Capitulo 8

O dia passa rápido e Nathali chega em seu andar tremendo de frio.

Estava louca por um banho bem quente. Ela olha a fachada preta do seu cantinho e suspira.

“Vou ter que arranjar tempo para pintar isso de novo...”

Ela olha para o lado dele e bufa ao perceber que ele já estava em casa.

Pegando sua chave, ela entra e já começa a se livrar das roupas para o seu banho de rendição, quando o interfone toca.

― Quem será agora, hein? ― Ela resmunga e atende. ― Pois não?

― Senhorita Sullivan? ― Uma voz masculina pergunta.

― Sim, sou eu.

― Tenho uma encomenda para a senhorita.

― Encomenda para mim? Mas não lembro de ter pedido nada...

― Mas está aqui e só posso entregar em mãos.

― Pode subir, então. Último andar.

― Desculpe, mas a empresa que trabalho não permite que eu suba. Poderia descer, por favor?

Ela suspira.

― Ok, estou descendo.

Ela desliga o interfone e começa a colocar as peças de roupas que tinha tirado. Ela sai pegando o elevador e quando chega no térreo não encontra ninguém na portaria.

― Que estranho... será que foi embora?

Ela abre o portão recebendo aquele ar gélido no rosto e não vê ninguém.

― Era só o que faltava... nem demorei tanto assim!

Ela volta para dentro irritada e pega o elevador voltando ao seu apartamento novamente. Assim que ela começa a tirar sua roupa de novo, o interfone volta a tocar.

Ela olha o aparelho com as sobrancelhas franzidas e atende.

― Quem é?

― Oi, ainda estou esperando a senhora descer. ― O mesmo rapaz fala parecendo meio impaciente.

― Eu desci, mas não te vi! Onde estava??

― Aqui no portão. Pode descer? Tenho outras encomendas para fazer ainda hoje.

― Fica aí! Não sai de perto do interfone. Já vou descer.

Ela desliga irritada e sai sem as peças de roupas que tirou e entra no elevador. Assim que as portas se abrem, ela já sai correndo até a portaria e dá de cara com o nada novamente.

― Só pode estar de sacanagem!

Ela fala olhando ao redor e naquele momento, entra uma senhora moradora do prédio. A mesma que pegou o elevador com Mark.

― Desculpe, senhora. Por acaso viu algum entregador por aqui?

― Não vi.

Nathali olha sem entender nada.

― Está esperando algo?

― Sim... bom, não. Ah, não sei. ― Nathali coloca a mão na testa confusa. ― Bom, vamos entrar. Desculpe incomodá-la.

A senhora olha para ela como se fosse louca e entra balançando a cabeça.

Nathali entra logo atrás e vê o síndico arrumando as correspondências.

― Boa noite Roger.

― Boa noite, senhorita. Como vai?

― Bem, bem... Hum, Roger, por acaso alguém deixou alguma encomenda para mim?

Ele olha pensativo e depois balança a cabeça negativamente.

― Não. Não entregaram nada. Deixa-me ver aqui. ― Ele olha no painel atrás dele, o lugar correspondente ao número do apartamento dela e estava vazio. ― Não... não tem nada aqui.

― Que estranho... ― Ela fica mais confusa ainda.

― Esperava alguma coisa?

― Na verda...

Ela para de falar de repente tendo uma ideia.

“Será que...”

― Maaaark! ― Ela quase grita o nome dele furiosa.

― O que? Não estou entendendo. ― Roger fica confuso.

― Nada não, Roger. Obrigada. Boa noite.

Ela sai em direção ao elevador pisando duro.

― Esse idiota me enganou!! Que raiva!

Ela sai do elevador indo direto para o apartamento dele e começa a bater sem parar na porta até ele abrir.

― Eita! Assim vai derrubar minha porta!

Nathali estava com tanta raiva que até ignorou que ele estava sem camisa.

― Foi você, não foi??

― Não sei do que está falando. ― Ele diz com uma expressão inocente.

Ela fica olhando-o fixamente com os lábios tão apertados que parecia uma linha de tão brava que ela estava.

Mark vendo sua expressão não aguenta e começa a rir. Ele ri a ponto de gargalhar e ela se enfurece ainda mais.

― Você... é... um... idiota! ― Ela fala dando pequenos tapas no peito dele a cada palavra.

Ele se defende com os braços ainda rindo.

― Gostou da encomenda? Kkkkkkkk.

― Seu idiota! Se eu ficar doente vai ser por sua causa!

― E eu tenho culpa de você não usar roupas apropriadas para o frio? E você ainda teve sorte que eu não sabotei o elevador kkkkk.

Ela o empurra e dá um último tapa nele.

― Isso vai ter volta! ― Ela diz apontando o dedo para ele e depois se vira indo para o apartamento dela. ― Vai ter vooooolta!

Ele olha ela entrar no apartamento fechando a porta com força e cai na gargalhada fechando a sua.

Ele queria tanto ter visto a cara dela ao receber o entregador invisível.

Estava tão satisfeito que nem ligou da ameaça de ter volta.

― Ponto para mim, vizinha linda.

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Comments

Grazi Nascimento

Grazi Nascimento

MVA ( Ministério da Vergonha Alheia) adverte, proibido ler essa livro em público ou tarde da noite, caso queira parecer uma louca rindo sozinha desconsiderar o aviso anterior, kkkkkkkkkk🤭

2023-10-07

126

Ana Alice

Ana Alice

Essa até eu gostei kkkkkkk ela mereceu

2024-01-09

36

Fatima Aparecida

Fatima Aparecida

começando a ler hj 14/05 morrendo de rir só lendo em casa pq transporte público não dá as pessoas pode achar que vc é doida tá bom demais essa história

2024-05-15

1

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