o primeiro passeio juntos

Pov Autora

Allan acordou muito feliz e cheio de empolgação, hoje será seu primeiro dia de aula, e ele tava muito ansioso pra aprender a ler e a escrever pra ter mais liberdade, se sentia preso e dependente das pessoas e isso deixava ele frustrado. Também estava asnioso pra conhecer sua professora, esperava que ele fosse boazinha.

Santo tinha prometido levar ele pra comprar o material escolar. Não era como se fosse a primeira vez que ele ia sair, mas com Santo era diferente, com Metralha ele se sentia retraído e nervoso, já Santo tinha o dom de deixar ele a vontade em ser ele mesmo. Allan estava ansioso pelo passeio.

Já Santo tava pensando onde ele tava com a cabeça quando propôs ir fazer compras com Allan, ah tá lembrou, o pequeno não queria deixar o maior sair do quarto na outra noite, e como Santo não podia garantir a integridade do cacheado com os dois dormindo na mesma cama, resolveu distrair ele com a promessa do passeio ao shopping.

Santo ainda podia curtir algum  tempo de liberdade,já que ainda não era tão conhecido por ter tomado o morro a pouco tempo, então não tinha perigo sair, só não sabia como ia se sentir com Allan do seu lado, ele era louco pelo pequeno, mas nunca na vida se imaginou namorando outro cara e assumir isso em público ia ser no mínimo difícil.

Mas existe coisa que gente só sabe quando faz. E lá estava ele esperando seu namorado descer pra irem no shopping juntos. Essa palavra ainda era estranha, "Namorado" , Santo nem namorada teve, só ficante, agora estava lá ansioso esperando Allan descer como se fosse aqueles filmes bobos de adolescente.

Allan desceu rápido quando soube que Santo já estava esperando.

Ele queria que Santo se sentisse orgulhoso em andar do lado dele, não queria fazer feio então escolheu com muito cuidado sua roupa.

Usava uma calça jeans clara e larga rasgada nos joelhos, uma camiseta regata branca e uma corrente de prata no pescoço, os cachinhos bem finalizados e seu corpinho todo perfumado com o cheirinho de morango que Santo gostava tanto.

Santo olhou pro seu pequeno e já viu que não teria dificuldade nenhuma em ser visto do lado de Allan, o muleque tava gostoso pra cacete!

- Bom dia baixinho- falou selando os lábios do menor- Tá animado pro nosso rolê?

- Tô sim grandão, vai ser divertido né?

- Vai sim pequeno,o  que você acha da gente tomar café na rua antes de ir no Shopping?

- Por mim tudo bem, mas a Maria não vai ficar chateada, ela sempre faz nosso café.

- Não vai não eu já avisei pra ela, sabia que cê ia topa.

- Convencido!

Santo sorriu divertido enquanto segurava a mão de Allan, esse cotidiano de vida de casal até que não era ruim, ele poderia se acostumar facilmente.

Os dois saíram de casa rumo ao primeiro passeio juntos.

Pov Autora

Ariel estava muito confiante com a aula que tinha preparado, ia fazer de tudo pra que esse garoto aprendesse tudo o que precisava. Amava a profissão que escolheu, e como sempre fazia tudo com muito capricho e dedicação.

Estava no bar do qual era sócio com seu primo Jonas, não era o melhor trabalho do mundo, mas não era ruim, pagava as contas e ela tinha liberdade de horário, além de ser literalmente do lado da sua casa.

Jotapê chegou no bar com seu melhor sorriso estampado no rosto, Ariel pensou em como aquele sorriso as 7 da manhã era irritante. Ela já estava acostumada a ter o rapaz lá quase todos os dias, era como uma praga que alguém tinha jogado nela.

\- Bom dia princesa, dormiu bem?

\- Sério João Pedro? Sem gracinhas a essa hora pelo amor!

\- Tô vendo que sim. Que horas tu marcou de começar as aulas com o nanico do Allan?

\- Não chama ele de nanico, e não é da sua conta, quando é que tú vai para de fingir que é meu dono?

\-  Quando você parar de cú doce e me aceitar, daí eu vou ser de verdade, não vou precisar fingir.

\- Quero ver até onde vai essa sua paixão toda.

\- Paga pra ver morena, nois ainda vai casa de papel passado e tudo

\- Deus me defenderay!!!!

\- Passo aqui faltando 15 pra te pegar, fica no jeito.

\-Se sabia pra que perguntou praga?

\- Pra ter uma desculpa pra vim te ver gostosa, e valeu a pena, té mais dona do meu coração!

\- Babaca!

Ariel não pode evitar de sorrir de lado. Esse homem tava mechendo com ela, já estava acostumada a ver ele todos os dias, a rir das suas cantadas péssimas, a brigar por ele ser tão grudento, ela sempre sorria quando ele tava por perto, se sentia feliz e a vontade, mas a julgar pela sua experiência isso não era bom sinal.

Tinha que dar um jeito de saber até onde Jotapê tava levando ela a sério,sua mente já estava fazendo planos, e como tudo que faz na vida, seria simples direto e eficaz!

Como prometido, faltando  15 minutos pro horário marcado Jotapê tava na porta esperando quando Ariel saiu.

\- Eu sei andar sozinha tá, não sei se você sabe.

\- Eu sei, mas tenho que ficar perto né morena, pra nenhum talarico ter espaço.

Ariel revirava os olhos e imaginava o quão ciumento Jotapê aparentava ser.

Caminharam lado a lado mas ruas até chegar a casa de Santo.

Jotapê por um momento quis segurar a mão de Ariel, mas achou melhor não presionar a moça, já Ariel por sua vez percebeu a intenção do rapaz, e pela primeira vez considerou não recuar e deixar ele segurar sua mão, mas pelo jeito o mais velho desistiu, e os dois seguiram como estavam.

Pov Santo

Meu dia foi bom até certo ponto, achei que ia ser estranho andar de mãos dadas com outro homem, mas não foi isso que aconteceu. Andar ao lado do Allan e segurar sua mão foi muito bom, me senti a vontade e tava muito orgulhoso porque meu pequeno tava gostoso pra cacete!

Mas sempre tem um pau no cu pra testa minha paciência, depois de tomar café numa padaria cheia das frescura, levei o Allan no shopping, compramos os materiais dele e Allan escolheu tudo que tinha na loja de um personagem de desenho, um bicho estranho que eu não sei o que é, só sei que é todo azul e tem um zoião.

![](contribute/fiction/7519066/markdown/38881558/1693142412666.jpg)

Achei que Allan ia querer usar roupas  que ele mesmo escolheu, então levei ele numa loja de marca esportiva. Me distrai um pouco e Allan saiu de perto pra ver um tênis do outro lado da loja. Quando fui atrás, vi que um vendedor tava cheio de gracinha pra cima do meu neném.

\- Um gatinho desse fica bem com qualquer coisa, porque você não me dá seu número, posso fazer um consultoria particular pra você, se é que você me entende.

Mas olha a ousadia desse cú de frango, parece que tem alguém querendo ver Jesus mais cedo.

\-  Algum problema aqui ?

O vendedor magricela ficou branco que nem papel quando me viu passar o braço em volta da cintura do Allan.

\- Não senhor, só estava vendo se seu amigo precisava de mais alguma coisa.

Esse cara tá abusando da minha paciência, o único motivo pra eu não esfregar a cara desse pau no cú no asfalto e sai arrastando, é que  eu não posso chamar atenção, mas minha mão tá coçando pra descer a porrada nesse Zé ruela aqui mesmo.

\- Meu namorado não precisa de nada não, mas tu se não parar de gracinha vai precisar de um hospital, ou de uma funerária dependendo do meu humor.

Agora vaza, e seu eu te pagar olhando pro que é meu de novo, tu é um homem morto tá ligado?

\- S-Sim senhor, com licença.

\- Bora pra casa, já deu de passa raiva por hoje.

\- Grandão, não fica bravo vai, não aconteceu nada, eu tô inteirinho olha!

Allan falava todo sorridente abrindo os braços, a coisa mais fofa da terra.

\- Eu sei bebê, mas a gente ainda tem que almoçar, e você não quer deixar a professora esperando no primeiro dia de aula né?

\-  Nem pensar, é melhor a gente ir então grandão pra eu não me atrasar.

\- Ahh agora tá com pressa né, hahaha

\- Anda amor vamos logo.

Allan saiu puxando Santo pela loja.

Não passou desapercebido aos dois a forma carinhosa que se tratavam, eles nunca, eu digo nunca mesmo, se tratavam pelo nome, sempre se tratavam com esses apelidos carinhosos, Allan ficou todo envergonhado quando Santo chamou ele de bebê, e Santo ficou todo besta quando Allan chamou ele de amor.

Os dois estavam vivendo suas "primeiras vezes" juntos, o que deixava os laços entre os dois cada dia mais forte.

Santo se sentia completo como nunca se sentiu na vida, ele tinha tudo que precisava ,e Allan nem sabia que a vida podia ser tão perfeita assim, os dois estavam vivendo bem dentro da pequena bolha que criaram.

Notas da Autora

Seria uma pena se essa bolha estourasse não é mesmo? Sinto ventos fortes vindo direto da Tailândia.😏😏😏😏😏

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Comments

Gislene Gonzales

Gislene Gonzales

/Facepalm//Facepalm//Facepalm//Facepalm//Facepalm//Facepalm//Facepalm//Facepalm/ eu lembro de alguem falando essa frase /Facepalm//Facepalm//Facepalm//Facepalm/

2024-05-11

0

Gislene Gonzales

Gislene Gonzales

gente eu vou morrer de ri desse santos/Facepalm//Facepalm//Facepalm//Facepalm//Facepalm//Facepalm//Facepalm//Facepalm//Facepalm/

2024-05-11

0

Gislene Gonzales

Gislene Gonzales

ai meu Deus/Panic//Panic//Panic//Panic/

2024-05-11

0

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