capítulo 20

— Ectoplasma? Pode ser o meu irmão gêmeo. Não estive com ele ainda, mas já deve ter retornado do congresso.

— o seu irmão? Então existe um irmão gêmeo de verdade?

— Só faltava essa, agora a doida confundir-me com o Rodrigo! Porque eu inventaria um irmão gêmeo?

— Não sei, estou duvidando de tudo. A sua família nos recebeu e não falou nada sobre ter filhos gêmeos. Os seus pais em momento algum se referiu a ausência desse outro filho ou falou dele com o mesmo orgulho que falaram de você. Então, porque eu deveria acreditar na existência desse ser?

— Porquê eu te falei da existência dele. Você vive a reclamar da minha falta de confiança, do meu ciúme, e agora faz esse ‘show’?

— Te encontrar com outra mulher depois da noite de ontem dilacerou o meu coração. Me senti usada e jogada fora.

— Nunca, faria algo assim com você a minha linda! Sou louco por você mulher! Esqueça os erros do passado, viva o nosso presente, seja a minha namorada como sempre desejou e nunca duvide das minhas palavras.

— Então, desculpe!

— Vou pensar no seu caso! Fui julgado e condenado enquanto estava ralando para salvar uma Vida! — Reclamou. - Onde esteve a tarde toda?

- Passamos a tarde na quinta da Boa Vista. precisava de um lugar para me recompor depois do que vimos. Foi muito bom.

— Na próxima vez vamos em família! Ah! Não pense que vai ficar livre pela cidade com o seu carrinho novo. Quero que me diga sempre por onde anda, afinal, preciso cuidar para não perder a minha mulher.

— Só falta colocar rastreador na minha bolsa ou no meu celular?

Gustavo a abraçou e disse no seu ouvido: nunca duvide da minha sinceridade. Sou todo seu minha Deusa! - mordeu devagar a orelha e fungou no seu pescoço.

O meu príncipe está de volta, estou nos braços do meu amor e não quero sair desse aconchego. — pensou buscando um beijo na boca.

— Avisa os seus pais que vamos descer para eu ver o seu carro novo. — disse sério como sempre.

— A Júlia vai descer junto. Se estiver com alguma outra intenção pode esquecer.

— Só quero ficar um pouco a sós com você. O meu dia foi muito tenso, preciso relaxar.

— Vou avisar apenas que vamos sair um pouco, sem a Júlia.

Pouco depois estavam trocando carícias no carro novo dela ainda na garagem do prédio.

— Gostei do seu carro. Podemos namorar com certo conforto, é espaçoso e confortável. — Disse liberando um dos seios dela para dar uma sugada passando a língua em volta e puxando no mamilo. Ela reclamou no início, mas depois segurou nos cabelos dele e gemeu entregue. Gostava dessa carícia. E ele sabia disso. Então ficaram ali entretidos a brincar com o prazer até um farol alto os despertar daquele momento.

— Vamos sair daqui! Podemos ir até o meu apartamento e te devolvo daqui a pouco quase inteira.

— Não, meu amor, estou toda dolorida da noite de ontem, não quero fazer amor, mas gosto da sua boca nos meus seios e de te fazer feliz. Estou tão acesa quanto você, mas amanhã tenho de trabalhar.

— Então que faremos? Continuamos aqui para alegrar as câmeras da sua garagem?

— Vamos sair, mas não para sua casa, vamos namorar na praia. E depois vamos dormir cada um na sua cama.

— Tudo bem. Então vamos!

Na praia não saíram do carro, continuaram se acariciando, beijando e estimulando as zonas sensíveis um do outro até o orgasmo.

— Caramba! Inauguramos o carro com todo esse fogo e cheiro de feromonio! — Disse a sorrir. Sendo beijada com muito ardor.

— Acredite, só tem você na minha vida. Te quero muito! Não é só cama!

— Quero muito acreditar em você o meu amor!

— Vamos casar antes do aniversário da Júlia?

— O aniversário da Júlia é daqui a dois meses. Não daria tempo para organizar tudo.

— E se eu disser que podemos casar antes e ainda comemorar o aniversário da nossa filha?

— Difícil, não programamos nada até agora!

- Então a partir de amanhã terá início a operação casamento. Vamos começar pelo seu vestido de noiva, e o da Daminha Júlia. Vou te levar para conhecer a nossa nova residência.

— Como assim? Conhecer a nova residência?

— Eu não moro no apartamento onde nós fazemos amor. Tenho uma casa muito bonita,que logo será sua casa, a casa da nossa família!

- Meu amor, você sempre surpreendente!

— Você gosta que eu tome as rédeas e faça acontecer as coisas para te fazer feliz?

- Sim, gosto muito. Você é maravilhoso!

Então continuaram a conversar e planejar o futuro! Bem mais tarde resolveram que havia chegado a hora de ir para casa dormir. Como combinado, cada um na sua cama.

Na manhã seguinte ela estava feliz e conversou com a amiga sobre a briga e o final da história, só não falou sobre o casamento e a casa nova onde residiria após o casamento.

— Acredito que o príncipe e o sapo podem conviver de boa. Claro que terei de controlar o sapo para não ter de jogar ele fora no lago. — Contou para a Edna.

— Amiga, seja feliz com o seu sapo encantado.- Brincou a amiga.

O dia passou sem que tivessem se visto, a noite ela saiu rapidamente, pois teria de ir para o outro trabalho e no estacionamento observou o tal carro branco e o Gustavo saindo, dessa vez, desacompanhado. Ela então resolveu seguir o seu noivo para cobrar dele a verdade. Na noite anterior ele foi bem convincente, mas agora, o carro branco estava com ele. Duvidava da existência do tal irmão gêmeo.

Tomou cuidado para não perder o sujeito de vista no trânsito e assim chegou até a mansão onde foi apresentada a sua família e recebeu o anel de noivado. Então ele estava na casa dos pais? Ok! Poderia ter deixado um recado avisando.

Estava saindo quando o portão voltou a abrir e dessa vez o carro conduzido pelo Gustavo era o preto que ela conhecia bem.

- Inferno! Quem é esse homem? - gritou zangada.

Retomou o seu caminho, mas ainda seguindo o carro dele e percebeu que ele estava se dirigindo ao prédio onde se encontravam para fazer amor.Teria um encontro amoroso? Caramba como pode se enganar a esse ponto? Lobo em pele de cordeiro?

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