Lucca
Tentei ligar novamente para a minha mãe, mas não obtive sucesso, então esqueço isso por hora e entro na casa noturna
Andei pelo local que eu iria fazer a festa, precisava ver se o lugar compensava pelo valor que eu iria pagar.
— Fechou! Perfeito.
Falo apertando a mão do rapaz, ele é o dono do estabelecimento, antigamente tinha sido uma balada, porém o dono quebrou, faliu, então ele fechou as portas e apenas aluga para eventos, como casamento, aniversário de 15 anos ou para pessoas como eu, que organizam festas.
O local é espaçoso, possui uma entrada, e duas saídas de emergência, em baixo fica uma pista de dança, dois banheiros, um masculino e um feminino, tem um espaço só para o bartender fazer as bebidas, no piso superior que classifico como Camarote, possui o espaço para o DJ, mais uma pista de dança, o local que fica a sala privativa com um bartender exclusivo, além de dois banheiros exclusivos.
Fecho o negócio com o cara e começo as ligações.
— E aí Digão! Sabadão livre? — Ligo para o DJ, enquanto pego o contrato para ler, antes de assinar qualquer coisa, afinal tenho uma mãe advogada e um pai juíz, comeriam meu fígado se eu assinasse algo sem ler.
— Opa! Porquê ? — Pergunta interessado.
— Tenho uma festa para você tocar.
— Aê muleque! Suas festas são as mais tops. Pode crer que serei o DJ! — Diogo confirma, ele é o melhor!
— Valeu meu amigo! Mesmo valor?
— Mesmo valor!
Agora é ligar para os seguranças que irão cobrir a balada!
— Fala Túlio! — Ligo para o principal.
— E ai moleque!
— Sábado, está livre?
— Pode crê! Cobrir a balada?
— Mesmo esquema cara!
— Fechou! Chamo o resto da rapaziada?
— Pode chamar.
— Beleza, já vou ligar.
— Ok, o mesmo valor certo?
— Pode crê! — Responde.
— Fechou.
Passo a tarde toda fazendo ligações e contratando pessoas, tive que contratar dois bartender diferentes, pois o que eu estou acostumado, estão doente, mas o que já trabalha comigo disse que são responsáveis e muito bons, então fechei com eles mesmo.
Ao chegar na casa dos meus pais, eu estava moído, trabalhar com festas cansa para um caralho!
— Filho! — Ouço a minha mãe chamar, me viro entrando em seu escritório, ela está sentada na mesa e mexe no computador com seus óculos de grau e olhando algumas folhas.
— Sim... — Respondo o seu chamado.
— Preciso que você vá até a agência da sua tia, para entregar os contratos que chegaram, diz a ela para revisar e me entregar sem falta!
— Jura? Ah mãe! Sabe que odeio ir até à bonequinha fashion, aquelas mulheres parecem que querem me comer vivo! Parece até que jogou um pedaço de carne para os leões. — Falo dramaticamente. — Era isso que queria falar comigo?
Minha mãe ri e tira seus óculos.
— Sim, agora larga a mão de reclamar e vai fazer o que eu pedi! Não trabalha mesmo, custa nada me ajudar! — Diz, não levando o que faço a sério.
— Olha você errada ai mãe! Passei quase a tarde toda resolvendo com o pessoal para a balada que acontecerá sábado. — Falo ressentido.
— Trabalho de verdade, isso é mais um passatempo.
— Que preconceito, mamãe! Cadê os documentos para eu ir até la então. — Resolvo não argumentar causa perdida já.
— Aqui! — Ela me entrega uma pasta. — Agora vá! — Aponta para a porta.
— Se a senhora ficar sem filho a culpa é tua, por me jogar na cova dos leões. — Digo e dou um beijo na sua testa, que apenas ri e coloca os óculos novamente. — Eu te amo mãe. — Falo.
— Eu também meu filho. — Diz.
Saio do escritório, minha mãe trabalha de casa, faz reuniões com clientes em cafés ou usa a sala do meu pai no fórum.
Pego a chave da minha Porsche novamente e vou até a agência, o que eu não faço para a minha mãe.
...----------------...
Ao chegar, eu faço um sinal da cruz, para que nenhum capeta venha perturbar o meu juízo.
— Só quero entregar os contratos e ir embora, ao entrar no elevador aperto o andar da minha tia, porém não sabia que Grazi vieira fosse entrar no elevador.
Grazi, é uma das modelos que tem contrato com a minha tia, o típico padrão, Loira, olhos claros, cabelo liso e corpo desenhado, sai com ela algumas vezes até que começou a ficar sério e não queria namorar naquela época. Hoje eu quero, porém, só com a Paola, se ela realmente não quiser, terei que me contentar e seguir sozinho.
— Oi Lucca! Sumiu.
— Pois é. — Digo com um sorriso sem graça.
Fica aquele silêncio constrangedor e ela salta no oitavo andar, enquanto eu sigo até a sala da minha tia.
— E aí nerdzinha! — Cumprimento a secretária da minha tia. Vitória sempre fica vermelha quando me vê. — Tia Ayla está aí? — Pergunto.
— Oi Lucca! A sua tia está em reunião, quer que eu telefone a ela?
— Não precisa! Eu espero. — Sento na cadeira.
Passa alguns minutos e nada.
— Quer saber? Eu vou até lá, obrigado Vitória. — Ela acena e volta atenção ao computador.
...----------------...
Quando eu chego no andar, as garotas já ficam me olhando e cochichando, odeio isso.
Bato na porta e uma moça, abre a porta então e para a minha surpresa vejo a Paola sentada e ela está de frente para a porta, posso ver as suas lindas pernas cruzadas, não me faço de rogado dou uma boa olhada, e a sua face fica toda ruborizada.
— Lucca? — Ouço a minha tia chamar.
— Oi tia!
— Quer algo? — Pergunta a me olhar.
— Não, posso esperar. — Digo e dou um sorriso.
Saio da sala de reuniões e a porta é fechada novamente, eu ando até a copa e pego um café.
Estou sentado na área da copa conversando com o Raimundo do almoxarifado, quando Grazi senta ao nosso lado.
— Lucca, como vai? — Pergunta, Raimundo acaba nos deixando a sós.
— Bem. — Limito a dizer.
— E ainda organizando as suas festas babadeiras? — Pergunta querendo puxar assunto.
— Algumas...
— Legal, quando tiver alguma, você me avisa? Adoro as suas festas. — Ela diz e passa a mão no meu braço direito, e eu tiro.
— sábado, eu vou fazer uma, amanhã mesmo estará no perfil do Instagram — Aviso e vejo o momento em que as pessoas que estavam na sala de reuniões começam a sair.
— Pode esperar! Que eu vou aparecer! — diz e eu tiro sua mão novamente.
— Ok.— É o que eu digo e saio indo atrás da minha madame.
Ela está praticamente fugindo de mim, entrego a pasta para a minha tia correndo, o que deixa ela confusa e vou até o elevador entrando com a Paola.
— Madame, o destino está nos juntando viu? — Falo e ela encosta no fundo do elevador como se pudesse entrar por lá e fugir de mim.
— Garoto, porque cismou comigo? — Ela pergunta. — Eu vi a garota que você estava hoje, porque não vai até ela e me deixa? — Pergunta esfregando a testa.
— A Grazi? Não, prefiro algo mais…— Olho o seu corpo de cima a baixo. — Saboroso, gostoso, sabe? — Digo sem pudor.
De repente ouve-se um barulho e o elevador pisca as luzes, anunciando que o elevador enguiçou.
— Ah não! — Ela aperta o botão do elevador, desesperada.
— Ah sim! — Digo.
Obrigado Destino.
***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***
Atualizado até capítulo 76
Comments
Nilce Fernandes
Ele é muito cara de pau..Kkkkk
2024-01-04
5
Maria Izabel
eita 😂 agora 😲💓💓💓 coração a mil 💓💓 😂😂😂 não desiste Lucca se ela souber que vc salvou o filho dela 😍😍💓💓
2023-12-04
1