Capitulo 19

Mark conversava com o pai de Nathali e o tio Paul, quando ele sente uma mão em sua coxa por baixo da mesa.

Ele fica tenso na hora e disfarça olhando de relance vendo a mão de Nathali acariciando sua coxa. Imediatamente ele sente seu amigo acordar e pigarreia colocando a mão no pulso dela tirando-a de lá.

― Achei incrível aquele prédio no centro. Ficou muito bom. É talentoso, Mark. ― O pai de Nathali fala admirado.

Mark engole em seco ao sentir a mão dela novamente, só que um pouco mais para cima perto de sua virilha.

― Ham... obrigado senhor. Tento fazer o meu... melhor.

Nathali finalmente chega onde queria já o sentindo duro e percebe a mandíbula de Mark enrijecer.

Ela contém uma risada quando o ouve gaguejar e tossir. Ele novamente tira a sua mão, mas ela volta no segundo seguinte acariciando ele levemente.

Mark respira fundo contendo um gemido e pega o copo com água, então ele derruba propositalmente nele mesmo fingindo um lamento.

― Ah nossa... que desastrado que eu sou! ― Ele olha com um sorriso falso para ela, mas seus olhos mostravam que teria volta. ― Com licença... vou no banheiro.

― É claro Mark. No corredor, segunda porta a esquerda. ― Celina indica e ele agradece com um aceno de cabeça.

Ele se levanta puxando bem a camisa para baixo se virando rápido para ninguém ver sua ereção e praticamente vai correndo para o banheiro.

Ele entra, se apoia na pia e respira profundamente.

“Ah sua pervertida... vai ter volta!”

Ele se olha no espelho e dá um sorrisinho maldoso.

Nathali se segura para não cair na risada e começa a comer a sobremesa. Ela lembra do olhar dele e dá um meio sorriso.

“Sem dúvidas, vai ter volta kkkk”.

Mark volta recomposto e se senta com um olhar desafiador para Nathali que o olha inocente.

― Quer sobremesa, Mark? ― Celina pergunta. ― Gosta de pavê de chocolate?

Todos olham para ela com repreensão e só então Celina percebe que deu a deixa para Paul fazer sua piadinha de sempre.

― Mas esse pavê, é só pavê ou pá comer?

― Ai tio! ― Nathali fala colocando a mão na testa.

― Paul! ― Joseph lamenta.

― Que piada mais sem graça! ― Carmen reclama.

― O quê?? ― Paul protesta. ― Essa piada é um clássico! Vocês adoram!

Todos começam a protestar e Mark não pode deixar de rir. Ele pensa em sua família e dá um sorriso meio triste.

“Nunca que minha família seria assim, divertida”.

Ele olha Nathali rindo enquanto protestava e se sente muito à vontade perto dela e de sua família.

“Agora entendo de onde vem essa alegria toda dela... Ela é maravilhosa, sem dúvida...”

...******************...

Depois do almoço, Penélope se fingiu de sonsa e foi jogar com os rapazes.

Nathali para evitar que a mãe brigasse, ela mesma foi lavar a louça e é surpreendida com Mark pegando um pano de prato e começar a enxugar a louça.

― Você sabe que não precisa fazer isso, né? ― Ela diz achando maravilhoso ele tomar essa iniciativa.

― Assim como você, mas fiquei com dó.

Ela ri e entrega um prato a ele.

― Não sei porque minha mãe ainda pensou que Penélope iria lavar a louça.

― Ainda bem que ela tem uma filha consciente. ― Mark fala com um sorriso e ela ri. ― Mas será que ela sabe que a filha dela, também é uma pervertida?

Nathali levanta as sobrancelhas achando graça e faz uma cara de inocente.

― Eu?? Não sei do que está falando...

― Você pegando no meu p@u embaixo da mesa, com toda a sua família nela, não te diz nada? ― Ele fala chegando perto dela.

― Não sei. Ainda estou meio confusa... ― Ela provoca e ele estreita os olhos.

― Você tem sorte de estarmos aqui. Quando voltarmos, você vai ver o que te espera.

Ela o olha com um sorriso malicioso e ia beijá-lo, mas sua mãe entra na cozinha.

― Nathi! Não era para você estar lavando a louça! Muito menos o seu amigo estar te ajudando! Ah, sua prima vai me ouvir!

― Relaxa mãe. Já terminamos aqui. Não vamos estragar o nosso Natal.

― Sua tia é culpada por criar a filha assim. ― Celina põe a mão na testa inconformada.

― Pois é.... tio Carlos deu uma boa educação. Penélope que foi mimada demais pela tia Carmen. Mas enfim, Mark não precisa presenciar essas coisas rs.

― Ah, querido. Me desculpe. ― Celina diz se sentindo culpada. ― Nathali tem razão.

― Imagine, dona Celina. Acredito que nenhuma família é perfeita. ― Mark diz um pouco sério e Nathali percebe isso.

― Verdade, querido. Isso é o que nos torna uma família rs. Vocês ficarão para jantar, né?

― Ah, não sei mãe...

― Seria ótimo, dona Celina. ― Mark concorda e Nathali ergue as sobrancelhas surpresa.

― Ah, sem essa de dona, Mark rs. ― Celina o repreende com um sorrisinho. ― Apenas Celina.

― Pode deixar rs.

― Vá jogar com os rapazes, vai.

Ele sorri e sai da cozinha percebendo que ela queria falar com a filha.

― Mãe, nem vem rs.

― Ele é um ótimo rapaz, querida.

― Por que diz como se a gente tivesse alguma coisa?

― Porque sou sua mãe. Sei quando minha filha está interessada em alguém e saiba que seu pai e eu apoiamos.

― Até o papai?? ― Ela fala incrédula.

― Sim. Ele gostou do seu amigo e eu também rs.

Nathali balança a cabeça sorrindo ainda sem acreditar.

― Certo, mas vá com calma porque ainda estamos... nos conhecendo. Nem sei se é o que ele quer também.

― Tenho certeza que sim. Bom, vamos expulsar aqueles homens e começar a troca de presentes!

Celina pega na mão da filha e vão para a sala.

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