capítulo 8

— Como a sua amante? Não quero! Gustavo consegui criar um mundo de paz e tranquilidade para minha vida, estava feliz sem ninguém!

Então você encontrou-me e agora estou vivendo um inferno!

— Admite que foi bom fazer amor após tanto tempo comigo? Que sentiu muito prazer em tudo que fizemos? - Vai continuar tendo prazer comigo. SÓ não gosto que vá para cama com outro cara. Gostaria de poder impedir.

— E se eu quiser fazer amor com outro cara? Sou livre. Você colocou regras para nossos encontros e deixou claro que ninguém é de ninguém. Então posso fazer amor com o Eduardo, ou outro que me agrade.

— Mariane, ainda não entendeu que estou com raiva desse cara por pensar que você vai fazer com ele tudo que faz comigo?você vai ser minha, só minha, quando eu reconhecer a Júlia legalmente.

— Não me inclua no pacote. Não pretendo continuar com você. Estou começando um namoro com o Eduardo. Quero que dê tudo certo.

- Mulher,Você é muito teimosa!

— Sou teimosa, e sei bem o quero para minha vida, e quero continuar livre, leve e solta para amar e ser amada. Aquele cara como diz, é um homem gentil, amoroso, e me quer bem. Fazer amor com ele ou outro faz parte do momento, da nossa disposição. E sem compromisso posso até sair com você quando estiver afim.

Quando eu quiser? Diferente do que deseja.

— Então essa é a sua vingança? Você quer dar o troco pelas minhas atitudes do passado. Cuidado, o resultado pode ser diferente do que pensa, e você pode sair muito mais ferida.

— Não existe vingança apenas a lei do retorno se fazendo presente. Você me ensinou que o melhor é cada um preservar a sua individualidade. Gostei da sua ideia.agora vai ser assim.

— Amanhã tenho compromisso a tarde, então não poderei estar com você em lugar nenhum.

— Você está-me dizendo que vai sair com o seu namorado, e só quando pensar que deve, terei a sua atenção?- Claro que não será assim. Jamais aceitaria uma situação dessas.

— Exatamente! Então deixe-me em paz!

— Quer saber, tem muita mulher gostosa na cidade para eu implorar a sua atenção. Vá para o inferno! — Disse furioso e a conversa terminou. A deixou em frente ao seu prédio saiu cantando pneu.

Mariana sorriu vencedora! Agora ele sabia como ela se sentiu quando ele mandava no jogo. A humilhava com o seu desprezo. O relacionamento só existia na cama onde ele a girava no avesso, depois abria a porta e a mandava para casa com um beijo de agradecimento. Sempre lembrando que não eram namorados, apenas amantes. Nunca falou de sentimentos e sorria quando ela dizia que o amava.

Dizia que ela só gostava que faziam, estava viciada nele e confundia com amor. Calhorda!

Na tarde seguinte saiu com Eduardo para estudar e depois da biblioteca foram dançar na Estudantina. Quando voltou para casa passava das onze da noite, estava leve, feliz. E não recusou o beijo do Eduardo na despedida.

Na manhã seguinte chegou alegre no plantão e as colegas notaram a mudança.

— A Mariane viu o passarinho verde! Que bom, agora conta para nós como Foi?

— Fui dançar na Estudantina e fiquei muito feliz. A minha companhia era muito especial e dança muito!

— Agora conta o depois!

— Ele gentilmente deixou-me em casa!

— Não rolou nada?

— Rolou sim, uns beijos, amassos e só.

 Durante essa conversa descontraída Gustavo estava conversando com os residentes e obviamente ouvindo toda a conversa delas.

— Enfermeira, por favor, preciso da sua ajuda.

— Bom dia! doutor! Bom dia! doutores! Em que posso ajudar? — A profissional dedicada de volta.

— Queremos assistir a sua atuação com o paciente João, a sua ferida cirúrgica ainda não teve melhora.

— Se o senhor pedir a troca do antibiótico talvez o resultado seja outro. Enquanto falava preparava o material para entrar em campo. Tudo pronto dedicou os seus conhecimentos aos cuidados do paciente. E percebeu que a ferida estava em processo de recuperação apesar do que dizia o doutor Gustavo.

— obrigado enfermeira! — o paciente agradeceu.

— Sempre que o senhor precisar, é você chamar!

— Bom dia! Senhores! — E deu as costas ao pequeno grupo saindo da enfermaria.

Então veio a mensagem: — Onde foi transar com aquele cara?

— Não é da sua conta! Foi ótimo sair um pouco da minha rotina! Estou cansada e feliz! Se soubesse que seria tão bom teria saído antes.

— Vadia! Deixa eu te pegar de novo na minha cama e vai se arrepender da gracinha de hoje!

— cara, passei sete anos sem me dar a oportunidade de ser feliz, sofrendo por um passado que me machucava, enfim, resolvi abrir as portas do meu coração para o amor livre! Não quero você, nem outro como parceiro fixo.

— Esse cara faz você ver estrelas? Duvido que ele tenha a pegada que nós temos. Como dizia Juca Chaves, você é uma dama na sociedade e uma puta na cama, ideal para o meu prazer. fiz—te assim, lembra? Só para o meu prazer, minha!

— Ridículo! expulsou-me da sua vida e nunca se preocupou comigo! Eu só servia para aceitar as suas taras e manias. Quando cansou, descartou sem piedade da menina que eu era. Agora me ofende e chama de puta. Quer saber? Vai para o inferno.

— Quero o ‘‘DNA’’ da Júlia para ontem ouviu bem!

— Nunca te procurei para nada, a Júlia é minha filha, só minha. Não vou fazer ‘DNA’ coisa nenhuma.

— Tudo certo! Veremos até onde vai essa conversa! — cessaram as mensagens e ela suspirou. Então percebeu as lágrimas caindo. Gustavo foi cruel ao lembrar o passado.

A noite foi direto para o outro plantão e passou a noite toda remoendo as palavras do Gustavo. Nunca imaginou que ele a visse como uma qualquer desde o início do relacionamento sete anos antes.Quando saiu do plantão estava cansada e triste com a situação criada por ela mesma.

Estava caminhando pela calçada tentando chamar um carro de aplicativo quando ouviu uma buzina bem próxima. Assustou-se e ao olhar para o lado. Lá estava ele, o motivo da sua tristeza.

***Esta obra está sob contrato com a NovelToon, e a pirataria, como a reimpressão sem permissão, é estritamente proibida.***

***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***