Capítulo 8: Emoções à Flor da Pele

Daniel

Estou sentado na sala de espera, observando as pessoas passarem enquanto espero por informações sobre o meu irmão. De repente, um tumulto de pessoas chama minha atenção.

-Dr. Richard, Ester vai ficar bem?- Uma mulher vestindo um vestido prateado grita angustiada, perguntando ao médico, e algumas pessoas vestidas de gala a acompanham ao lado da maca. Reconheço um dos senhores como sendo Mario Smith o CEO da empresa DaDa Technology. Levanto-me e percebo que a pessoa na maca é Ester, a filha dele. Sabia que eles estavam planejando celebrar o aniversário da empresa neste domingo, e o compromisso dela estava marcado para o mesmo dia. Fui convidado, mas depois da situação com meu pai, decidi não me envolver. Quem imaginaria que ela estaria no hospital no dia do seu compromisso?

No entanto, minha atenção é rapidamente desviada para outra maca que chega com Dan, se dirigindo para a ala de UTI. Fico chocado. Ele não tinha acordado? O que aconteceu? Olho ao redor e não vejo Jessica. "Ela deve estar arrasada", penso. Depois do que fiz, o mínimo que posso fazer é oferecer meu apoio a ela e pedir desculpas pelo meu comportamento. Eu me levanto da sala de espera para procurar por Jessica no hospital.

Ao procurá-la, encontro o Dr. Richard, ele estava conversando com a família de Ester.

-Minha filha bateu a cabeça muito forte, estava até sangrando, como ele se encontra?

O senhor Mario Smith pergunta, para o médico, mas a mulher vestida de prats vai até o Dr.Richard e segura do seu braço.

-Ester vai sobreviver, me responda Dr.Richard?

-Calma Amanda, ela teve uma contusão na cabeça ela não teve outro machucado que não fosse esse, mas como é uma área sensível vou fazer mais estudos, podem ir vela ao quarto a enfermeira vai guiar vocês.

Ele diz e todos sem a enfermeira e vou ate ele, quando todos saem de perto dele, ele me olha e segura do meu hombro para me dar conforto

-Dr.Richard, como está meu irmão?

Ele para de segurar o meu hombro e olha o registro para ver o do meu irmão.

-Daniel, seu irmão está delicado, mas estamos fazendo o possível para estabilizá-lo. Ele sofreu ferimentos graves devido ao acidente. Estamos monitorando de perto sua condição na UTI. Você pode esperar um pouco mais na sala de espera e, assim que tivermos mais informações, mando avisarem você.

Agradeço ao Dr. Richard, agora mais calmo, e vou procurar Jessica. Enquanto percorro os corredores do hospital, finalmente a encontro. Ao passar por uma porta, vejo-a parada tremendo e chorando silenciosamente na minha frente, ela está tendo um ataque se pânico, o que faz o meu coração apertar. Eu tento me aproximar, mas um homem que estava à minha frente joga o que estava segurando e corre até onde Jessica está, segurando-a pelos ombros.

-Jessi! - Ele a tira de seu ataque de pânico. - Calma, tudo vai ficar bem, Jessi. - Ele diz, agora segurando seu rosto e limpando com o polegar uma lágrima. Jessica o olha e se joga em seus braços e começa a chorar desconsoladamente. Ele a abraça e consola como se não bastasse, começa a dar beijos em sua cabeça e abraça com mais força. Jessica também o abraça com força. Estou pasmo com essa cena, o irmão dela acabou de sair daqui para a UTI e ela flertando com um homem, agora? Mas as palavras de Jessica me tiram dos meus pensamentos.

-Eu não sei o que faria sem você - escuto Jessica dizer como um murmúrio para ele.

Ele aperta o abraço e a beija mais uma vez na testa.

-Vamos passar por isso juntos, Jessi. Estou do seu lado, não importa o que aconteça - Diz o homem desconhecido. Isso é o último que ouço antes de sair dali com raiva, não sei por quê. Posso ver o quão próximos eles são. No entanto, essa cena que presencio desperta em mim uma mistura de raiva e tristeza. Jessica está nos braços desse homem, chorando e sendo consolada por ele. Ele a abraça com uma intimidade grande que diria que são namorados. Enquanto seu irmão e o meu estavam na UTI, ela estava flertando com ele aqui. Pensar o quanto meu irmão gosta dela me deixa irritado, ele está se debatendo entre a vida e a morte, e ela está feliz com seu namorado. Isso sem falar do irmão dela que também está na UTI com diferentes problemas que podem custar a vida dele, e ela está nos braços de um homem. Saio dali com raiva, confuso quanto aos meus próprios sentimentos. Por que estou tão irritado? Ela está apenas sendo confortada, por que isso me incomoda tanto? Mas, de repente, me lembro das imagens de quando ela era pequena, me abraçando e pedindo para não soltá-la. Rapidamente, essas lembranças se dissipam. Agora, meu único foco é meu irmão e que tem que se recuperar e que esse maldito acidente não tenha deixado sequelas.

Antes de voltar para a sala de espera da UTI, verifico meu celular e vejo que estava desligado. Ligo para ver se Jennifer me ligou e vejo que tenho mais de 20 ligações dela. Ligo para ela para que não se preocupe.

-Olá, meu amor.

-Daniel, por que você não atendia minhas ligações? Como estão Robin e Jessica? - pergunta Jennifer preocupada e ansiosa.

-Desculpe, não consegui falar com você antes. As coisas estão um pouco complicadas aqui. Robin está na UTI e estas 72 horas são críticas para ele. - Digo triste e frustrado.

Jennifer fica em silêncio por um momento antes de responder, sua preocupação evidente em sua voz.

-Oh, meu Deus, Daniel, estou tão preocupada com vocês. Robin é uma pessoa forte e alegre, vai sair dessa. Por que isso está acontecendo? E Jessica, como ela está?

Fico sem saber o que dizer, pois Jessica não tem nada a ver com este acidente.

-Mas por que você pergunta por Jessica se ela não estava no carro nem no acidente?

Jennifer fica em silêncio por um momento antes de responder:

-Ela não estava no carro? -Ela diz surpresa.

-Não, quem estava no carro de trás era o irmão dela.

-Eu pensei que ela tinha sofrido o acidente. Na TV mostrava que era alguém da família Morrison, e você disse que ela iria com Robin. Pensei que ela tinha sofrido o acidente. Como ela está agora? Ela deve estar devastada pelo que aconteceu com o irmão. - Jennifer diz preocupada.

Percebo que Jennifer está confusa, provavelmente devido à cobertura confusa da mídia sobre o acidente.Mas fico feliz por isso o do contrario teria um monte de reporteros aqui,

solto um suspiro e esclarecer a situação para ela.

-Não, Jennifer, Jessica não estava no carro. Houve um mal-entendido. Quem estava no carro era o irmão dela, Dan. Robin estava no carro da frente, que capotou, e Dan estava no carro de trás. Ambos estão na UTI. Jessica está aqui e está abalada pelo estado do irmão e pelo acidente de Robin.

Ela fica em silêncio por um momento antes de falar novamente.

-Estou feliz que o irmão dela também esteja bem. Isso foi uma tragédia. Daniel, me manda a direção do hospital para eu ir apoiar você? - Ela diz preocupada.

Compreendo a preocupação de Jennifer, mas sei que há complicações envolvendo meu pai e a segurança de Jessica na empresa. Tento encontrar as palavras certas para explicar minha decisão.

-Jennifer, eu aprecio muito sua preocupação e apoio, mas neste momento, a situação está um pouco delicada. Além do acidente, há questões com meu pai e com o casamento e Jessica está aqui, embora sua presença seja muito reconfortante para os meus pais, acho que, por agora, seria melhor você ficar onde está e não se expor a mais estresse.

Jennifer parece um pouco decepcionada e parecia um pouco irritada, mas compreende minhas preocupações.

-Está bem, Daniel. Mas, por favor, me mantenha atualizada sobre a situação. Se precisar de alguma coisa, não hesite em me chamar.

Agradeço a compreensão dela e prometo manter as informações atualizadas. Desligamos e, enquanto retorno à sala de espera, encontro os pais de Jessica e os meus conversando, se eu entrar agora e possível de eu e meu pai, brigarmos e muito grande e pensar em brigar com ele na frente da família Morrison não me agradava ainda mais que o senhor Alexandre ficou irritado por eu ter fugido do casamento, então eu dou meia volta e me dirijo a cafeteria para ir comer algo e espero que eles tenham ido para outro lugar na minha volta, quando dou meia volta uma pessoa bate em mim, e dá alguns passos para trás, depois disso eu tento pedir desculpas por minha falta de atenção, mas percebo que e Jessica não a tinha reconhecido porque ela estava com a touca do homem que ela estava abraçando a algum tempo atrás, eu fico irritado por isso e meu olhar demostrava isso quando ela me olha as facções dela mudam para surpresa para sem entender nada ela deve ter visto minha expressão e digo com um tom reepresivo.

-Seu irmão entrou na UTI há horas, e você vem agora.

Digo a ela com raiva, vendo que ela estava vestindo a jaqueta daquele homem. Depois de perceber isso, saio sem esperar por sua resposta, deixando-a confusa e sem entender o que está acontecendo.

Caminhando pelo corredor, reflito sobre minha reação. Por que estou agindo assim? Será a fome? Me pergunto. Quando chego a cafeteria do hospital para comer algo e tentar acalmar meus nervos. Peço um sanduíche de frango e percebo que é o mesmo que aquele homem desconhecido jogou no chão para se aproximar de Jessica. Começo a me perguntar quem é esse homem que, roubou a conquista do meu irmão e se ele sabe do casamento arranjado.

Enquanto estou comendo, e pensando sobre um homem se senta à minha frente. Eu o encaro, sem saber quem ele é, e ele me olha de volta.

-Daniel Statham?

Ele pergunta era um homem de altura média, cabelos castanhos, olhos da mesma cor, pele bronzeada e um físico atlético. Ele exibe um meio sorriso triste enquanto se apresenta, parecia ser italiano.

-Sou Paulo Loren. Eu estava com Robin e Dan no acidente.

Eu o encaro por um momento, surpreso, mas então lembro que Robin disse que iria para essa trilha com Dan e Paulo, e que também iria me oferecer um emprego. As peças começam a se encaixar na minha mente.

Agora, fazendo a conexão com o nome e a situação, minha expressão se suaviza, e eu estendo a mão para cumprimentar Paulo.

-Paulo, certo. Desculpe pela minha reação inicial, estou um pouco abalado com tudo o que está acontecendo.

Paulo aperta minha mão com firmeza e compreensão em seu rosto.

-Entendo, Daniel. A situação é realmente difícil. Seu irmão eu trouxe Robin e foi difícil ver ele naquela situação, como ele está agora?

-Robi agora está na UTI em estado crítico. Ele sofreu ferimentos graves no acidente, mas a equipe médica está fazendo o melhor para cuidar dele. Se você esteve no acidente o que aconteceu Robin geralmente toma cuidado em estradas que ele não conhece.O que exatamente aconteceu no acidente? Como eles estão agora? - pergunto, buscando mais informações.

Paulo respira fundo antes de responder.

-O acidente foi terrível. O carro de Robin capotou em uma curva perigosa, e Dan, que estava no carro atrás, parou para ajudar. Como eu estava na frente eu não consegui ver o acidente apenas escutei o som e pare só que como estava em alta velocidade demorei um pouco para voltar, quando voltei vi Dan desnudo o penhas e conseguindo tirar Robin do carro antes que ele explodisse, mas ambos foram arremessados a alguns metros de distância devido à explosão caindo em pedras. Eu não sabia o que fazer, má felizmente um homem que também tomava esse caminho nos ajudou ele ligou para a ambulância e presto os primeiros socorros para Robin e Dan.

-Mas que era esse homem, porque ele estava nesse caminho?

-Nāo sei não tive tempo de perguntar, ele venho só hospital com Dam, mas a última vez que vi ele, ele estava falando com Jessica ela estava agradecendo por ele ter ajudado seu irmão.

-Entao Jéssica estava falando com ele.

Pode ser o homem que ela estava abraçando?. Penso.

-Sim ela não acreditava que o irmão tivesse sofrido esse acidente e fico mais abalada por Robin estar em estado crítico ela que ligou para os seus pais.

-Fijo Jéssica que ligou para os meus pais e não Dr.Richard.

-Sim, como ela tinha que vir com a gente para a montanha ele ja estava pronta para sair.

-Obrigado por me informar, Paulo. Eu aprecio.

Paulo olha pensativo antes de responder.

-Pelo que Robin me disse você está procurando emprego não, duvide em me procurar por isso quando Robin estiver melhor tenho certeza que ele sairá disso.

Agradeço a Paulo pelo que ele compartilhou e me dirijo de volta à UTI. Depois da conversa com Paulo, começo a refletir sobre o que Dan fez pelo meu irmão, arriscando sua própria vida para salvá-lo. Se Dan não tivesse agido tão corajosamente, ninguém da sua família estaria passando por essa situação agora e eu estaria em um velório.

Quando chego à sala de espera, vejo uma enfermeira levando Jessica para dentro da UTI. Aproximo-me da enfermeira no momento em que ela pergunta.

-Dos familiares de Robin Statham, quem vai entrar para vê-lo?

Meu pai responde rapidamente.

-Eu vou! - ele diz, mas eu falo.

-Não, eu que vou ver o meu irmão. - afirmo, indicando que quero entrar na UTI para ver Robin.

O clima na sala de espera fica tenso quando meu pai e eu discordamos sobre quem deve entrar para ver Robin na UTI. Ele olha para mim, com os olhos cansados e preocupados.

-Daniel, eu entendo que você também queira vê-lo, mas você sabe que sou o pai dele. - Ele tenta me convencer, mas minha determinação é firme.

-Pai, eu sei disso, mas já bastou com você não me disser do estado de Robin, agora eu só quero ver ele e eu não posso esperar aqui sem saber o que está acontecendo. - Respondo, mantendo minha postura.

A enfermeira observa a conversa, claramente desconfortável com a situação. Meu pai suspira profundamente, visivelmente tenso, mas eventualmente cede.

-Tudo bem, vá vê-lo. Mas me mantenha informado sobre o estado dele. - Ele pede, preocupado.

Assinto com a cabeça, agradecendo por ele ter entendido minha preocupação. Caminho com a enfermeira em direção à UTI, ansioso para ver meu irmão e descobrir como ele está se recuperando. Eles me vestem com uma roupa e mascaras para poder entrar no quarto.

Meu coração martelava em meu peito enquanto eu empurrava a porta e via meu irmão deitado na cama, conectado a vários tubos e monitores.

Me aproximei da cama, com lágrimas nos olhos, e segurei a mão de Robin.

-Robin, estou aqui. Você vai ficar bem. -Digo para o corpo do meu irmão imóvel com um monte de cabos ligados a ele para que ele continue respirando.

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