O Meu Dono
Nota da Autora
Gente é a segunda vez que tento postar essa história aqui, não sei se os próximos capítulos vão passar na revisão então caso não passe vou excluir. Mas vcs podem ler no app vizinho.
Allan
Mais um dia comum na minha vida, acordei às 5 da manhã fui na área de serviço enchi um balde com água e voltei pro meu quartinho, sim eu tomo banho de caneca porque no meu quarto não tem banheiro.
Depois do banho corri pra cozinha achando que iria encontrar a Maria, a única pessoa que se importa comigo nesse mundo todo, mas como é a minha vida e nada nela dá certo, era a insuportável da Yohana que tava na cozinha já vi que hoje vou passa fome de novo.
- O que você tá querendo muleque? Tá pensando que vai comer da minha comida? Só nos seus sonhos aberração, vaza daqui.
Saio correndo da cozinha, sim eu tenho medo dela, ela é enorme e luta judô eu não vou arriscar, já apanho suficiente do Metralha.
Como não tinha o que comer comecei o meu trabalho, já que tenho essa casa enorme pra faxinar.
Você deve tá se perguntando "Mas Allan por que você aguenta tudo isso, porque não foge?" Bom a resposta é simples, é impossível, não que eu já não tenha tentado mas não fui muito longe, eu tinha só 15 anos, e quando eu voltei o Metralha me bateu tanto que passei uma semana sem me levantar, se não fosse a Maria cuidar de mim teria morrido, depois disso nunca mais tentei fugir. Aceitei que essa é minha vida e só tento sobreviver o máximo que eu posso.
Como eu vim parar aqui no morro? Bom tudo o que eu sei é o que o Metralha me falou,que meus pais eram viciados e me venderam pra pagar uma dívida. Eu só tinha 4 anos,desde então vivo aqui na casa do Metralha.
Para os moradores do morro e para os líderes das outras facções eu sou o Fiel do Metralha, sempre que apareço em público estou muito bem vestido e arrumado, na frente das pessoas Metralha me trata como um príncipe, mas a realidade é bem diferente.
Eu até tenho um quarto lá no andar de cima, com uma cama grande e confortável e um guarda roupas cheio de roupas e acessórios e um banheiro lindo com uma banheira grandona, mas eu não tenho permissão pra entrar lá. Quando apareço em público é o Metralha que escolhe minha roupa e traz pra eu vestir.
Todos os dias eu tenho que limpar, lavar roupas e organizar a casa, que tem mais de 6 cômodos fora os 4 banheiros.
Tenho permissão pra comer 1 refeição por dia, e só o que sobrar. Já passei muitos dias sem comer, só com água acabei me acostumando.
Quando a Maria tá aqui ela me deixa comer mais um pouquinho.
Sobre a minha vida pessoal? bom simples ela não existe, quer dizer olha bem pra mim?
...
Não sou bonito nem atraente.
Sobre esse lance de ser fiel do Metralha nem eu entendo, ele nunca ,me encostou um dedo, nem deixou nenhum dos seus homens chegar perto de mim.
Ele sempre dizia que eu tinha um dono e que ele logo viria me buscar e eu tinha que estar intocado.
Mas nada impedia Metralha de me bater sempre que tinha vontade.
Me batia quando tava estressado, me batia quando tava triste, e me batia quando tava feliz só por diversão.
Me batia e deixava marcas, mas só onde não dava pra ver, pra não aparacer nas fotos que ele tirava de mim de dois em dois dias.
Vivo nessa casa com um único objetivo, trabalhar muito pra quando chegar a noite eu durmir , nem que seja de exaustão, sem ter que pensar na minha vida de merda e no quando sozinho e fudido eu estou.
Queria ser corajoso pra fugir daqui, ou pra no mínimo dar fim a essa minha vida patética, mas nem pra isso tenho coragem.
Exitem poucas coisas nesse mundo que me deixam feliz, desenhos são um deles, não digo os desenhos da tv, até por que não tenho permissão pra ver tv, falo de pinturas, acho tão lindas.
As formas ,as linhas as cores, o jeito como tudo faz sentido mesmo sem ter sentido nenhum, como a minha vida.
Queria saber como minhas mãos conseguem riscar linhas tão lindas assim, é como se minhas elas se lembrassem de algo que minha mente esqueceu.
Não que eu pinte alguma coisa tão linda como os desenhos que vejo nos quadros das paredes da casa,isso não, mas o que eu risco com o carvão que sobra da churrasqueira e os papéis que eu peguei no escritório escondido, me fazem sorrir quando olho pra eles.
Não me orgulho em dizer que eu roubei alguns livros da Yohana, estavam na bolsa dela, acho que eram dos filhos dela, eram desenhos tão lindos com cores tão fortes que não resisti. Nesse dia tava muito bravo com a Yohana, Metralha tinha dado permissão pra almoçar aquele dia, mesmo eu já tendo jantado no dia anterior, mas a bruxa jogou água e todas as panelas de comida que sobrou, só pra eu não comer, então roubar o livro não me fez sentir tão culpado.
Tenho 4 livros aqui, uns achei no escritório e outros roubei da Yohana, guardo como tesouros precisosos junto com meus rabiscos dentro de uma caixa de sapatos que fica em baixo da almofada aqui no meu quartinho. Quando me sinto muito triste eu abro a caixa e vejo que existe alguma beleza na vida.
Sei que essa minha vida tá com os dias contados, e me apavora saber que logo esse tal de Tae vai vim me buscar, sei que vou sofrer muito nas mãos dele, Metralha faz questão de me falar em detalhes tudo o que o Tailandês vai fazer comigo quando me buscar, sem poupar nenhum detalhe sujo ele diz que quando eu estiver na Tailândia nas mãos do Tae, vou sentir saudades das surras que ele me dá. E isso me deixa apavorado. Não quero essa vida, mas como sempre não tenho escolha, só espero que esse dia demore muito pra chegar.
Em resumo esse sou eu Allan 17 anos virgem e prisioneiro do dono do morro.
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Atualizado até capítulo 26
Comments
¬{Gay Zhan★🇧🇷
Se você é feio, eu sou santo.
2024-06-17
28
𝔠𝔥𝔢𝔩𝔩𝑦☺︎︎
O QUE?se vc é feio eu sou o que?um projeto de Ana bele?
2024-07-30
17
Claudia Ribeiro
xuxuzinho já li esse também tô fazendo uma lista dos seus romance 😍
2024-11-05
0