Capítulo 10: O Casamento como um Palco de Negócios

Jessica 

-No final, tudo deu certo. Daniel vai se casar com você. - Meu pai diz muito feliz, sentado na poltrona da sala de estar. Seu rosto se ilumina com um sorriso enquanto ele continua. - Nem precisei descobrir onde ele estava, ele próprio foi para o pai e disse que iria se casar. Deve ter percebido que sem o dinheiro, ele não consegue fazer nada na vida.

Eu apenas o olho enquanto examino alguns documentos sobre o projeto que estamos desenvolvendo na empresa. Desde que ele recebeu a ligação do senhor Statham, ele não para de tirar sarro da cara de Daniel e como ele voltou para a sua família como um cachorro sem dono.

-Jessi, você está bem?

Dan pergunta, olhando para mim. Ele está sentado ao meu lado, com a perna engessada e repousando sobre a mesa. Observo a preocupação em seu rosto. Tivemos diversas discussões sobre por que eu não deveria me casar e ele prometeu que discutiria com o nosso pai para evitar que isso acontecesse. Eu disse que estava tudo bem, mas ele ainda não parece convencido. Após todas essas preocupações, eu o olho e dou um sorriso.

-Não... - ele me olha, preocupado e surpreso, mas eu continuo. - Estes planos estão errados. Vou ter que falar com a área de planejamento. Esse erro pode nos custar milhões que não temos. - Digo, mostrando os papéis. Ele me olha com seriedade.

-Muito engraçada, Jessi, mas eu não estava falando sobre isso. Eu estava falando sobre o...

-O quanto o pai é irritante com essa cara de feliz eu sei. - Eu digo, interrompendo-o. - Mas isso não me deixa com vontade de jogar algo nele, pelo menos ainda não.

Digo sarcástica e ele dá uma risada, Dan parece aliviado, aparentemente aliviado por eu não estar abalada pela forma como nosso pai está agindo. Ele suspira e olha para os documentos à sua frente.

-Você é incrível, Jessi. Sempre focada no trabalho. - Ele dis e coloca a mão na minha testa, eu o olho sem entender.-Estou vendo se não está doente a Jessica que eu conheço estaria gritando, fazendo piadas sarcásticas ou fazendo algo com o carro do nosso pai para ele estar tão irritado quanto você, ou pelo menos o olhando com desprezo.

Ele diz eu bato na mão dele para ele para verificar minha temperatura e ele dá uma risada.

-Você quer que eu faça uma dessas coisas?-Pergunto o olhando seria, ele começa a pensar olhando para mim.-Responde Dan.-Eu insisto.

-Não sei, acho que sim, dá menos medo, agora parece que você está planejando uma coisa pior como explodir toda a casa ou a empresa.

Dou uma risada com a sugestão de Dan e balanço a cabeça.

-Obrigada pela ideia, não tinha pensado nisso será que uso uma dinamite ou um C4.-Ele me olha com os olhos abertos.-Mas prefiro, apenas manter a calma e lidar com isso de maneira madura e profissional.

Digo com um tom de sarcasmo sutil, ele me olha sério com olhar entre fechado e eu também faço isso e no final não suporto e dou uma risada e ele ri junto comigo.

-Isso é verdade, Jessi. Às vezes, esqueço que você é a voz da razão aqui.

Sorrio pelo tom de sarcasmo muito exagerado que ele faz com cada palavra, digo baixinho perto do ouvido dele.

-Bom, alguém precisa manter as coisas sob controle nesta família maluca, não é?

Digo apontando para o nosso pai na parte de malucos.

-Você está certa, Jessi. Alguém precisa ser o equilibrado nessa família maluca, mas sempre achei que esse equilíbrio era eu. - Dan concorda, rindo.

Nosso pai nos olha sério.

-O que vocês estão cochichando ai?

Quando ele pergunta o que estamos cochichando, eu o olho com uma cara séria, com toda minha diversão ido embora.

-Apenas conspirando para dominar o mundo, pai. - respondo com um tom sério, antes de me levantar e me aproximar dele. - Estamos apenas discutindo alguns detalhes do trabalho, não se preocupe.

Meu pai olha para nos dois com uma expressão desconfiada, mas depois decide deixar de lado a questão.

-Desde que estejam fazendo seu trabalho direito, não vejo problema em vocês cochicharem por aí. Mas, por favor, não explodam a casa enquanto estiverem conspirando.

Dou uma risada com o comentário de nosso pai e digo com um sorriso.

-Pode deixar, pai, vou garantir que a casa continue intacta enquanto conspiram, mas não garanto o mesmo da empresa.-Ele me olha, serio como suspeitando eu dou um sorriso,- Estou brincando pai.“Ou talvez não “, penso.

-Essa brincadeira não teve graça?

Eu queria responder mas Dan ganha de mim e fala primeiro.

-Pai você sabe como Jessica e de brincalhona.

Eu o olho desacreditada, eu brincalhona? com meu pai, isso é uma piada? Quero responder, mas o olhar de súplica de Dan para eu não revidar me convence e fico calada.

-É verdade ela sempre foi brincalhona. - Nosso pai responde, sorrindo e balançando a cabeça, mas ainda com duvida. - Só não quero surpresas desagradáveis, estamos em uma situação delicada demais para lidar com mais problemas.

-Mais? a que problemas você se refere pai?

Eu pergunto e ele me olha sério e depois para Dan e volta a olhar para mim.

-Vamos para o meu escritório.

Ele diz e levanta, eu largo os documentos na sala e vou atrás dele esquecendo do meu irmão machucado. Eu entro no escritório do meu pai atrás dele e  fecho a porta neste momento somos apenas meu pai e eu.

Dentro do escritório do meu pai, a atmosfera fica mais séria e tensa. Ele se senta atrás de sua mesa e me convida a fazer o mesmo na cadeira em frente a ele. Sento-me e olho para ele, esperando por uma explicação sobre os problemas adicionais aos quais ele se referiu.

-Pai, o que aconteceu? - Pergunto, seria ao que ele também fica. - Você mencionou que estamos enfrentando mais problemas, que tipo de problemas você causou agora?

ele me olha com a testa franzida.

-Não todos os problemas causados são por minha culpa…

-Mas a maioria sim. -Digo interrompendo ele.

-Por agora vou ignorar seu comentário indevido e descarado, porque este problema tem a ver com o seu casamento.

A menção ao meu casamento me deixa perplexa. Olho para meu pai com uma mistura de surpresa e confusão.

-Meu casamento? O que há de errado com ele? - Pergunto, ansiosa para entender o que está acontecendo. Pode ser que Daniel tenha colocado algumas condições? Ou que ele quer mais ações da empresa?

-Daniel disse que para se casar com você, tinha condições a primeira é que o casamento apenas seja pelo papel não pela igreja e segundo que não quer festa de casamento ou qualquer gasto extravagante. Ele quer manter as despesas ao mínimo. - Meu pai explica, olhando sério para mim e com raiva aparentemente pelo que Daniel sugeriu

Sério, o meu pai chama isso de problema? achei que seria pior, mas Daniel não querer tanto movimento para o nosso casamento para mim faz sentido quem quer plateia nesse teatro, mas com ele voltando para casa por vontade própria achei que ele iria obedecer qualquer coisa que o pai manda-se e tenho certeza que o senhor Statham vai gastar muito dinheiro neste casamento, já que além de uma festa de casamento pode ser uma forma de arranjar conexões. Será que Daniel esta envolvido em algo, dou um sorriso interno pensando que usaria ao meu favor, e realmente espero que ele esconda algo tudo seria mais fácil. Penso e respondo meu pai.

-Você chama isso de problema pai, acharia estranho se ele gostasse de uma festa extravagante e grande, para este circo chamado de casamento. 

Meu pai suspira e joga a cabeça para trás, aposto que ele não esperava essa resposta depois de tudo, toda mulher quer um casamento dos sonhos depois de um tempo de reflexão ele se inclina para a frente na mesa, como se estivesse prestes a compartilhar um segredo.

-Jessi, este casamento pode parecer um circo para você. Mas aqui está o que eu estava pensando, independentemente das escolhas de Daniel, eu gostaria de organizar uma grande festa de casamento para vocês. Eu sei que pode parecer desnecessário, mas é uma forma de mostrar nosso apoio e amor por vocês como pais. E, além disso, seria uma oportunidade para fortalecer nossos laços com nossos parceiros de negócios e clientes.

Fico surpresa com a proposta do meu pai. Ele está disposto a gastar dinheiro em uma festa de casamento extravagante, mesmo quando a empresa está enfrentando dificuldades financeiras? Olho para ele com um misto de raiva e indignação.

-Pai, isso é muito generoso da sua parte, imagina uma festa enorme com uma banda famosa e o vestido mais caro da botoque mais famosa da cidade, quando nossa empresa está sofrendo problemas financeiros e o irmão do meu noivo está e coma. Digo indignada com a sugestão do meu pai.

Meu pai sorri, parecendo orgulhoso.

-Jessi, entendo suas preocupações, mas quero fazer isso por vocês. Não vai prejudicar nossas finanças, eu prometo. E, como disse, também pode ser benéfico para a empresa. Além disso, é uma chance de trazer um pouco de alegria e celebração em meio a todos esses problemas com a empresa e Robin.

Reviro os olhos com a insistência do meu pai e me levanto abruptamente, decidida a deixar aquele escritório o mais rápido possível.

-Você escolheu o marido, escolha como será o compromisso e  o casamento, não me importa o que você faça, papai. - Digo, enfatizando a palavra "papai", antes de sair, batendo a porta atrás de mim.

Ao sair, me deparo com Dan tentando correr com suas muletas. Dou uma risada e a raiva que sentia um tempo atrás some,  vendo como ele tenta fugir depois de escutar através da porta, eu ando e grito atrás dele.

-Continua correndo, vou fingir que não te vi ouvindo nossa conversa privada. - Brinco com meu irmão.

Dan para de tentar correr, solta um suspiro pesado  e me olha seriamente.

-Jessi, você disse que não haveria problemas em se casar com ele, mas pelo que ouvi, você não está muito feliz.

Suspiro, não quero que Dan se envolva mais nisso do que já está.

-Dan, eu realmente não me importo muito com esse casamento. É apenas um momento, então, se o nosso pai quiser dar uma festa ou não, não me importa. - O olho com tristeza. - Não se trata de eu fazer algo de errado ou cometer uma loucura. O irmão de Daniel está no hospital, então posso entender que ele queira isso. Mas o nosso pai quer se mostrar e quer que o nosso casamento seja o evento do ano. Se ele quiser gastar muito dinheiro com isso e o senhor Statham quiser, não adianta eu me negar.

Dan concorda balançando a cabeça.

-Jessi. Você sabe que estarei aqui para o que der e vier, não é?

Sorrio com carinho para meu irmão.

-Sim, e agora, com essa sua perna machucada, você não vai conseguir fugir.

-Sem dúvida, irmãzinha.-Fico confusa com seu último comentário, mas Dan dá uma risada.-E porque você é mais baixinha do que eu?

-Acho que você não apanhou o suficiente com o decorrer dos anos. para soltar esse tipo de comentários, só pode.

Eu digo dobrando minhas mangas.

-Jessica, mesmo você sendo mais velha que eu mesmo você se casando, você continuará sendo minha irmãzinha. Eu paro de dobrar as mangas  e olho para ele.

-Você sempre sabe o que dizer, por hoje você se salva.

Eu digo e saio dali antes que ele diga outra coisa que me faça arrepender do que estou planejando.” Não posso dar agora para trás, isso é o melhor para todos, digo para mim mesma, apenas tenho que continuar e não recuar, não agora que fiz tudo para Daniel se casar”. Penso.

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