Paola.
Porque as coisas hoje estão virando contra mim? Primeiro eu soube que aquele garoto iria vir até a empresa, até aí tudo bem! É a tia dele.
Então ele me aparece na sala de reuniões, qual é, o que ele está fazendo aqui? Tento me manter séria enquanto ele escaneia descaradamente as minhas pernas.
A sua tia o chama, ele com um perfeito descarado, diz que a esperará, fala sério!
— Então, será isso, mesmo? — Ayla pergunta para um dos logistas que trabalham com a marca da Ayla.
— Isso mesmo, esses dois vestidos lindíssimos, quero em minha loja, porém ele terá que ser peça limitada e exclusiva da minha loja, para vender mais, as mulheres detestam ficar com a roupa combinando, quem comprar, saberá que a peça será uma das únicas. — Ele aponta para os desenhos.
— Justo! Por esse preço, fechamos o negócio. Quantas peças você irá querer? — Antony pergunta, ele é do departamento financeiro.
— Umas 300 peças de cada, vou distribuir nas minhas lojas pelo Brasil. Hoje em dia eu tenho cerca de 30 lojas espalhadas. Vinte unidades para cada.
— Então está fechado, iremos fazer o contrato e mandamos para o senhor! — Ayla aperta a mão do rapaz. — E parabéns pelo talento Paola.
— Obrigada!
— Ayla, você como sempre consegue achar essas raridades. — Diz e da uma piscada para mim me deixando envergonhada.
— É o meu trabalho. — Ayla responde e então saímos da sala, assim que piso fora, vejo Lucca conversando com uma garota, pergunto a Ayla se ela ainda precisará de mim e ela nega, dizendo manter contato.
Agradeço e me viro querendo entrar no elevador, antes que Lucca pudesse me jogar uma gracinha ou cantada ridícula, não sei o que fazer para esse homem me deixar em paz.
Porém, não sou rápida o suficiente, pois ele entra junto comigo, é castigo só pode.
Ele ainda consegue me jogar suas gracinhas, porém como eu disse, hoje o dia não está a meu favor, pois o elevador acabou de enguiçar.
— Paola, quero saber se realmente não sente nada por mim.
— Garoto, me deixa! Olha a nossa idade por favor né!
— E dai? Não sabia que era preconceituosa.
— E não sou, mas já parou pra pensar o que as pessoas vão dizer?
— Cara! Somos adultos, donos da nossa própria vida, o que as pessoas vão dizer não interessa, eu quero você Paola. — Ele avança na minha direção e quase perco o ar quando sinto o seu perfume delicioso.
— Não, Lucca!
— Me olha nos olhos e diz, diz que não não mexo com você, diz que não faço o seu coração bater mais forte, diz Paola e prometo te respeitar. — Ele fala, contudo, ele não me dá, a chance de responder, pois, ele me toma nos seus braços, me beijando, porém, dessa vez não tenho forças para reagir, a sua língua é tão quente, tanto tempo que não sou tocada assim, ele me aperta, impulsiona o meu corpo para cima e eu o envolvo com as pernas e braços, eu o beijo, beijo com desejo, isso é tão errado.
— Lucca! — Digo por fim, envergonhada pela situação, perto dele eu me comporto como uma adolescente. — Me põe no chão.
— Porquê? Você é tão boa...— Ele morde o meu pescoço. Puxa o meu cabelo. Ele não facilita.
— Lucca, me põe no chão… — Peço novamente, mesmo contra a sua vontade ele me deixa escorregar por seu corpo.
— Não me afaste, Paola. Por favor. — Ele pede e antes que eu responda, a porta é aberta.
— Foi mal aí pessoal, mas houve um pane no sistema, mas já resolvemos, vocês estão bem? — Um homem pergunta e eu só balanço a cabeça saindo pelo elevador, sem olhar para trás. Ouço ele ainda me chamar, mas eu sou mais rápida dessa vez entrando em outro elevador, a porta se fecha e vejo o seu olhar confuso.
Mas não posso, não quando o meu coração ainda é do Bruno, meu Deus! Tudo mostra que é errado, idade, o Bruno, a sociedade. É errado, preciso me manter afastada.
Estou entrando no meu carro, quando recebo uma chamada da escola da Zoe.
— Olá senhora Paola? — Ouço uma mulher falando
— Sim!
— Sou a diretora Inês da escola da sua filha Zoe, estou ligando para informar que a Zoe caiu do balanço e achamos melhor levá-la ao hospital.
Eu ligo o carro e dirijo apressadamente até a escola da minha filha. Chegando lá eu vejo um curativo meia boca na sua testa e ela segura o braço.
— Oh estrelinha…
— Mamãe, meu braço dói muito...
— Senhora foi um acidente...— A diretora chega falando com medo de tomar um processo.
— Sei...— É tudo que eu digo pegando a minha filha no colo e saindo da escola.
Como ainda não conheço nada aqui eu levo a minha filha até o hospital que a minha irmã é trabalha.
...----------------...
Chegamos no hospital, faço a sua ficha e passamos na triagem, ela é classificada como emergência.
Ao passar a porta dupla para esperar o médico chamar, vejo a minha irmã e ela vem toda apressada.
— O que houve?
— Ela caiu do balanço. — Respondo e me sento esperando o médico.
— Eu vou chamar o Dr Enrico.
— Não precisa, eu espero aqui, ela é emergência, não irá demorar a chamar. — Digo e ela a contra gosto aceita e senta ao meu lado. — O que está fazendo? — Pergunto.
— Sentando.
— Minha filha, tu tá trabalhando, vai trabalhar!
— Ah é, qualquer coisa me dê notícias. — Eu rio, a minha irmã é única. — tchau estrelinha. — Ela se despede.
— Zoe Fontes Dos Santos. — Ouço o doutor chamar a minha menina, então levanto com a minha pequena, que está inquieta e dizendo coisas indecifráveis.
— O que houve com essa moça bonita? — Pergunta.
— Ela caiu do balanço. — Respondo.
— Que queda feia. — O médico diz e entra por uma porta que tem uma placa, escrito curativo. — Pode colocar ela aqui mãe. — Eu coloco a minha filha sentada onde ele indicou. — Deixa o tio vê. — Ele tira o curativo da testa da menina.— Tá feinho, vamos dar uns pontinhos nisso. Vamos deixar essa menina bonita de novo. Já volto. — Ele sai pela porta e quando retorna a Lara está com ele.
— Oi de novo estrelinha.— A minha irmã diz e eu já me preparo para o chororo que a Zoe irá fazer quando ela vir a agulha.
— Estava postando corrida no balanço né? Pode falar para o tio! — o médico pergunta e Zoe olha para mim e sei que foi isso que aconteceu, mas onde é que as moças que trabalham lá estava? Que não viu a menina balançar alto.
— Precisa tomar um pouquinho mais de cuidado, tá pensando que é passarinho e vai sair voando. — O médico vai conversando com ela enquanto limpa o seu ferimento e até agora Zoe está tranquila e rindo. — Agora você vai fechar esses olhos, e me contar de uma coisa muito legal que você fez. Então o tio vai segurar a sua testa assim. — Ele demonstra nela. — Ai você vai sentir a mão do tio e pronto o tio vai dar os pontinhos, combinado? — Pergunta e Zoe concorda.
Ela faz exatamente o que ele pediu, e quando chegou na hora da anestesia, ela apenas resmungou um pouco, mas não chorou. Ele deu os pontinhos rapidinho e então pediu um raio-x do braço e ela quebrou, sendo preciso engessar e usar uma tipóia , mas como ela bateu a cabeça, ele a colocou em observação e se ela não vomitasse e não desmaiasse nas próximas horas, ela estaria liberada. Só me resta esperar para ir embora.
.
J
***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***
Atualizado até capítulo 76
Comments
Minha Opnião
Tô achando que o marido não era santo, e o menino achado e o dela
2023-08-27
9