Capitulo 18

Depois de meia hora, Mark e Nathali chegam na casa dos pais dela.

― Sem trânsito é rapidinho. ― Ela fala e ele assente sério. ― O que foi Mark? Se arrependeu de vir?

― Não... só estou sem graça com você pela chupada. Não sou de fazer essas coisas.

Nathali fica surpresa com isso. Ela nunca pensou que ele ficaria chateado por causa de um chupão.

― Bom, se te serve de consolo, deixei uns em você também kkkkk.

Mark arregala os olhos e olha o pescoço no retrovisor procurando.

― Onde??

― Relaxa... foi em outros lugares. ― Ela diz maliciosa. ― Vamos entrar.

― Quando eu descobrir onde, vou fazer igual garota! ― Ele fala em tom divertido misturado com repreensão e sai do carro para abrir a porta para ela. ― Me aguarde.

― Isso é uma ameaça? ― Ela provoca.

― Só me aguarde.

Rindo, eles vão para a porta e logo a mãe dela abre.

― Filha! Achei que não viriam mais!

― Desculpe mãe. Chegamos cansados e dormimos demais...

― É claro. ― A mãe olha maliciosa para os dois que disfarçam rapidamente. ― Que bom que veio Mark. Entrem. Me deem seus casacos. Mark, pode ir para a sala com os rapazes e você mocinha, direto para a cozinha.

― Certo rs. ― Mark entrega o casaco e vê as duas sumirem na direção oposta.

Nathali entra na cozinha e cumprimenta suas tias Carmen e Cristina.

―Querida, seu amigo veio novamente? ― Tia Carmen já logo pergunta.

― Veio sim, tia. Com insistência, mas veio rs.

― Me diga Nathi, vocês são só amigos mesmo ou estão tendo alguma coisa?

― Carmen! Que pergunta! ― Celina a repreende.

― Ora Celina, só queria saber, pois minha Penélope ficou bem interessada nele rs.

Nathali sente suas bochechas queimarem de vergonha, mas logo depois ela sente raiva da prima lambisgoia.

― E quem sua filha não fica interessada, Carmen?? ― Cristina alfineta. ― Sendo solteiro, ela já cai matando.

― Nem solteiro precisa ser.... ― Nathali murmura, mas a mãe escuta e a repreende com o olhar.

― Não fala mal da minha filha, Cristina. Seu filhinho também não para com ninguém! ― Carmen alfineta de volta.

― Ao menos meu Bryan, ainda fica um tempo com alguém. Penélope toda semana aparece com um!

― Não é verdade, Cristina!

As duas começam a discutir e Nathali fica olhando sem saber como responder à pergunta da tia.

“Mark e eu temos alguma coisa? Apesar de eu estar apaixonada por ele, foi só uma tr@nsa, não é?”

Ela fica com um monte de perguntas na cabeça, quando sua mãe se aproxima dela e a olha com atenção.

― Você gosta dele, não é? ― Celina pergunta baixinho, enquanto as irmãs ainda discutiam.

Nathali olha para a mãe e depois desvia o olhar.

― Eu... não sei mãe. ― Nathali responde meio emburrada.

― Acho bom você descobrir então, ou sua prima pode se empolgar.

Nathali olha a mãe ir apaziguar as tias e franze as sobrancelhas ao pensar em Penélope dando em cima de Mark.

“Acho bom ela ficar longe do meu homem!”

Ela se surpreende ao pensar isso.

“Meu homem?? Ai caramba... eu estou mesmo apaixonada”.

Suspirando, ela começa a descascar as batatas.

“Será que me declaro para ele? Não... a gente só fez sex0. A noite toda, mas foi apenas essa noite. Não é?”

Ela suspira novamente.

“Se eu disser que gosto dele, ele vai rir da minha cara, isso sim! Melhor ficar na minha...”

― E então, Nathi? ― Tia Cristina a desperta dos seus pensamentos. ― Vocês estão ou não estão juntos?? Pergunto porque você sabe que Bryan tem uma quedinha por você, né? Rs.

― Nela e em Nova York toda né, Cristina? ― Celina intervêm e todas acabam rindo. ― Sem falar que são primos de primeiro grau. Não é recomendável.

― Isso não tem nada a ver, Celina. Não afeta em nada. ― Carmen se mete e as três começam a discutir de novo.

Nathali não consegue deixar de rir.

Nem que Bryan fosse o último homem da Terra, ela ficaria com aquele galinha.

― Eiiii! ― Nathali chama a atenção de todas. ― Vocês sabem que estou aqui, né? Kkkkk. Gente, Mark e eu somos... amigos. ― A mãe faz cara de triste e as tias ficam felizes, então Nathali complementa. ― Por enquanto... Estamos nos conhecendo ainda.

A mãe sorri largo dessa vez e as tias fazem uma cara de lamento.

― Ótimo. Saiba que super apoio, filha. Mark parece ser um ótimo rapaz. ― Celina incentiva empolgada.

― Bom, ainda sou mais meu Bryan, mas se é ele que te interessa, desejo felicidades. ― Cristina fala sincera, mas Carmen não diz nada.

― Obrigada mãe e tia Cristina. ― Nathali enfatiza o nome da tia.

― Seja feliz filha, mas agora anda com essas batatas!

Nathali ri e continua sua tarefa.

...********************...

Mark chega na sala e encontra o pai de Nathali, Joseph, o tio Paul e o filho Ed, Carlos marido de Carmen, Ricardo marido de Cristina e o primo babaca dela, Bryan.

― Mark! ― Paul o vê primeiro e o cumprimenta. ― Que bom que veio!

― Oi pessoal... ― Mark cumprimenta tímido.

― Ei Mark, sabe jogar pôquer? ― Ed pergunta animado.

― Sim e sou bom, hein? Rs.

― Senta aí, filho. Vamos ver se é bom mesmo. ― Joseph chama, enquanto embaralha as cartas.

― Quem muito se gaba acaba perdendo feio. ― Bryan provoca.

― E quem fala demais, é o primeiro a perder. ― Mark devolve disposto a acabar com ele, pelo menos no jogo.

― Agora ficou interessante! ― Paul fala esfregando as mãos. ― Manda para cá essas cartas Joseph!

Eles começam a jogar e Mark vence três rodadas seguidas. Bryan já estava quase fazendo birra, mas se contem. Ele o acusa de estar roubando e fica quieto quando os homens começam a zoar com ele por não saber perder.

Eles ficam discutindo amigavelmente, menos Bryan que queria brigar, mas fica quieto, até as mulheres mandarem eles levantarem e arrumarem a mesa para o almoço.

Eles obedecem na hora e assim que se sentam e se servem, Penélope chega na maior cara de pau.

― Oi família! Desculpem o atraso. Dormi demais rs. ― Ela fala e assim que vê Mark, faz questão de abrir um espaço do lado dele para se sentar à mesa. ― Que bom que veio Mark. Se minha prima tivesse me avisado, nem teria dormido para chegar no horário rs.

Nathali revira os olhos.

― Não se preocupe, Penélope. A louça é por sua conta. ― Celina deixa isso bem claro e Nathali quis dar um beijo na mãe.

― O quê? Eu vou lavar tudo sozinha?? Vai estragar minhas unhas! ― Ela protesta e até a mãe dela revira os olhos.

― Nós cozinhamos. Nada mais justo priminha.

Penélope ia retrucar, mas Joseph intervêm.

― Depois vemos isso. Vamos comer antes que essa maravilha esfrie!

Todos atacam a comida e Nathali percebe Penélope praticamente se jogar em Mark o tempo todo. Ele tentava se afastar, mas era difícil e Nathali resolve “atacar”.

Ela pega um copo de suco e derruba na direção da prima respingando em seu decote exagerado.

― Ah! ― Penélope se levanta com tudo. ― Olha o que você fez Nathali!

― Ops! Como sou desastrada... ― Ela pega um guardanapo e entrega a ela. ― Desculpe!

Penélope a olha furiosa.

― Vai se limpar no banheiro, Penélope. ― Celina ordena e ela sai bufando.

― Que coisa... ― Nathali finge lamentar pegando seu prato e troca com o de Mark. ― Sente aqui Mark ou ela vai ficar resmungando no seu ouvido.

Mark sorri entendendo o que ela quis fazer com tudo aquilo e se senta no lugar dela fazendo Nathali ficar no meio dele e de Penélope.

“Garota esperta...”

Logo a prima volta e fica sem reação ao ver os lugares trocados, mas antes que ela pudesse falar qualquer coisa, a mãe de Celina puxa um assunto e todos começam a conversar ignorando Penélope totalmente.

Ela se senta bufando, enquanto Nathali faz cara de paisagem.

Mark a observa e tem vontade de rir, mas se controla.

“Ponto para a minha vizinha...”

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