O dia passa rápido e Nathali chega em seu andar tremendo de frio.
Estava louca por um banho bem quente. Ela olha a fachada preta do seu cantinho e suspira.
“Vou ter que arranjar tempo para pintar isso de novo...”
Ela olha para o lado dele e bufa ao perceber que ele já estava em casa.
Pegando sua chave, ela entra e já começa a se livrar das roupas para o seu banho de rendição, quando o interfone toca.
― Quem será agora, hein? ― Ela resmunga e atende. ― Pois não?
― Senhorita Sullivan? ― Uma voz masculina pergunta.
― Sim, sou eu.
― Tenho uma encomenda para a senhorita.
― Encomenda para mim? Mas não lembro de ter pedido nada...
― Mas está aqui e só posso entregar em mãos.
― Pode subir, então. Último andar.
― Desculpe, mas a empresa que trabalho não permite que eu suba. Poderia descer, por favor?
Ela suspira.
― Ok, estou descendo.
Ela desliga o interfone e começa a colocar as peças de roupas que tinha tirado. Ela sai pegando o elevador e quando chega no térreo não encontra ninguém na portaria.
― Que estranho... será que foi embora?
Ela abre o portão recebendo aquele ar gélido no rosto e não vê ninguém.
― Era só o que faltava... nem demorei tanto assim!
Ela volta para dentro irritada e pega o elevador voltando ao seu apartamento novamente. Assim que ela começa a tirar sua roupa de novo, o interfone volta a tocar.
Ela olha o aparelho com as sobrancelhas franzidas e atende.
― Quem é?
― Oi, ainda estou esperando a senhora descer. ― O mesmo rapaz fala parecendo meio impaciente.
― Eu desci, mas não te vi! Onde estava??
― Aqui no portão. Pode descer? Tenho outras encomendas para fazer ainda hoje.
― Fica aí! Não sai de perto do interfone. Já vou descer.
Ela desliga irritada e sai sem as peças de roupas que tirou e entra no elevador. Assim que as portas se abrem, ela já sai correndo até a portaria e dá de cara com o nada novamente.
― Só pode estar de sacanagem!
Ela fala olhando ao redor e naquele momento, entra uma senhora moradora do prédio. A mesma que pegou o elevador com Mark.
― Desculpe, senhora. Por acaso viu algum entregador por aqui?
― Não vi.
Nathali olha sem entender nada.
― Está esperando algo?
― Sim... bom, não. Ah, não sei. ― Nathali coloca a mão na testa confusa. ― Bom, vamos entrar. Desculpe incomodá-la.
A senhora olha para ela como se fosse louca e entra balançando a cabeça.
Nathali entra logo atrás e vê o síndico arrumando as correspondências.
― Boa noite Roger.
― Boa noite, senhorita. Como vai?
― Bem, bem... Hum, Roger, por acaso alguém deixou alguma encomenda para mim?
Ele olha pensativo e depois balança a cabeça negativamente.
― Não. Não entregaram nada. Deixa-me ver aqui. ― Ele olha no painel atrás dele, o lugar correspondente ao número do apartamento dela e estava vazio. ― Não... não tem nada aqui.
― Que estranho... ― Ela fica mais confusa ainda.
― Esperava alguma coisa?
― Na verda...
Ela para de falar de repente tendo uma ideia.
“Será que...”
― Maaaark! ― Ela quase grita o nome dele furiosa.
― O que? Não estou entendendo. ― Roger fica confuso.
― Nada não, Roger. Obrigada. Boa noite.
Ela sai em direção ao elevador pisando duro.
― Esse idiota me enganou!! Que raiva!
Ela sai do elevador indo direto para o apartamento dele e começa a bater sem parar na porta até ele abrir.
― Eita! Assim vai derrubar minha porta!
Nathali estava com tanta raiva que até ignorou que ele estava sem camisa.
― Foi você, não foi??
― Não sei do que está falando. ― Ele diz com uma expressão inocente.
Ela fica olhando-o fixamente com os lábios tão apertados que parecia uma linha de tão brava que ela estava.
Mark vendo sua expressão não aguenta e começa a rir. Ele ri a ponto de gargalhar e ela se enfurece ainda mais.
― Você... é... um... idiota! ― Ela fala dando pequenos tapas no peito dele a cada palavra.
Ele se defende com os braços ainda rindo.
― Gostou da encomenda? Kkkkkkkk.
― Seu idiota! Se eu ficar doente vai ser por sua causa!
― E eu tenho culpa de você não usar roupas apropriadas para o frio? E você ainda teve sorte que eu não sabotei o elevador kkkkk.
Ela o empurra e dá um último tapa nele.
― Isso vai ter volta! ― Ela diz apontando o dedo para ele e depois se vira indo para o apartamento dela. ― Vai ter vooooolta!
Ele olha ela entrar no apartamento fechando a porta com força e cai na gargalhada fechando a sua.
Ele queria tanto ter visto a cara dela ao receber o entregador invisível.
Estava tão satisfeito que nem ligou da ameaça de ter volta.
― Ponto para mim, vizinha linda.
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Atualizado até capítulo 75
Comments
Grazi Nascimento
MVA ( Ministério da Vergonha Alheia) adverte, proibido ler essa livro em público ou tarde da noite, caso queira parecer uma louca rindo sozinha desconsiderar o aviso anterior, kkkkkkkkkk🤭
2023-10-07
126
Ana Alice
Essa até eu gostei kkkkkkk ela mereceu
2024-01-09
36
Fatima Aparecida
começando a ler hj 14/05 morrendo de rir só lendo em casa pq transporte público não dá as pessoas pode achar que vc é doida tá bom demais essa história
2024-05-15
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