Capítulo 4

Lucca.

Logo após ela ter tomado uma distancia, me recomponho da joelhada que levei.

— Cara, nunca vi uma mina te dar um fora. — Meu primo Samuel diz caçoando.

— E essa deu com estilo tio. — Lavínia diz rindo se aproximando do Samuel.

— Ótimo todos vocês viram. — Resmungo sabendo que vou virar piada entre minha família.

— Difícil foi ninguém ver primo. — Noah aparece segurando a risada.

— Até tu brutos — Resmungo para o Noah.

— A mulher te nocauteou. — Essa é minha prima Laura falando, falando não, gargalhando.

— Quer saber, não preciso ficar aqui ouvindo isso. Vou embora.

— Calma ai, vamos juntos. Viemos de Uber, caraio. — Samuel diz.

— Não esquenta, eu vou andando assim eu consigo respirar.

— Consegue caminhar ainda? — Laura pergunta ainda rindo, mostro o dedo pra ela e sigo para a fazenda.

Quase chegando na fazenda, escuto uns resmungos que chamou minha atenção.

Procuro pelo som e vejo que é próximo a um matagal, sem pensar duas vezes entro mato a dentro.

Os resmungos vão ficando mais alto, vou seguindo o som ate dar em uma cabana, tento olhar dentro mas está tudo escuro, porém o resmungo ficou mais alto, e soube que era ali de dentro.

Indo contra todas as leis, eu pulo a janela e sigo até o som, entro acho que em um quarto, aperto o interruptor, mas está sem luz.

Acendo a lanterna do meu celular e o que vejo embrulha o meu estômago.

Vejo um bebê acorrentado como se fosse um animal e no prato uma comida parecendo estragada.

Corro pra tentar ajudar ele mas a corrente esta muito presa, procuro algo a redor para me ajudar e encontro do lado de fora tipo uma pedra.

Alcanço o objeto e volto para o quarto.

— Eu vou te ajudar amiguinho. — Falo batendo tão forte que eu consigo estourar.

Pego o corpo meio mole em meus braços e saio com o menino por onde entrei, pela janela.

O único lugar que me vem a cabeça é a fazenda do meu vô Pedro, ando tão depressa, que levei o menor tempo para chegar aqui.

Abro a porta fazendo um estrondo, assustando todos que estavam na mesa jogando, acho que baralho.

— Tio Rodrigo, vô. Preciso de ajuda. — Peço angustiado.

— O que houve meu neto. — Meu avô é o primeiro a se preocupar. — Puta que pariu! Coloque ele na cama.

Levo ele no meu quarto, depositando ele ali. Meu tio e avô chegam com suas maletas.

— O que houve com ele? — Meu tio pergunta tirando a roupa do pequeno.

— Ele estava acorrentado, como se fosse um animal tio, acho que ele não sabe o que é comida tem tempo, ele só tinha uma tigela de comida estragada. — Respondo apreensivo.

— Ele precisa de oxigênio. — Enrico diz.

— Pega o inalador com o vidro de umidificador

— Mas não é indicado. — Meu tio Rodrigo diz

— Ele está com falta de oxigênio no sangue, tem alguma ideia melhor? Não temos balão de oxigênio, o hospital mais próximo é na cidade vizinha a duas horas daqui. Se tiver uma ideia melhor estou aberto. — Vô Pedro pergunta olhando para o meu tio, que sai prontamente fazer o que meu avô pediu.

— Meu neto, preciso que você vá na farmácia do Betinho, diz que o Pedro precisa desses remédios, provavelmente ele vai estar deitado mas chama que ele atende, fala que é urgente.

Meu avô me entrega um punhado de receita e pego as chaves do carro.

— Lucca, corre se preciso for. Ele não tem muito tempo. — Meu tio diz.

E eu saio em uma alta velocidade que nesse momento, dou graças a Deus de ter uma Porsche.

Estaciono todo torto em frente a farmácia e buzino três vezes. Saio chamando por ele.

— Betinho é urgente, Betinho. — O senhor abre a porta de sua casa. — Meu avô Pedro está precisando desses medicamentos. — Falo o homem vem todo apressado, abre o portão para mim.

— Vem entra, me da as receitas. — Eu entrego em suas mãos e ele nos guia até uma porta que é na frente da sua casa, então acende a luz. — Seu avô, nunca consegue se aposentar, está sempre com a mão na massa. — Ele diz rindo.

E vai colocando tudo em cima do balcão, agulhas, algumas ampolas, bolsas de soro, até alguns canudos, que não faço ideia do que é, ele coloca em cima. — Reuniu tudo dentro das sacolas e me entrega, faço o pagamento e retorno para a fazenda.

— Graças a Deus. — Meu tio Enrico pega as sacolas da minha mão, e entrega ao meu tio Diego que vai quebrando as ampolas e injetando a seringa.

Meu tio e avô cada um ficou com um braço do menino, e os dois furaram a pele da criança ao mesmo tempo, mas o garoto apenas soltou um chiado, provavelmente muito fraco para gritar ou chorar.

— Logo mais você estará bem amigão, estamos cuidando de você. — Meu avô diz, colocando o acesso e prendendo com esparadrapo, e pega as seringas que o meu tio Diego entrega, e injeta no acesso, cada um depositou duas seringas, logo após injetaram algo no soro e só então entendi os canos, eles conecta a bolsa de soro no acesso.

— Enrico pega o oxímetro, vamos ver se a saturação aumentou. — Meu tio coloca no dedo do garoto. — 89% ta baixo, mas aumentou consideravelmente, estabilizamos o garoto mas ele precisa de hospital. Por enquanto leva ele na cidade vizinha, quando ele tiver mais forte pede transferência para o nosso hospital. — Meu avô aconselha e eu concordo.

Pego o menino no colo, tomando cuidado com os acessos e soros.

— Onde você pensa que você vai? — Meu pai pergunta, só agora eu noto que estava todos assistindo.

— Levar ele ao hospital.

— Deixa que os seus tios e seu padrinho o levam. Eles já trabalham na saúde.

— Não, eu o encontrei, eu o levo. — Falo. — Tio Rodrigo dirige para mim? Eu vou segurando o menino.

— Ok. — Jogo as chaves pra ele, e meu tio Enrico pega com as mãos as duas bolsas de soro.

Caminho lentamente até o carro, quando me sento, olho para o meu avô e agradeço.

E meu tio dirige rápido até o hospital, menos de duas horas chegamos e meu tio Rodrigo já sai em busca de uma maca.

Eu deposito o bebezinho de no máximo três anos na maca e meus tios vão falando o que eles ministraram para a criança.

Eu só espero que ele se recupere logo.

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Comments

Andreia Queiroz

Andreia Queiroz

que história já estou ansiosa pro desfecho

2024-06-10

0

Maria Izabel

Maria Izabel

quem será que é essa criança e quem foi que abandonou ele?
Acho que Lucca agora vai encontrar a sua profissão ♥️😍

2023-12-04

5

julih

julih

Quem não iria rir..

Homens se sentem ofendidos por levarem um fora..

2023-09-27

2

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Atualizado até capítulo 76

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