Família de Granfino

Pov Autora

Santo tava na cozinha esperando Maria passar o café, não é novidade que a grisalha não se espantou com o que ouviu de Santo a respeito da saúde de Allan, não estava supresa mas estava profundamente triste.

- Sabe seu Santo, esse menino só viveu tristeza e dor nessa vida, nunca teve nem um tiquinho de felicidade. Queria tanto que meu menino fosse feliz, que fosse livre.

Santo sentiu a indireta, ele também queria Allan livre, não estava interessado em prisioneiros, mas ele precisava ter certeza que libertar Allan não seria condena-lo a algo pior nas ruas, ele queria que o garoto fosse viver com a família ou alguém que cuidasse dele, Santo sabia o que era viver na rua, e não desejava isso pra ninguém.

- Maria, me fala tudo o que você sabe sobre o pivete, e eu te prometo que vou dá um jeito de aliviar a barra pra ele.

Maria olhava procurando sinceridade nas palavras de Santo, deve ter encontrado porque falou quase que imediatamente.

- Se o senhor tá prometendo seu Santo, vou acreditar. Mas vou logo avisando que não sei muito, o Metralha não era muito de falar com os empregados, só sei o que vi e escutei pelos cantos da casa

- O menino chegou aqui muito novinho, só tinha 4 anos quanto chegou arrastando aquela cobertinha que ele tem até hoje. Ouvi o Metralha dizer pros homens dele que o menino era propriedade de um estrangeiro e que não era pra fazer nada com ele, porque o dono logo viria buscar ele.

Ele falava pra todos inclusive pro menino, que os pais dele eram viciados e que venderam ele pra se drogar.

Mas eu não acredito nisso não viu.

- Porque Maria? Cê sabe da onde ele veio, quem é os pais dele?

- Sei não senhor, mas sei que esse menino era filho de granfino, chegou todo limpinho e perfumado, com roupa e calçados de marca, dava pra ver de longe que o guri era bem tratado.

Até ele completar 8 anos, Metralha deixou eu cuidar dele, depois disso botou o menino pra trabalhar, ele sempre limpou toda essa casa sozinho, esse era o trabalho dele. Metralha sempre que queria batia no guri, como se ele fosse um saco de pancada, deixava ele machucado mas só deixava marcas onde a roupa tampava pra não aparecer nas fotos e vídeos do chinês.

Além disso, Metralha não deixava o menino comer em toda as refeições, Allan só podia comer 1 vez por dia, sabe seu Santo me corta o coração saber que meu cabeludinho nunca comeu pra mata a fome não tem, pra encher a barriga sabe.

Conforme ele foi crescendo e criando corpo , Metralha ficou com medo de alguém tentar alguma coisa com ele, foi aí que ele inventou essa história toda do Allan ser o fiel dele.

Santo ficou mexido com a parte da comida, deixar uma pessoa passa fome numa casa cheia de fartura era crueldade,  Santo entendia bem o que Allan passou, ele também que já tinha passado fome. Mas ele precisava continuar perguntando, ele tinha que saber de tudo sobre Allan pra mante- lo livre, e se livrar dele também.

- E que história é essa de dono Maria?

- Metralha sempre falou que um estrangeiro do olho puxado era dono do Allan , que ninguém poderia mexer com ele. Ele sempre tirava foto e fazia video do Allan e mandava pra esse chinês aí, que parecia deixar o Metralha com muito medo.

Na hora de tirar as fotos, ele levava o Allan pro quarto de cima, e ponha a roupa boa nele, mas depois de tiras as fotos e fazer os vídeos ele batia muito no Allan, e depois colocava ele pra dormir no quartinho lá dos fundos.

Esse menino só apanhou mesa vida seu santo é de cortar o coração.

Santo tava percebendo que a merda era muito maior do que ele tinha pensado.

Mas a única coisa que ele conseguia pensar é, quem era a família de Allan e como ele foi parar mas mãos do Metralha, e principalmente quem era esse chinês que diziam ser o dono do Allan. Tinha muita coisa estranha nessa história, e Santo ia descobrir nem que tivesse que revirar essa cidade de cabeça pra baixo.

- Aí Maria, tu não tem nem ideia da onde o pivete saiu?

- Tenho não senhor, como pode ver eu nunca sai daqui do morro, não tive a oportunidade de cruzar com gente granfina não.

Podia parecer que Santo nadou ,nadou e morreu na praia, mas não era bem assim, a informação sobre a possível classe social da família do Allan já era algo por onde começar.

- Tudo bem Maria, já ajudou bastante, agora não esquece de fazer as comida tudo que o médico passou, vamo ponha um pouco carne nos osso daquele moleque.

- Pode deixar comigo seu Santo, vou caprichar. Ahh, seu Santo...

Maria parecia receosa de perguntar

- Desembucha dona Maria, tô com saco hoje não.

- E a Yohana, o que o senhor vai fazer com ela?

- Fica sussa veinha, que dá vadia eu mesmo vou cuidar, mas já tá avisada aqui dentro ela não pisa tamo entendido?

- Sim senhor.

Santo subiu pro quarto, abriu a porta e viu que Allan ainda dormia todo encolhido na sua cama, Santo acho graça, tirou a camisa e ficou só de moletom, não ia fica tranquilo em outro quarto sabendo que Allan tava doente, então decidiu ficar ali mesmo, a cama era grande e Allan pequeno, ainda mais assim todo encolhido parecendo um tatu bolinha.

Se ajeitou na cama virou pro lado na intenção de pegar no sono.

Lá pelas tantas da madrugada, Santo ouviu o Allan choramingar, o menino revirou e revirou até que acabou se acalmando quando sentiu o corpo de Santo colado no seu, Santo tava sem ação com esse corpo pequeno aninhado no seu, não teve outra reação a não ser passar seu braço em volta da cintura do menor e trazê-lo pra mais perto.

Santo achou que não iria dormir por se sentir desconfortável em ter outro macho deitado na sua cama e abraçando ele, por mais que tenha sido ele que tenha abraçado e não ao contrário.

Mas no fim o que aconteceu foi que Santo ficou foi muito a vontade ao lado do cacheado, ouvir o som da sua respiração compassada foi tão relaxante ao ponto de faze-lo dormir profundamente, coisa que a muito tempo não acontecia.

Santo Acordou se sentindo descansado e bem disposto. Olhou pro lado e Allan ainda dormia, e ele mentalmente agradeceu ao céus por isso, não ia ter como explicar os dois dormindo abraçados.

Se levantou fez sua higiene pessoal, desceu tomou aquele café reforçado que a Maria fez e foi pra boca cuidar dos assuntos do morro.

Tava ansioso pra voltar pra casa e ver nomo Allan estava, hora do almoço ia bater um papo com Allan, tava na hora deles terem uma longa conversa.

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Comments

Wolf blek

Wolf blek

meu deusu que fofin 😍/Kiss/

2024-04-27

7

Connor

Connor

É tãooo fofin

2024-05-01

0

hermoso

hermoso

soltei uma risada tão cinsera agora skskskksks

2024-04-21

1

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