Mark estaciona o carro em frente a uma casa estilo colonial.
Ele olha a fachada e mesmo com a neve, ele pode perceber o velho estilo de casa de alvenaria com cerca branca ao redor.
Ele dá um meio sorriso diante da cena. Foi esse tipo de casa que o fez se interessar por arquitetura.
― Do que está rindo? ― Nathali pergunta curiosa.
― Não estou rindo. Estou sorrindo. É diferente.
― Até parece! Vamos entrar. ― Ela fala abrindo a porta do carro saindo em seguida.
Mark sai rápido dando a volta e ajuda ela terminar de sair do carro e depois esfrega as mãos para afastar o frio.
― Era para ter esperado eu abrir para você! ― Ele fala meio bravo.
Nathali olha para ele surpresa. Ele realmente parecia ter ficado chateado por não ter aberto a porta para ela.
― Desculpe rs. Digamos que não estou acostumada com tanto cavalheirismo.
Ele levanta uma sobrancelha e olha sério para ela.
― Você devia... ― Ele arruma o cachecol dela e encosta o dedo em sua bochecha fazendo-a se arrepiar. ― ... escolher melhor com quem sai.
Ele tira as mãos e ela sente falta do calor do contato dele.
― Acho que dessa vez, tenho que concordar com você rs.
― O quê?? Você concordando comigo? Essa eu devia ter gravado!
― Kkkk cala a boca! ― Ela empurra ele suavemente, mas acaba escorregando. ― Ahhh!
Mark a segura bem a tempo antes de ela cair e os dois se olham bem pertinho um do outro.
Parecia até mesmo cena de filme. Os dois ali se olhando com as respirações ofegantes.
― Cuidado... ― Mark fala com a voz meio rouca.
― Obrigada... ― Ela agradece em um sussurro. ― Você me salvando de novo...
Ele dá um meio sorriso, enquanto Nathali se ajeita e depois vão para a entrada da casa. Ela aperta a campainha e não demora muito, sua mãe Celina abre a porta.
Mark percebe a semelhança entre as duas na hora. Tinham o mesmo tom de cabelo e altura. Provavelmente Nathali ficará igual a mãe quando ficar mais velha.
“Continuará tão linda, quanto é agora”.
Ele franze as sobrancelhas com o pensamento sem saber porque imaginou ela daqui uns anos.
― Filha!! Que bom que chegou! ― Elas se abraçam apertado e dão um beijo na bochecha uma da outra. ― Entre, minha querida. Está muito frio aí fora.
― Mãe, esse é meu... amigo, Mark Evans. Mark, essa é minha mãe Celina Sullivan.
― Muito prazer senhora Sullivan. ― Mark estende a mão e Celina dá um sorrisão mostrando que o sorriso de Nathali também veio da mãe.
Para a surpresa dele, Celina ignora a sua mão e o abraça apertado igual fez com Nathali.
― Seja bem-vindo querido. Amigo da minha filha, também é nosso amigo. ― Ela se separa do abraço sorrindo e ele não pôde deixar de retribuir sorrindo também. ― E nada de senhora! Me chame de Celina mesmo.
― Claro rs.
Nathali olha a cena e já imagina o que a mãe deve estar pensando, mas ela esclareceria depois.
― Me dê seu casaco querido. O seu também filha.
Eles entregam os casacos para ela e Nathali pega na mão de Mark levando-o para a sala onde estava sua família.
― Vem. Vou te apresentar para o restante do povo.
Eles vão até a sala e ela começa a apresentá-lo a todos.
Mark vai cumprimentando cada um e fica meio tenso quando chega no pai dela.
― Papaizinho lindo! ― Nathali abraça e beija o pai que retribui carinhosamente. ― Que saudades! Cada vez mais gato, hein? Rs.
― Você que está ainda mais bonita a cada dia, filhota! ― O pai olha para Mark que engole em seco. ― E esse é?
― Pai, esse é um amigo meu. Mark Evans. Mark, esse é meu pai Joseph Sullivan.
― Prazer senhor Sullivan. ― Mark estende a mão sem saber o porquê de estar tão nervoso.
― Como vai meu rapaz? ― Joseph pergunta aceitando a mão de Mark. ― Hum... aperto de mão forte. Muito bem.
― Ai pai... ― Nathali revira os olhos. ― Vem Mark. Vamos beber alguma coisa.
Ela pega no braço dele levando-o até a mesa.
― O que seu pai quis dizer com o meu aperto de mão? ― Ele pergunta olhando as opções de bebidas.
― Você percebeu, né? Rs. Meu pai diz que podemos conhecer um homem de verdade com um aperto de mão. Se for firme e forte, sinal que o homem é trabalhador e responsável. E se for o contrário, o cara não passa de um idiota kkkkk.
Mark sorri de lado pensando que o pai dela tinha toda a razão.
Ele pega um refrigerante e abre.
― Não vai beber? ― Ela pergunta achando estranho.
― Não. Estou dirigindo, lembra? ― Ele responde em tom de deboche e ela faz uma careta.
― Relaxa, pode beber. Eu dirijo na volta rs. ― Ela troca o refrigerante da mão dele pela garrafa de cerveja dela.
― Certo... ― Ele concorda abrindo a latinha.
Nathali levanta as sobrancelhas surpresa.
― Uau... vai me deixar dirigir o seu carro mesmo? Não tem medo que eu detone o seu carro no primeiro poste que aparecer? ― Ela ironiza lembrando das atitudes do ex.
― Você dirige aquela lata velha que chama de carro e está aí inteira. ― Ele debocha e ela ri. ― Duvido que vai, se quer, arranhar o meu bebê. Além disso, eu tenho seguro.
― E só porque o meu é velhinho acha que não tem? Eu sou prevenida também, tá?
― Com aquele carro, tem que ser mesmo...
― Deixa o meu “possante” em paz e bebe logo essa cerveja. Você precisa mais do que eu kkkk.
― O que quer dizer? ― Ele pergunta estreitando os olhos.
― Você precisa relaxar mais. Se divertir mais. Então, aproveite que estou boazinha hoje rs.
Ela dá uma piscada para ele bebendo um gole do refrigerante e ele sorri de volta tomando a cerveja.
― Gostei do seu lado bonzinho rs.
Ela ri e Mark olha para aquela boca vermelha.
“Ela está tão linda... Que vontade de beijar essa boca...”
Ele balança a cabeça para os lados tentando dispersar os pensamentos. Naquele momento, ele se sentia confuso com seus sentimentos em relação a ela.
Se parasse para pensar direito, ele deveria sentir raiva dela, por ter perturbado sua vida desde que se mudara e ainda obrigá-lo a ir nessa festa, mas ele sentia muita coisa agora e nem uma delas era raiva.
― Mark? Está tudo bem? ― Nathali pergunta vendo-o pensativo.
― Sim, sim. Só estava pensando em como sua família é grande rs.
― Você não tem muitos familiares?
― Na verdade, não. Só meus pais e um irmão mais novo. Minha mãe é filha única e meu pai tem apenas mais um irmão.
― Sério? Agora entendo porque você é ranzinza kkkkkk.
― Ah! Nada a ver!
― Claro que tem! Não teve ninguém para brincar na infância e muito menos implicar, então, você ficou assim, chatão...
― Eu tive sim! Tenho amigos sabia? E tenho dois primos também. ― Mark fala indignado e Nathali cai na risada.
― Ei Nathi! Não me deu um abraço... ― Um primo dela se aproxima e a abraça bem apertado. Mais do que Nathali gostaria. ― Uau! Você está muito gata!
Mark estreita os olhos ao ver o olhar malicioso dele em Nathali.
De todos que cumprimentou, ele fora o único que não tinha ido muito com a cara.
― Obrigada Bryan. E onde está a Sthefanie? ― Nathali pergunta da namorada dele propositalmente.
― Ah, eu terminei com ela. Muito ciumenta.
― Mesmo? Entendo. Eu também não curto homens ciumentos.
Mark ouve a declaração dela e pensa se ele era ciumento. Afinal, ele não estava gostando nada do jeito que esse Bryan estava olhando para ela.
― Então Nathi, estou na pista de novo. Que tal a gente combinar qualquer dia desses uma baladinha? ― Bryan faz o convite em um tom sugestivo.
Antes que Nathali pudesse responder, Mark pigarreia e pede licença indo para o outro lado da sala. Ele não ficaria ali para ouvir ela aceitando o convite daquele babaca.
Ele vai até a janela e olha a paisagem branca lá fora, então ele sente uma mão em seu braço acariciando-o.
― Se soubesse que minha prima tinha um amigo tão lindo quanto você, teria ido visitá-la mais vezes rs.
Mark olha para a falsa loira e lembra que se chama Penélope.
Estava na cara que ela estava se oferecendo descaradamente e ele tira o braço se retraindo um pouco. Ele detestava mulher oferecida.
― Ah... digamos que Nathali e eu não passamos tanto tempo juntos.
― Jura? Se eu fosse ela, não desgrudava de você!
Ele ri sem graça e resolve tirar as esperanças dela de uma vez.
― Se você fosse a Nathali, eu quem não iria desgrudar de você, mas você não é. Com licença.
Ela fica de boca aberta sem saber o que dizer e ele sai de perto dela procurando a sua encrenqueira.
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Atualizado até capítulo 75
Comments
Sayury Hiroshima Mysaki 🧚🐾
quando conhecer um cara vou me lembrar disso , vou falar assim " pai vc aperta a mão dele e vê se é firme , meu pai tá bom kkkkkkk , meu pai " não a mão dele e muito fraca kkkkk , kkkk eu pai então ele não me merece kkkkk
2023-12-19
86
Aline 🎀
beija homem! tome uma atitude, fique só na vontade não...embora que não sei pq, mais acho que a iniciativa partirá da Nathali...não sei...🤔🥰
2023-09-27
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Maria Odilia Conceição da Silva
Esse truque da mão é bastante antigo nas famílias.Assim como homens com os ombros mais largos que a cintura indica que terão seu próprio negócio senão for será um eterno empregado ou encosto da mulher.
2024-04-28
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