Bela acaricia as mãos do seu filho, só então percebe como está vestida, não quer que o seu filho a veja como está, vai ao banheiro e tira a maquiagem, as pulseiras e os outros adereços, está com uma saia curtíssima e um bustiê menor ainda, prende os seus cabelos, procura uma enfermeira e pede-lhe ajuda. Por sorte a mesma enfermeira que ajudou Toc é que está de plantão.
Bela: - Por favor, teria como você me arrumar uma camiseta?
Enfermeira Hianca: — Oi! — a olha e entende o porquê do pedido — Tem sim, temos algumas roupas que os pacientes acabam deixando aqui.Vou ver para você. Está frio aqui não?
Bela: — Está! Eu estava numa festa e vim direto para cá. O meu filho está aqui.
Hianca: — O menino Eduardo não é ?
Bela: — Sim. — sorri e agradece a roupa que Hianca lhe arruma.
Volta ao quarto, troca a sua roupa e se acomoda na poltrona para descansar, olhando para Eduardo um remorso, um sentimento de incapacidade e de ser suja toma conta da sua consciência. Não era essa a vida que queria ter, tem vergonha, medo do que o seu filho vai pensar dela quando ele entender o que ela tem feito. Lágrimas descem pela sua face, até que dorme de cansaço.
Anne acorda, já está quase na hora da visita. Não quer que Marcelo entre no "refúgio", não é vergonha, mais é um sentimento estranho. Toma um banho e procura, entre as suas poucas peças de roupa, uma que lhe ficasse bem. Não teve muitas opções, uma blusinha de alcinha, preta, com uma pequena abertura no busto de botões, uma calça jeans surrada, mais limpa, colocou a jaqueta que Vagalume lhe deu pior cima, o tênis, o mesmo com que foi encontrada, penteou os cabelos e foi o esperar na rua.
Marcelo fica indeciso entre acordar Isabel e inventar alguma desculpa para que ela vá embora, sair dali e ir para um hotel, ou a arrastar pelos cabelos a colocando porta a fora.
Não foi preciso a acordar, parece até que ela pressentiu a presença dele ali e acorda, se espreguiça toda ‘sexy’ murmurando o nome dele, em outros tempos ele já teria se jogado sobre ela apossando-se do seu corpo, agora não passa de um corpo bem-feito sem conteúdo, sem moral, que lhe dá asco.
Isabel: — Marcelo, amor… Que saudades.!.
Marcelo: - Isabel, por favor saia daqui. Eu estou muito cansado.
Ela levanta-se manhosa, vai até ele, se esfregando, ele tira as mãos dela de si.
Marcelo: — Não ouviu o que eu disse!?
Isabel: — O que houve?! Sei que também sentiu a minha falta…
Marcelo: — Não. Está enganada! Não senti. Vá embora!
Isabel: — O que foi?! Arrumou outra? Quem é a piran#&a que está tentando tirar você de mim?
Marcelo: — Acertou, estou apaixonado por outra, a conheci na viagem que fiz, não é nenhuma pira#&a, é uma moça educada e gentil. - mente.
Isabel: — Não acredito! — se aproxima dele e tenta o beijar — O que temos é especial, e não sou ciumenta…
Marcelo se irrita, a empurra: — Eu nunca lhe prometi nada. Tínhamos um relacionamento aberto, casual, eu apaixonei-me por outra.
Isabel grita, o xingando, pega as suas coisas e sai dali nervosa: — Eu duvido que ela te satisfaça como eu, vamos ver quanto tempo isso vai durar! Ainda vou ver você voltar rastejando por mim.
Ela já ia saindo quando ele se lembra das chaves.
Marcelo: — Isabel? — ela olha-o com esperança — as chaves, entrega-me a chave do apartamento.
Isabel o fuzila com o olhar, pega a chave na bolsa e joga no chão com força." Isso não acabou, ninguém me descarta assim!". — pensa ela.
Assim que sai do apartamento, Isabel pega o celular e liga para Gael, o celular toca até cair, ela tenta de novo, depois de um tempo insistindo ele atende.
📱- Isabel você sabe que horas são?!
📱Gael preciso falar com você. É Marcelo...
📱 Isabel estou cansado, tinha acabado de dormir, amanhã conversamos.
Gael desliga sem ouvir o que ela queria dizer, estava com Bela e realmente está exausto, isso deixa Isabel mais irritada ainda "homens, uns imbecis".
Marcelo fica a pensar no que disse a Isabel, "será que é paixão o que está a sentir por Anne? Não, deve ser só a curiosidade, por ela ser misteriosa, diferente das mulheres com as quais está acostumado". Toma um banho e vai dormir, antes tira toda roupa de cama e joga no chão.
Dorme a pensar em Anne, quando acorda já está a passar da hora da visita no hospital, se levanta apressado, parece um adolescente que perdeu a hora do baile.
Anne se cansa de o esperar, pensa que ele não vem mais, então vai a caminhar para o hospital, assim que entra na recepção pedem-lhe para passar no financeiro, a enfermeira Jane, a chama.
Jane: — Querida, é a responsável pelo menino Eduardo não é? Precisa acertar com o hospital antes dele ter alta.
Anne balança a cabeça afirmando e pega o papel que Jane lhe entrega, fica até sem ar quando vê o número no final do mesmo, nem que fizesse desenhos nas ruas por uns dez anos conseguiria a quantia citada ali.
Marcelo vai direto ao hospital, chega na hora em que ela está vendo a conta do hospital, está atrás dela, tira-lhe o papel das mãos.
Marcelo: — Deixa isso comigo!
Anne: — É muito dinheiro... muito... — como poderei pagar? — pensa
Marcelo: - Não se preocupe com isso. E me desculpa, perdi a hora, dormi demais.
Anne: — Não tem problema, acabei de chegar.
Marcelo percebe que ela ficou apreensiva: — Vamos ver como Eduardo está, deixa isso para depois. — Levanta a folha que pegou, a dobra e coloca no bolso.
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Atualizado até capítulo 60
Comments
Maria Izabel
acho que Marcelo vai pedir Anne em casamento
2024-02-29
3
Lena Macêdo E Silva
eita Anne a conta só aumenta com o Marcelo,e ele irá cobrar, te fazendo ser a esposa ☺️😏🤗
2024-01-23
1
Cleide Almeida
Q bom Marcelo colocou essa imunda pra fora
2023-12-31
2