, precisamos descansar, amanhã, levarei você para um passeio a cavalo. Sabe montar?

— Sim, eu sei. Aprendi muitas coisas, principalmente aquelas que são mais apreciadas por aqui.

— Excelente. Agora, vamos nos banhar e nos preparar para sair.

Após o banho, nos dirigimos ao quarto. Vesti minhas roupas e lembrei das palavras da mãe dele, que me falou para retornar ao meu próprio quarto após servir o sheik. No entanto, enquanto eu encaminhava para a porta, ele me chamou. me virei, e ele solicitou que eu permanecesse e compartilhasse a noite com ele.

Tentei expressar minha objeção, até porque eu me sentia mais confortável dormindo sozinha em uma cama. Virei-me de costas, e ele elevou a voz, ordenando-me que parasse.

— PARE! Eu disse para você ficar. Não quero ser obrigado a trazê-la aqui à força.

— Talvez devesse discutir isso com sua mãe, "senhor", pois foi ela quem me disse para servi-lo e depois retornar ao meu quarto. — Virei-me novamente e, ao alcançar a maçaneta da porta, fui subitamente puxada pela cintura e virada bruscamente com as costas na porta.

Ele coloca as minhas mãos sobre a minha cabeça, e pressiona o seu joelho na minha intimidäde.

— Apesar de ela ser a minha mãe, eu sou o Sheik e seu marido, e sou eu quem mando, será que um dia você vai enteder isso? Agora venha, eu quero você na minha cama.

Ele me puxa para a cama dele, e se deita, batendo a mão no colchão para que eu me deite ao seu lado. Assim eu faço, e ele coloca seu braço embaixo da minha cabeça, e fica olhando para mim.

Ele possui um rosto que emana bondade, embora sua expressão serena não pareça condizer com seu aspecto geral. Ele dá a impressão de ser alguém discreto, de coração generoso, mas que esconde uma natureza perversa por trás de sua aparência de bom moço.

Quando ele fecha os olhos, permaneço encantada com sua expressão. Sua barba, cuidadosamente aparada, realça as feições de seu rosto de forma impecável.

— Se você continuar a me observar dessa forma, teremos uma terceira rodada, ainda mais intensa. Deseja?

— Não. — Respondo, fechando os olhos, porém, ainda posso sentir sua respiração próxima, e ele solta o ar com o sorriso que ele esboçou.

Apavorada com sua ameaça, mantive os olhos fechados e acabei adormecendo. Na manhã seguinte, despertei sozinha na cama, observando a mancha de sangue no lençol, um triste lembrete da minha perda de pureza.

Levantei-me e segui diretamente para meu quarto no harém, caminhando lentamente, sentindo a sensação dolorosa em minha intimidade. No banheiro, lavei-me com cuidado, tentando eliminar qualquer vestígio dele, mas ao tocar minha intimidade, senti uma ardência intensa, mas também uma sensação de que ele ainda estava aqui.

Arrependida, percebi que não deveria pensar nessas coisas, pois isso só mostra que ele foi bom... muito bom. Merdä. Concluí meu banho e troquei de roupa. Ao sair, uma serva se aproximou e entregou-me um bilhete, dizendo ser de Hassan. Ao lê-lo, era um convite para andarmos a cavalo. Como poderia aceitar, com minha intimidade tão dolorida?

A senhora Sultã entra no harém, e olha para mim, e para minha roupa. Coloca a mão na testa, e balança a cabeça. Se eu for, eu vou me machucar mais, e se eu ficar, ela vai me encher a paciência.

— Ok, diga a ele que estou indo. — Ela concorda com a cabeça, e sem me olhar ela sai. A senhora sultã pergunta o que está acontecendo. — Hassan me chamou para andar a cavalo, e eu disse que iria.

— Vestida dessa maneira? Uma sheikha não se veste assim. Deve ser elegante, sofisticada e delicada como uma donzela. Desse modo, você se assemelha mais à Xena.

— A princesa guerreira? Ela é meu ícone feminino. Bem, tenho que me apressar, não posso fazer o Sheik esperar.

— Eu estou mandando você não sair assim, não vá envergonhar o meu filho na frente de todos. Vista-se com hijab, deixe de ser teimosa.

— Senhora Sultã, como mencionei antes, não vou me submeter a isso. Não estou nua, nem usando roupas que causem constrangimento ao seu filho. Não posso vestir dez quilos de tecido sob um calor de 50 graus enquanto ando a cavalo. Além disso, usar um vestido que subirá quando eu montar é mais embaraçoso do que calças que me permitem fazê-lo com facilidade.

— Você é bastante corajosa não é?— Ela avança em minha direção, mas a porta se abre bruscamente, e Hassan entra na hora. — Meu filho, por favor, instrua-a a usar um traje mais adequado.

Ele me analisa de cima a baixo, segura minha mão e me convida a acompanhá-lo. Lanço um olhar de triunfo à senhora Sultã, como se dissesse "toma besta".

Ela manda a gente parar, lança um olhar raivoso em cima de mim. Eu me posiciono atrás de Hassan, pois sei que ele vai me defender, caso ela venha ordenar a minha prisão. Com gentileza, Hassan segura minha mão e diz:

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