O Aniversário

Era 10/05… Nossa,quanto tempo! As coisas em Aramat iam muito bem, e estava na semana do aniversário de Sofia, todos estavam ansiosos, Sofia havia desejado fazer uma grande festa de aniversário, para que todos do reino pudesse participar e comemorar todos juntos, e obviamente Vitória havia achado uma tremenda perca de tempo, mas fazer o quê, se era o desejo de Sofia e a Rainha havia adorado a ideia dela, todos estava a mil para a organização do evento, enquanto Vitória tentava fugir, para não explodir.

— Oi! Você está aí.

— Como você me encontrou?

— Se lembra que quando eu cheguei aqui uma das primeiras coisas que me mostrou foi passagens secretas…

— Verdade, porquê eu fiz isso?

— Não sei, mas sou muito grato… Por quê está aqui?

— Estou a tentar fugir, de tudo isso.

— Por quê? Uma festa de aniversário e uma coisa linda de se comemorar, e eu pensei que sua birra por Sofia, já havia passado.

— Eu aprendi, que entre uma festa de aniversário e um velório, sempre devemos escolher o velório, porque quem nasce sempre morre… Não precisa ficar assim, eu vou aparecer no aniversário, mas quero que saiba que continuo a achar Sofia uma tremenda sonsa.

Jasper sorriu e viu Vitória saindo, e assim continuou as coisas naquele dia, Diana estava a enlouquecer para encontrar o vestido perfeito para Sofia, apenas para ela, já que Vitória já havia deixado bem claro que não usaria vestido de "princesa".

— Senhora, Lupin enviou mais dois vestidos, ela mandou avisar que esses seriam os últimos que ela mandaria.

— Coloque em cima da cama para mim, por favor… Tânia! Espera… Sabe onde está Sofia?

— Ela está com Pedro, os dois ensaiam a valsa.

— Ah! obrigada Tânia… Agora pode se retirar.

— Sim senhora.

...****************...

— Pedro, eu acredito que não vou conseguir, tudo está a ir tão rápido, eu ainda tenho um milhão de coisas para pensar, não sei o que vou fazer da minha vida.

— Calma, você está a ir super bem, só precisa respirar um pouco, não se precipite, todos estão empenhados, você só precisa relaxar agora.

— Relaxar? Acha mesmo que eu sei o que essa palavra significa nesses últimos dias… O meu aniversário é daqui uma semana, e olha como eu estou, estou toda atrasada e com um milhão de coisas na cabeça.

— Ok então, vamos fazer uma pausa, você precisa descansar, está muito estressada… Venha comigo, vou levar-te para relaxar um pouco — Pedro segura na mão de Sofia e a leva para um lugar, seguindo um caminho muito estranho, que Sofia nunca havia visto antes.

— Pedro, onde está me levando?

— Estou te levando para relaxar, como o prometido — Pedro leva Sofia, para um lugar onde ela podia realmente relaxar, rodeado de árvores, flores e uma linda cachoeira, era de tirar o fôlego.

— Pedro, que lindo!

— Que bom que gostou… Viu… Aramat é maior do que você imagina.

— Verdade, eu queria ter tempo para conhecer cada pedacinho de terra… Porém, não posso, já que os compromissos de "princesa" não deixam.

— Que bom que gostou, acredito que você deveria tirar mais tempo para você mesma, talvez a carga horária esteja lhe deixando muito mais estressada do que deveria.

— É, você deve estar certo.

— Então, já que estamos aqui, o quê acha de tomarmos um banho na cachoeira?

— Acredito que não é certo.

— O quê? Por que não seria?

— Temos que voltar para o palácio, e não seria bom chegarmos encharcados.

— Já que você acredita nisso, eu acredito que não é errado desejar relaxar.

— Não estou a falar que…

— Que, o quê?

— Ok, eu vou.

Pedro sorri, olha para Sofia e corre em direção a cachoeira, Sofia corre atrás de Pedro e também pula lá dentro, os dois estavam felizes, se divertiam, Sofia havia esquecido dos problemas que tanto incomodava naquela semana. Uma hora havia se passado, Pedro pergunta para Sofia se ela estava se sentindo melhor, Sofia responde com um lindo sorriso no seu rosto, dizendo que sim, Pedro diz estar feliz em ouvir aquilo, mas que eles teriam que voltar, Sofia concorda com ele. Depois que os dois chegam no palácio, Sofia se depara com todos desfazendo os preparativos do seu aniversário.

— O que está a acontecer aqui? Por que estão a fazer isso?

— Olá princesa, estamos apenas a seguir as suas ordens.

— O quê? Que ordem?

— Ah que a senhorita nos enviou… Pela carta.

— O quê? Não enviei carta nenhuma — Sofia corre à procura da sua mãe, para saber o que realmente acontecia, queria saber que carta aquele servo falava.

— Mãe!

— Oi! Sofia.

— Mãe, o quê tá acontecendo? Por que estão desmontando tudo?

— Estão apenas seguindo as suas ordens.

— Como assim? Eu não ordenei que cancelasse a festa.

— Eu, sinto muito, mas recebemos a sua carta, e nela estava a sua letra, não posso fazer mais nada… Eu estou muito triste também.

As lágrimas desse pelo rosto de Sofia, a tristeza estava estampada no seu rosto, o que Sofia queria estava a ir de água a baixo… Será que alguém havia armado para Sofia? Mas quem? E porquê?

Dois dias havia se passado, Sofia ainda estava triste, o seu aniversário se aproximava e tudo o que ela mais queria não ia acontecer, Sofia não tinha ideia do que havia acontecido de verdade, mas acreditava que alguém estava a armar algo, só não sabia o quê era!.

— Oi, como você está se sentindo?

— Oi Jasper, eu… Eu só queria fugir para bem longe agora.

— Calma, eu acredito que tudo teve de ter uma explicação…

— E qual seria?… Eu estou procurando ela.

Jasper abraça Sofia, naquele momento, Jasper, sérvio de apoio para Sofia mais uma vez, assim como antigamente.

— Oi, Vocês estão aí.

— Oi, Vitória, estava conversando com Sofia sobre o ocorrido da festa.

— Oi gente.

— Oi Pedro, para onde vocês estão a ir? — Pergunta Jasper.

— Estamos indo treinar… Vocês vem?

— Eu vou! Você vem Sofia?

— Sim, vou pegar as minhas coisas, já apareço lá.

— Tá bom, então, eu vou ir, nós nos encontramos lá.

— Tá bom!

Sofia se dirige para o seu quarto, enquanto Jasper, Pedro e Vitória, se dirigem para o centro de treinamentos. Quando Sofia chegar em seus aposentos se depare com uma caixa pequena em cima de sua cama, Sofia estranha supondo que fosse para o seu aniversário, pois ainda faltava 5 dias, Sofia senta em sua cama e abra a caixa, da caixa começar a sair uma fumaça, e um vento forte incendeia o quarto de Sofia.

Algo parecia que sugava ela naquele momento, Sofia começou a ficar sem fôlego e caiu no chão desmaiada.

......................

— Sofia está a demorar, não acham? — Diz Pedro.

— Também estou a achar, ela disse que só iria buscar algo… — Responde Jasper.

— Talvez ela tenha mudado de caminho… Sofia e a princesa de Aramat. — Sugere Vitória.

— Não acredito que ela tenha feito isso, e se tivesse, teria nos avisado. — Responde Pedro.

— Então porquê não vai atrás dela. — Rebate Vitória.

— Pois não, com licença. — Diz Pedro.

— Pedro, espera, vou com você… Ei, tudo bem eu ir? — Vitória vira o rosto para Jasper sem responder a sua pergunta, Jasper sabia que não estava nada bem, porém preferiu e atrás de Sofia naquele momento.

Quando eles chegam no seu quarto, Pedro bate na porta, mas ninguém responde, Pedro chegou a bater três vezes, mas o silêncio era o mesmo, então Jasper que era, mas decidido, resolve entrar no quarto sem pensar em mais nada, foi quando eles se deparam com Sofia caída no chão, se remexendo é escorrendo um líquido branco pela sua boca e sangue pelo seu nariz, Jasper grita o nome de Sofia e fala para Pedro tira tudo o que havia em cima da cama inclusive os lençóis, logo em seguida Jasper colocar Sofia em cima da cama, Sofia estava a ficar roxa, Jasper fala para Pedro cuidar de Sofia enquanto ele iria pedir ajuda, pois era mais rápido. Jasper sai a correr atrás de todos que pudesse ajudar, Jasper chama por Diana, Tânia, e pede para alguns soldados irem atrás do comandante enquanto ele iria atrás de Vitória. Depois de todos estarem reunidos no quarto sem saber o que fazer para resolver a situação de Sofia, Lupin chegou.

— Cheguei.

— Graças a Deus! faça algo para ajudar ela por favor.

— Calma Diana, Eu preciso que todos saiam de cima, preciso de espaço — Lupin começa a passar a mão por cima de Sofia, com os olhos fechados, Sofia se tremia mais de vagar, porém não como sinal de melhora, mas sim, porque estava morrendo.

— Precisamos de te pai, "Et si mortiferum quid biberint, non eis nocebit. et super aegros manus imponent et sanabunt eos"… Eu a entrego em suas mãos, faça dela o teu querer.

E todos haviam escutado o que Lupin havia dito, porém, ninguém havia entendido, mas aquelas palavras haviam mudado a situação, pois Sofia voltava a sua cor natural e o líquido que descia por sua boca, havia evaporado assim como sangue.

— Acredito que devemos deixá-la descansando — Sugere Lupin.

— Claramente, mas será que eu posso ficar?

— Diana, acredite… Ela não vai pensar que a abandonou… E ela não estará sozinha, nós estaremos todos lá fora, mas se estiver preocupada de mais, lembre-se de uma coisa, Sofia nunca estará sozinha… Mater potest oblivisci puerum, quem genuit, sed Deus numquam obliviscitur filium sui ».

— O quê isso significa?

— O meu pai me ensinou…

...****************...

  O aniversário de Sofia havia chegado, depois do ocorrido todos ainda queria saber o quê, e quem fez aquilo com ela, todos os soldados tinham sido interrogados, para saber se não tinha nenhum traidor no reino, como também todos outros que trabalhava no palácio, senhores, senhoras, jovens, crianças, todos ate mesmos, Jasper, Pedro, Vitória e Lupin, mas mesmo assim não havia encontrado ninguém, e talvez todos fossem suspeito. Vitória estava se sentindo mal por ter achado desnecessário todos os preparativos da festa de aniversário de Sofia, pois no final acabou dando tudo errado, e ainda aconteceu tudo isso com ela. Vitória estava péssima, então Vitória tem uma ótima ideia, chamou Jasper e Pedro para ajudá-la.

— Preciso da ajuda de vocês dois.

— Para quê? — Pergunta Pedro.

— Vamos dar uma festa de aniversário para Sofia!

— Você está a falar sério? — Pergunta Jasper, impressionado com a atitude de Vitória.

— Sim, porém ela não pode saber de nada e nem quem teve a ideia, estão me entendendo?

— Ok Vitória, ninguém além de mim e Jasper, ficará sabendo.

— Que bom.

Pedro dá, a ideia de fazerem a festa no ar livre, Jasper super aprova a ideia e diz ser bem mais a cara de Sofia, então Pedro diz já saber onde poderia ser, Pedro leva Jasper e Vitória para a mesma cachoeira que havia levado Sofia, Vitória já conhecia o lugar menos Jasper, pois quando ele chegou lá, ficou impressionado. Depois de conhecerem bem o lugar e terem várias ideias, eles começaram os preparativos, carregando coisas de um lado para o outro sem que ninguém do palácio os visse. Quando tudo estava pronto, os três saíram a comunicar algumas pessoas, Vitória teve a brilhante ideia de trazer duas pessoas muito especiais para Sofia e para Jasper, quando todos ficaram a saber, prepararam seus presentes e caminharam-se para o local, Pedro havia ficado responsável de buscar Sofia, porém quando Pedro encontrar com Sofia na sala real, ela estava cabisbaixa, Pedro percebe que ela chorava, então se aproximar e seta do seu lado, e enxuga a lágrima que corria pelo seu rosto.

— O quê faz aqui?

— Queria te ver!

— Para quê?

— Hoje é um dia especial…

— Ah, é? Por quê?

— Por quê, fiquei a saber que hoje se comemora o aniversário da menina mais linda que já conhece!

Sofia olha para Pedro e o abraça fortemente, o coração de Pedro acelera, Pedro fecha os olhos e respirar fundo para sentir o fresco do perfume de Sofia, Pedro o descrevia como uma fragrância intensa com um quê natural, mas, porém romântico e delicado com Sofia, uma combinação de flores brancas, como o jardim e a gardênia, que trazem um romantismo e intensidade.

— Eu… Eu amo o seu perfume! — Diz Pedro segurando a mão de Sofia e com o rosto colado no dela, olhando dentro de seus olhos.

— Eu também amo o seu!

— Não está a falar isso só por fala, está?

— Obviamente que não, a combinação do seu perfume e de lavanda, sage, cardamomo, powdery de íris e cacau, âmbar, uma fragrância amadeirada e apimentada com um acorde sexy e… Desculpe-me… Que vergonha!

— Não precisa ter vergonha, eu que comecei — Sofia fica tão envergonhada que não consegue dizer uma palavra se quer — Acho melhor trocarmos de assunto… O que você acha de fazer-me companhia?

— Para que?

— Só diz se sim ou não…

— Ok, eu topo!

— Então vem.

Pedro leva Sofia até onde estava todos, quando Sofia chegar e se depara com a festa, a felicidade toma conta e as suas emoções são expostas, ela começa chorar, Sofia pula nos braços de Pedro e o abraça forte, depois ver Jasper e Vitória, Sofia tão pula nos braços de Jasper e o abraça forte, menos em Vitória, ela apenas dá um simples aperto de mão, Sofia estava muito feliz, comprimento a todos da festa, mas havia mais uma surpresa para ela.

— Será que também merecemos um abraço?

— Tio? TIO, TIA! — Sofia corre para abraçar, seus tios, Sofia não estava acreditando que eles estavam ali, após tanto tempo sem os ver.

Aquela podia até não ser a festa que Sofia havia programado a meses, mas era a melhor festa, pois ali estava apenas pessoas que a amava de verdade, Sofia aproveitou cada segundo, mas também queria saber quem havia tido a ideia de organizar a festa, porém ninguém falava nada além de dizer que ali seria comemorado a sua festa, e a cada resposta que Sofia escutava era igual, ela ficava ainda mais curiosa. Quando a festa acabou e todos voltaram para o palácio, Sofia recebeu um comunicado que algumas coisas haviam chegado para a princesa e que tudo havia sido levado para a sala real, Sofia, Jasper, Pedro, Vitória, Diana, Rony e Vânia, todos se dirigem para lá, Sofia, Jasper e Pedro disparam na frente correndo, ao chegar a sala estava lotada de presentes espalhados por todos os cantos, era presente enviado de cada cidadão do Reino de Aramat.

— Isso tudo é para mim?

— Acredito que sim, exceto se você conhecer alguma outra princesa Sofia de Aramat — Diz Vitória debochando de Sofia.

— Para com isso, Vitória... É claro que é minha filha.

Sofia sorriu para sua mãe, era muito grande a sua felicidade, aquilo nunca havia acontecido antes e agora estava e com uma grande proporção, Sofia nunca nem havia dormido para sonhar nisso, Sofia aproveitou tudo aquilo e pediu ajuda para arrumar tudo aquilo no seu quarto e em outra sala. Quando chegou a noite depois do jantar, Rony e Vânia se despedir de Sofia e Jasper, eles até pede para os dois ficarem, porém, assim como Jasper não se sentia bem para dormir uma noite em Damasco, Rony e Vânia também não se sentia bem em Aramat, eles ficam do lado de fora até verem a última nuvem de fumaça de Rony e Vânia sumindo, e logo em seguida entram para dentro.

— Você já vai dormir?

— Sim!

— Ok, então — Jasper dá um beijo na testa de Sofia e se retira, Sofia vai para seu quarto e se joga na sua cama e dorme.

— Oi! O quê está a fazer aí?

— Tailon! O quê você está a fazer aqui?

— Você mesmo pediu para não sumir, e eu estou aqui, uai.

— Mas assim de repente!?

— Nossa, eu vim fazer uma surpresa e desejar os meus parabéns e é assim que eu sou bem recebido.

— Para! Desculpe-me, eu estou contente por estar aqui, mesmo que seja apenas em sonho.

— Então dá-me um abraço.

Depois do abraço, Tailon pergunta para Sofia a porquê ela está a sonhar com aquele lugar, Sofia diz que aquele lugar também erra desconhecido para ela, mas aquele lugar lembrava uma pessoa, lembra Catrina.

— Ela disse que não estaria no meu aniversário… E realmente não estava.

— Só se você desejou que ela não estivesse… Catrina sempre estará com você, é só você deseja a presença dela.

— Eu não queria que a minha última lembrança fosse aquela!

— Há sua lembra dela pode até ter sido dolorosa, mas a última lembrança dela foi se despedir de todos vocês, e ser respondida, naquele dia ela se despediu de cada um, com um sorriso, com um abraço, e ela morreu levando a resposta que o seu coração mais desejou, Catrina foi a sobrevivente que mais teve direito a vida, por sempre ama e cuidar, ela sempre estava a sorrir, por mais que o seu coração estivesse a doer, mas isso só acontece porquê ela era e sempre foi merecedora da felicidade.

Quando Sofia escuta as palavras de Tailon, ela se emociona, Tailon diz que precisava e, pois já estava na sua hora.

— Posso lhe fazer um pedido?

— Claro!

— Tenha consigo a lição 767.

— Não importa o que aconteça…

Tailon, abraça Sofia e desaparece em milhares de pedacinhos…

Mas apesar disso, Taison não deixaria Sofia daquele jeito, Tailon permitiu que Sofia sonhasse com Catrina, quando as duas ainda eram pequenas, era a primeira festa de aniversário de Sofia que Catrina havia participado. Enquanto Sofia sonhava, na sua realidade, ela estava sorrindo e lágrimas escorriam pelo seu rosto, pois seu sonho aliviava sua alma.

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