09. O seu sorriso me motiva

A noite passou rapidamente para Kai, que mais uma vez voltava escondido para o hotel após horas de investigação. O bom é que tudo estava evoluindo bem e logo ele encontraria o material roubado, já que como o local era pequeno, ficava muito óbvio a movimentação de grupos criminosos na região.

Ele entrou pela janela do quarto do hotel e jogou a bolsa discreta com o equipamento sobre a cama. O moreno se despiu pensando em adquirir um veículo para se deslocar rapidamente de um local a outro, assim teria mais liberdade para investigar mais lugares também. Kai tomou um banho rápido e se deitou sobre os lençóis brancos e limpos da cama do hotel, pensando sobre qual modelo de motocicleta iria adquirir para se locomover, foi então que veio a sua mente Pérola. Se fosse para impressionar a sua garota, ele iria pegar um modelo rápido e chamativo.

Pérola saiu do quarto após tomar um banho e realizar a organização para mais um dia de trabalho. Ela caminhou animada e encontrou o pai na sala, já a aguardando:

— Bom dia, filha!

— Bom dia, pai! - A jovem se aproximou do pai e o abraçou. - Vamos para o hotel?

— Então, hoje quero tomar café da manhã sozinho com você.

— Algo errado? - Pérola olhou para o pai, preocupada.

— Eu ouvi sobre você e o Kai.

— Ah, então é isso… - Ela sorriu, aliviando a tensão que havia se formado no local.

— Vamos para cozinha, fiz aquele suco verde que adora. - Netuno sorriu e passou a andar levando a filha consigo pela mão. - Gostaria que me contasse tudo o que esta acontecendo.

— Pode ficar tranquilo, que sempre vou te contar. - A jovem sorriu com a preocupação exagerada do pai.

— Nós dois sempre conversarmos abertamente sobre tudo e eu gostaria que continuasse assim. - Netuno e Pérola se acomodaram na mesa. Já arrumada. - Eu gosto desse rapaz, mas me preocupo com você.

— Bem, pai, o Kai tem sido bem legal comigo, mas eu também ando bem alerta sobre isso. Por mais que ele seja maravilhoso, ele é um desconhecido e eu tenho tomado cuidado, tem o fato de eu não ser loucamente apaixonada por ele, então estou me controlando bem.

— É bom saber disso. Eu me preocupo porque há muitos aproveitadores no mundo e você é uma garota sem muita experiencia nesse campo, e também está machucada pelas atitudes daquele infeliz do Marcus.

— Sabe pai, ele não me afeta tanto quanto eu imaginava. O Kai tem me mostrado que eu não posso aceitar menos do que eu mereço e que sempre existirá alguém que vai me aceitar da maneira que sou.

— Era isso que eu queria que aprendesse desde o início e fico feliz que tenha entendido. Espero que aproveite bastante enquanto ele estiver por aqui e quando ele tiver de partir, seja forte para suportar.

— Eu prometo que serei. - Pérola sorriu para o pai que sorriu também.

— Vamos terminar aqui rápido que hoje eu tenho que levar o pessoal para fazer a compra do hotel.

— Certo.

Pai e filha terminaram o desjejum rapidamente, arrumaram a cozinha se seguiram com os afazeres do dia. Já era fim da manhã quando Pérola recebeu um telefonema de Marin, avisando que Kai estava a espera dela na recepção a espera dela para o almoço. Ela se apressou em organizar a mesa de trabalho para sair ao encontro do moreno oriental que a aguardava.

Assim que alcançou a recepção, ela encontrou Kai, que sorriu ao vê - la:

— Desculpe não ter falado com você pela manhã, eu tive que resolver algumas coisas. - Kai estendeu uma mão na direção dela, que aceitou.

— Achei que iria passar o dia todo fora. - Pérola se aproximou com um sorriso.

— Passei a noite adiantando o trabalho, então tenho algumas horas de folga. Já comeu?

— Não, ia sair agora. Quer vir comigo?

— Eu descobri um restaurante legal perto do prédio onde estou prestando serviço, podemos ir até lá, o que acha?

— Hum… seria ótimo, mas eu não estou arrumada. - Pérola indicou a regata branca e a calça jeans azul clara que usava.

— Você esta linda. - Kai acariciou o rosto dela. - E bem, só vamos almoçar, que problema há?

— Você tem razão, deixa eu pegar a minha bolsa e podemos ir. Te encontro na frente do hotel.

— Certo.

Pérola voltou até o escritório e pegou a bolsa com sua carteira e celular. Em seguida, ela caminhou para entrada principal do hotel, onde pode ver Kai encostado em uma motocicleta esportiva, toda preta metálica com detalhes dourados. Ele segurava dois capacetes, também pretos e sorriu ao vê - la se aproximar desconfiada:

— Comprei para andar mais rápido.

— Comprou? - A jovem perguntou confusa.

— Sim, aqui o transporte público não é dos melhores e tem poucos carros fretados, pensei em alugar um carro, mas é muito caro manter um, então optei por uma moto. - Kai explicou, já colocando um capacete nela. - Espero que não tenha medo de andar de moto.

— Não, meu pai também tem uma, apesar de quase não usar.

— Quer pilotar? - Ele ofereceu a chave a ela.

— Eu não sei dirigir.

— Quer que eu te ensine? - Kai perguntou gentil e viu o rosto dela se iluminar.

— Você me ensinaria?

— Claro que ensino, você me ensinou a surfar, por que eu não te ensinaria a dirigir?

— Eu vou adorar aprender! - Pérola falou animada e ganhou um abraço de Kai.

— Vamos combinar um tempo para que eu possa te ensinar. - Kai observou o sorriso dela atrás do capacete e se encantou. Pérola era a mulher que ele gostaria de ter ao seu lado por toda a vida.

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