Capitulo 3

Capitulo 3

Nathali chega no seu ateliê de joias personalizadas e pendura o casaco.

Logo ela encontra Ananda Bishop, sua melhor amiga e secretária.

― Bom dia Nanda! ― Ela a cumprimenta com um beijo no rosto. ― Nossa, está muito frio lá fora rs.

― Bom dia amiga. Verdade! Hoje quase não consegui ligar o carro. Tem café pronto já.

― Ah que maravilha!

Nathali é uma designer de joias muito talentosa. Fez diversas joias que famosos usaram, porém, ela não gosta de aparecer, então ela usa um pseudônimo para assinar suas criações, então ninguém além dos seus pais e Ananda sabiam sobre sua identidade profissional.

Seu ateliê ficava no centro da cidade, mas ela se fazia passar por uma funcionária da famosa designer “Rubi Rose”.

O ateliê só aceitava encomendas, mas tinha algumas joias a venda na parte da frente, porém nada extravagante. Ananda ajudava como vendedora também, quando algum cliente entrava para ver.

Nathali gostava de criar, mas a partir da personalidade das pessoas.

Com as joias que já vendeu e a conquista do seu espaço no setor da joalheria, aos 25 anos ela já conseguira uma pequena fortuna, mas não gostava de esbanjar e ostentar por aí, então, tentava viver o mais simples possível.

Porém, no momento em que viu aquele apartamento vago no centro de Manhattan, perto do seu ateliê e com uma vista incrível da cidade, ela não resistiu e comprou à vista.

Estava super feliz com essa nova etapa de sua vida, mas não contava com seu vizinho chato, arrogante e gostosão.

Ela pensa nele e bufa.

― Aff, como pode ser tão lindo e ranzinza daquele jeito??

― O que disse Nathi? ― Ananda pergunta ao ouvir a amiga resmungar.

― Ah, nada rs. Pensei alto.

― E o que estava pensando? Ouvi um lindo nessa frase e quero saber kkkkk.

Nathali ri e conta o episódio com seu vizinho e inclui detalhes da beleza dele também. Ananda ri horrores e depois repreende a amiga.

― Nathi, você também tem que ter noção, né? Não se pode pôr som alto assim em apartamentos. O seu vizinho bonitão tem razão rs.

Nathali revira os olhos e suspira.

― Eu sei. Apesar que foi o antigo dono que disse que tinha isolamento acústico! O grandão devia era brigar com ele e não comigo!

― Ai Nathi kkkk... só você mesmo. Tudo bem, eu concordo que ele foi um pouco rude com você, mas acho que eu também ficaria se perturbassem meu silêncio rs.

Nathali faz uma careta e elas riem.

― Eu sei e também sei que vou ter que me entender com o síndico depois, mas antes de ir falar com ele, vou provocar mais um pouquinho rs.

― Você é terrível kkkkk.

As duas riem e voltam ao trabalho.

...*****************...

Mark e Guy descem no último andar onde fica o apartamento dele e da vizinha e logo já escutam um barulho alto de música.

Mark já fica irritado.

― Viu só? Mesmo com a ameaça de falar com o síndico ela continua! Vou matar essa garota! ― Mark diz já indo em direção ao apartamento dela, mas Guy o segura pelo braço.

― Calma Mark! Esqueceu o que eu vim fazer aqui? Deixa que eu falo com ela.

Mark respira fundo. Guy tinha razão. Ele veio para isso, então teria que se manter neutro por enquanto.

― Ok. Vou esperar no meu apartamento.

― Certo.

Mark vai para o apartamento, enquanto Guy vai para o outro.

Ele fica observando seu amigo do batente da sua porta, bater na porta dela, mas nada da vizinha abrir.

Guy bate mais forte e o som diminui.

“Ótimo, agora essa maluca escutou”.

Mark observa ela abrir a porta e fica intrigado com os dois conversando e rindo.

“Por que estão rindo??”

Depois de falarem um pouco, Guy entra no apartamento dela e Mark fica ainda mais inquieto.

“Mas o que ele foi fazer lá dentro???”

...******************...

Nathali ouve alguém bater na porta e dá uma risadinha.

“Lá vem o meu vizinho ranzinza!”

Ela espera mais um pouco até ouvir outra batida mais forte, só então ela vai até o som e abaixa o volume, depois vai abrir a porta já se preparando para discutir.

Assim que abre, ela fica surpresa ao ver outro homem ali.

Ele era tão alto quanto seu vizinho, porém, era loiro de olhos azuis, com seu rosto bem marcante e ao mesmo tempo delicado.

Na verdade, ele parecia um anjo de tão bonito que era, porém, ela não se sentiu mexida como se sentiu com o outro, quando ele veio a sua porta.

― Em que posso ajudá-lo? ― Ela pergunta curiosa.

― Oi. Meu nome é Guy, sou amigo do seu vizinho chato ali, prazer!

Guy estende a mão e Nathali aperta a mão dele rindo do que ele falou sobre seu vizinho.

― Realmente, ele é chato! Rs. Prazer, Nathali.

― Entendo rs. Será que posso conversar com a senhorita um instante? Prometo não ser chato como ele rs.

― Só se me chamar de Nathali apenas rs.

― Fechado!

― Então, entre.

Ela dá passagem para ele entrar e fecha a porta logo em seguida.

― Aceita algo para beber? ― Nathali oferece simpática.

― Não, obrigado. Na verdade, vim com uma missão e espero que possamos nos entender. ― Guy fala com um meio sorriso mostrando uma covinha na bochecha esquerda.

Nathali o olha com uma sobrancelha levantada e depois sorri.

― Certo. Então, sente-se. Terei prazer em ajudar.

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