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O Desejo Do CEO

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Capítulo 18

D.Jota 📱- Que tal pegarmos um cineminha hoje? Tá passando aquele filme de super-herói que você adora.

Ela sorriu e caminhou meio que correndo, desceu as escadas e saiu da casa passando pela portaria.

Olívia 📱- Acho que irei aceitar o convite, preciso conversar com alguém.

D.Jota 📱- Ok! Quando você chegar na sua casa, me manda uma mensagem avisando.

Olívia 📱- Tá bom! (risos)

Ela guardou o celular na mochila e correu sentindo o vento frio da noite se chocar em seu rosto. Parecia um passarinho livre que acabara de fugir da gaiola. Uma sensação de vida e o privilégio de saltitar cortando o vento no ar eram indescritíveis.

Aron dobrava a rua nesse momento e passou com o carro por Olívia, que nem percebeu que era o seu patrão. Ele parou o carro no meio da rua e ficou observando-a se afastar, olhando pelo retrovisor.

Olívia dobrou a rua, sumindo de vez da sua visão. Foi então que Aron prosseguiu com o carro, girou o volante e parou com os faróis acesos de frente para os portões da sua mansão, que logo foram abertos e ele entrou.

Ao chegar em casa, notou todas as luzes apagadas. De vez em quando ficava bastante aborrecido com seus funcionários que não acendiam a iluminação dos cômodos.

Aron - Sempre a mesma coisa!

Ele acendeu as luzes da sala e olhou para os lados, sentindo uma melancolia passar pela sua vista.

Zena - Boa noite, senhor!

Ele leva um susto.

Zena - Perdão, senhor. Eu não queria assustá-lo. Acabei de receber uma ligação da minha casa e...

Aron - Qual é o problema de vocês? Por que não acendem as luzes desta casa?

Ele reclamou no mesmo instante em que subia os degraus.

Aron - Arrume uma mala para o Liam, vamos passar o final de semana em alto mar.

Ela engoliu em seco.

Zena - Senhor, sinto muito, mas não poderei ir.

Ele parou no topo da escada e a encarou.

Aron - O que você disse?

Zena - Acabei de receber uma ligação da minha casa. Minha mãe precisou ser internada às pressas.

Apenas nesse momento ele demonstrou seu lado humano, relaxando a expressão e mostrando preocupação.

Aron - O que aconteceu com sua mãe?

Ele desceu novamente, já tirando o celular do bolso para fazer uma ligação para o diretor do hospital. Sentou no sofá e ouviu com atenção o que de fato tinha acontecido, pedindo logo a transferência da mãe de sua funcionária para uma unidade melhor, onde seria bem assistida.

Zena - Senhor, nem tenho como agradecer tamanha generosidade.

Aron - Não precisa agradecer.

Ele se levantou do sofá e esticou os braços para se alongar um pouco.

Aron - Você pode ir ficar com sua mãe. Ligue para a Val.

Ele coçou a cabeça, preocupado, pois precisava de apoio, alguém de confiança para cuidar do Liam.

Aron - Eu sei que é a folga dela, mas não tem outro jeito.

Zena ligou para Val, mas estava dando fora de área.

- Ela não está atendendo, senhor.

Aron - Continue tentando.

Ele subiu as escadas correndo.

Aron - Pagarei o triplo para que ela passe o final de semana cuidando do meu filho no iate.

...

Finalmente, Olívia chegou ao seu bairro. Desceu do ônibus exausta, pois o trajeto era muito cansativo. Ao chegar em frente ao seu prédio, deparou-se com D.Jota, como sempre, a esperando sentado na calçada.

Olívia - Qual parte você não entendeu, seu tonto?

D.Jota - Que iria me ligar quando chegasse?

Ele sorriu e se levantou.

D.Jota - Vou te ajudar, me dá a sua mochila.

Olívia - Toda sua!

Ela tirou a mochila das costas e entregou a ele.

D.Jota - Caramba, você carrega uma pedra aqui dentro, é?

Olívia sorriu e entrou no prédio.

- Boa noite!

O porteiro respondeu com entusiasmo. Os dois entraram no elevador e Olívia se encostou no lado, que começou a deslizar e caiu sentada no chão.

D.Jota - Meu Deus, você está pior que um zumbi!

Ele apertou o botão do andar e o elevador deu um tranco, subindo com um barulho infernal de ferro batendo. D.Jota sorriu e baixou a cabeça, olhando para ela no chão.

Olívia - O que foi?

D.Jota - Você está igual a esse elevador, sem forças. (risos)

Olívia - Agora você vai aprender a não mexer comigo!

Ela se levanta e começa a bater nele, que apenas ri e tenta desviar dos golpes.

D.Jota - Isso dói, Olívia! (risos)

Quando chegam ao andar, Olívia tira a chave do bolso e abre a porta. Um cheiro de mofo invade suas narinas imediatamente, fazendo ambos começarem a tossir.

D.Jota - Nossa, Olívia, parece que você não entra nessa casa há décadas.

Ela começa a espirrar e abre a janela para arejar o ambiente.

Olívia - Esqueceu que moro na casa do tutor do Liam? Não tenho como vir aqui e limpar a casa sempre.

D.Jota - Onde coloco essa mochila?

Ela aponta para o canto onde fica a lavanderia.

Olívia - Pode colocar ali, amigo! Vou lavar tudo amanhã.

Ele faz isso e depois abre a geladeira.

D.Jota - Só tem uma caixa de leite azedo aqui, você não vai fazer compras?

Olívia - Só o necessário para dois dias!

Ela grita do quarto.

Olívia - Droga!

Ela xinga ao ver a infiltração na parede mais uma vez.

Olívia - Não, eu não vou me estressar com isso, me recuso!

Pega uma toalha e entra no banheiro, batendo a porta com força. Na sala, D.Jota observa o movimento na rua pela janela, mas a música do celular de Olívia o chama a atenção.

D.Jota - Olívia, seu celular está tocando!

Grita olhando para o pequeno corredor, mas ela não ouve devido ao barulho da água do chuveiro.

30 minutos depois, ela aparece na sala, perfumada e arrumada para ir ao cinema. Está usando um vestido floral confortável e calça botas de cano curto.

D.Jota - Uau, você está linda!

Ela sorri e balança a cabeça negativamente.

D.Jota - Seu celular estava tocando sem parar.

Olívia - Você atendeu?

Ele nega com a cabeça. Olívia pega o aparelho na mochila que estava perto da máquina de lavar e verifica.

Olívia - É a Zena!

D.Jota - E quem é a Zena?

Olívia - Que estranho, será que aconteceu algo com o Liam?

Ela liga de volta na hora, mas Zena não atende. A campainha toca e os dois olham para a porta.

D.Jota - Está esperando alguém?

Olívia - Não! Deve ser o porteiro, quer apostar?

Ela abre a porta e, para sua surpresa, não era o porteiro nem ninguém que ela estava esperando.