Capítulo 12 - Passando o susto.

Assim que Grilo foi levado para o quarto Anne vai até ele, ainda dorme sob o efeito da anestesia. Ela faz-lhe carinho nos cabelos, Marcelo, que ficara para trás com a enfermeira, entra e fica admirando a cena. " Será que o menino é filho dela?" — pensa. " Não. Ela é muito jovem para ter um filho". Estava perdido nos seus pensamentos quando o menino desperta e pergunta da mãe o fazendo respirar aliviado.

Grilo: — Toc, cadê a minha mãe? - choraminga.

Anne: — Querido, mais tarde ela virá, não se preocupe, eu cuido de você até ela chegar. - dá um beijo em sua testa.

Já passa da meia noite, Anne só percebe a hora quando começa a bocejar, Grilo dorme de novo e Marcelo ainda está ali com ela.

Anne: — Já pode ir, se quiser. É tarde. Me ajudou muito...

Marcelo: — Está-me mandando embora?! — ri

Anne: — Não é isso. É que o pior já passou, pensei que estivesse cansado e quisesse ir embora, ninguém gosta de ficar em hospital.

Marcelo: — Vai passar a noite com ele?

Anne: — Vou ficar até a mãe dele chegar.

Marcelo: — Eu te faço companhia até ela chegar então e vamos juntos embora.

Anne: — É que ela pode demorar...- se lembra que Bela tem chegado bem tarde nos últimos dias.

Marcelo: — Não tem problema... Estou acostumado a dormir tarde.

Anne pensa que ele deve estar mesmo acostumado a ficar altas horas em claro com as mulheres que conquista.

Anne se senta na poltrona para descansar e Marcelo se senta ao seu lado, a poltrona é muito mais confortável que muito lugar que ela já dormiu e o cansaço a faz pegar no sono rápido, Marcelo se aproxima dela e se ajeita para que ela descanse sua cabeça em seu ombro, a abraça e rapidamente ele também pega no sono.

Bela fica durante toda a semana esperando pelo homem do carro preto, depois de uma semana ele aparece, pede a mesma coisa do outro dia, ela capricha, quando termina ele chama-a para um motel, oferendo-lhe três vezes mais para ficar até quando ele quiser. Como sabe que Tia está com Grilo, e interessada na grana aceita na hora. Ficou admirada com o luxo do motel que ele a levou, ele pediu para ela tomar um banho antes, na verdade, ele deu-lhe um banho, o homem é incansável, devia ter tomado a pílula azul, pois já eram duas horas da manhã e ele ainda queria mais, fizeram em todas as posições possíveis, ela até gostou, pois, ele foi carinhoso. Além do dinheiro que prometeu deu-lhe até mais para o táxi.

Chegou no " refúgio" cansada e querendo cama, Tia e Paizão estão a esperar, percebe que algo está errado.

Bela: — O que foi? O que aconteceu? Grilo…

Tia explica tudo a ela, diz que Toc já ligou a avisar que ele já está no quarto se recuperando. Pega o endereço que Toc passou e sai, agradeceu em pensamento o dinheiro que conseguiu, pois, poderia pagar um táxi para ir ao hospital. Assim que chega pergunta na recepção por ele e informam-lhe o número do quarto. Sobe até lá de elevador, nota que tudo no hospital é de primeira, chega ao quarto, respira aliviada quando vê o seu filho dormindo. Olha para o lado e vê Toc dormindo no ombro de um homem muito bonito, a chama com cuidado.

Bela: - Toc? Toc, acorde, sou eu Bela.

Anne abre os olhos, percebe que está nos braços de Marcelo, se afasta com cuidado, se levanta e abraça Bela.

Anne: — Está tudo bem. Ele está bem agora.

Anne está a explicar a Bela os detalhes do que aconteceu quando Marcelo desperta.

Bela: - Vá descansar Toc, eu fico com ele. Obrigada amiga, salvou meu filho.

Marcelo: - Vamos, eu te levo para casa, precisa descansar um pouco.

No carro, Marcelo tenta descobrir mais alguma coisa sobre Anne, estranhou as roupas usadas pela mãe de Eduardo, sabe muito bem porque ela demorou para ver o filho.

Marcelo: — A mãe de Eduardo é sua amiga ou uma parente?

Anne: — Uma amiga. — tenta desconversar — Quanto tempo será que Grilo ficará no hospital?

Marcelo: — Penso que mais um dia e terá alta. — Percebe que ela fugiu do assunto. — Se quiser, eu te levo para o visitar.

Anne: — Não quero te incomodar mais...

Marcelo: — Não será incômodo, eu quero o visitar também. E se ele tiver alta eu o trarei para cá.

Chegam em frente o "refúgio", Anne desce e antes que ele diga algo o agradece e sai, ele a chama.

Marcelo: — Anne?! — Ela vira-se e olha para ele — Boa noite! Até mais tarde, passo aqui para lhe pegar e vamos juntos ao hospital.

Marcelo sai antes que ela lhe responda que não precisa. Anne entra, Tia e Paizão querem os detalhes do que aconteceu, ela conta por alto, os tranquilizando, está exausta mais precisa de um banho, senão não consegue relaxar nem dormir. Enquanto a água cai no seu corpo ela fica repassando tudo que aconteceu durante o dia, desde o acidente. Marcelo não sai da sua cabeça, sua voz, seu cheiro, seus olhos não saem do seu pensamento, veste sua camiseta de dormir e se deita. Sonha, sonha que é outra pessoa, com outra vida e que Marcelo está nela, mais não como ela queria...

Marcelo também chega em seu apartamento com um sorriso maroto no rosto lembrando do corpo pequeno e delicado encostado no seu, muitas perguntas sobre ela estão sem respostas, mais isso não importa, o mais importante é que ela não parece ser comprometida, é gentil, educada e carinhosa. Quando entra no quarto seu sorriso se desfaz, deitada em sua cama, toda provocante e semi nua está Isabel. Ele havia esquecido que no dia da festa deu a cópia da chave de seu apartamento a ela. Está cansado, sente náuseas só de lembrar do que viu no dia da festa, jamais irá dividir sua cama com uma pu#&, também não quer que ela saiba que ele descobriu sobre ela e Gael, quer vingança. E como dizem " vingança é um prato que se come frio".

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