Capitulo 10

― Você está de brincadeira comigo! ― Mark fala se levantando da cadeira revoltado.

― Estou não kkkk. Vou te mandar aí.

Mark recebe a mensagem de Guy com o anúncio e ele esfrega a mão no rosto ainda sem acreditar.

― Consegue ver quem enviou?? ― Ele pergunta já pensando em fazer picadinho da pessoa.

― Não. Essa mensagem foi repassada várias e várias vezes. Impossível saber a fonte de origem.

Enquanto Guy falava, Mark ouvia o bip do seu celular diversas vezes indicando que havia outra ligação para ser atendida. Se isso continuasse ele iria enlouquecer!

― Mas que droga! O que vou fazer agora?

― Não faço ideia meu amigo, mas de uma coisa eu sei, quem fez isso com você, te sacaneou legal kkkkk.

Como se apertassem um interruptor, a mente de Mark clareia e ele logo pensa em sua vizinha.

― Não.... Impossível... ― Mark começa a rir de nervoso e volta a se sentar.

― O que foi? Tem ideia de alguém?

― Não. Não pode ter sido ela...

― Quem?

― A Nathali.

― Sua vizinha gata?

Mark revira os olhos.

― Sim, a vizinha. Mas não pode ser. Ela não tem meu número particular. Como ela saberia? ― Mark ouve um “ops” baixinho de Guy e bate na mesa. ― Não me diga que você tem algo a ver com isso?!

― Poxa cara... foi mal. No dia que conversei com ela, eu deixei seu número para caso ela quisesse conversar com você.

― Você não fez isso!

― Desculpa kkkk. Eu nunca imaginei que ela fosse usar para isso kkkk.

― E você ainda ri?? Você é um idiooooota!

― Eiii, não tenho culpa não! Ela quem espalhou o seu peru por aí kkkkkk.

― Cala a boca! Ahhh vou te matar Guy e depois vou matar aquela garota!

Mark desliga e fica ainda mais irritado quando surge outra ligação desconhecida.

― Eu vou jogar aquela garota pela janela do prédio!!!!

Na raiva, ele abre o celular e tira o chip particular e quebra em pedacinhos, depois se levanta indo até a sua secretária.

― Senhora Lambert, preciso que ligue para minha operadora de celular e peça para trocarem meu número particular. E que façam isso hoje!

Ele nem dá tempo de ela falar nada, simplesmente volta para sua sala batendo a porta com força.

― Ela me pagaaaaaa!

...*********************...

― Não... você não fez isso! Kkkkkk ― Ananda ria de gargalhar do que Nathali fez com o vizinho. Ria tanto a ponto de enxugar as lágrimas que desciam. ― Eu juro que quero morrer sua amiga! Kkkkk

As duas riem ainda mais.

― Eu disse que iria ter volta! Certeza que deve estar arrancando os cabelos agora kkkkk.

― Ai meu Deus kkkk você não presta! Kkkkk

― Anda, liga para ele perguntando do peru kkkk

Os olhos de Ananda brilham com a pegadinha e disca o número, mas cai direto na caixa postal.

― Ué... está dando caixa postal.

― Ele deve ter desligado o celular kkkk.

― Ai Nathali rs. Me lembre de nunca, mas nunca te provocar kkk.

Nathali pisca para ela e depois faz uma careta.

― Como está a garganta? ― Ananda pergunta preocupada.

― Inflamada. Sair sem um cachecol naquele frio daria nisso. Mais um motivo para não ter tido dó daquele ranzinza!

As duas se olham e começam a rir.

...***********************...

Nathali termina seu banho depois de um dia bem cansativo. Seu corpo estava dolorido e sua garganta arranhando ainda mais.

Ela coloca um pijama estilo macacão bem quentinho do personagem Sullivan do filme infantil Monstros S.A que ela ganhou de presente da Ananda como um trocadilho por causa do seu sobrenome. Tinha até touca com o formato do personagem.

(Pijama)

“Estou ficando doente... Culpa daquele chato gostosão!”

Ela franze as sobrancelhas pensando nele e olha a hora vendo que já são 9 da noite.

“Nada do vizinho vir brigar comigo?? Que estranho...”

Assim que ela pensa, o barulho da porta do seu apartamento sendo esmurrada soa no ambiente.

Ela não consegue conter o riso e vai atender antes que ele colocasse a porta abaixo.

― Olá Mark. Já te aviso que não vou te emprestar açúcar. Apesar que você precisa adoçar um pouco mais sua vida. Olha só que cara de azedo você está. ― Ela fala cinicamente.

― Essa foi a última vez que você brinca comigo desse jeito. Você pegou pesado! ― Mark fala tão sério que Nathali perde a graça na hora, mas não retrocede.

Ela cruza os braços e o encara em desafio.

― Eu disse que iria ter volta. Estou com a garganta inflamada por sua culpa!

― Minha? Eu não tenho culpa de você andar pelada por aí! Aliás, com esse pijama ridículo, era melhor andar pelada mesmo!

― Eu não ando pelada por aí! ― Ela fala revoltada, mas ele continua sem se abalar. ― E esse pijama é ótimo e engraçado. Diferente de você!

Ele revira os olhos.

― Você tem noção do tormento que me causou?? Eu tive que trocar de número Nathali!

Ela aperta os lábios para não rir e depois tosse um pouco colocando a mão na garganta.

Mark franze as sobrancelhas e em um impulso, coloca a mão na testa dela. Ele a sente febril e se preocupa.

― Você está com febre. Melhor se agasalhar...

― Agora você se importa?

Ele a olha como se tivesse levado um tapa e depois fica bravo.

― Tem razão. Não me importo! ― Ele se vira para ir para o apartamento dele, mas volta a olhar para ela de cima a baixo. ― Tem razão, esse pijama é ótimo. Combina com você. Tão bobo, quanto!

Ele volta a andar e ela vai atrás parando no meio do caminho e grita de volta.

― Você é um ranzinza!

Ele para e olha para ela.

― E você é uma maluca!

Os dois ficam se encarando por uns segundos, depois bufam e se viram ao mesmo tempo indo cada um para o respectivo apartamento batendo a porta atrás de si.

― Ranzinza!

― Maluca!

Os dois falam ao mesmo tempo ao entrarem nos apartamentos.

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