Paola
Fico em dúvida entre entrar ou estacionar em frente a propriedade. Porém um homem com cabelos grisalhos, mas com certeza é um coroa bem aperfeiçoado, usando uma roupa de jardineiro aparece.
— Bom dia! — Cumprimento o senhor, que está resmungando algo.
— Ah oi, Bom dia! — Ele tira a luva da mão e bate no macacão.
— Estou aqui para falar com Ayla Lopes. Posso entrar com o carro ou estaciono aqui mesmo. — Pergunto.
— Pode entrar, se você quiser estaciona do lado desse carro ali. — Ele aponta para uma Porsche preta. Uau, um carro mais caro que minha casa. Fecho o vidro e entro na propriedade, caraca é uma fazenda enorme e bem bonita.
Há vários carros um perto do outro, alguns carros esportivos outros executivos, parece que estou em uma concessionária.
Coitado do meu carrinho, vira uma lata velha, perto desses monstros.
Desço do carro, e tranco o mesmo. O mesmo homem vem em minha direção.
— Deixa eu me apresentar sou Pedro. — O homem estende a mão para mim. As mãos dele são macias, o que indica que ele não é jardineiro ou as mãos dele seriam calejadas.
— Sou Paola. Pode me indicar para que lado fica o escritório da Ayla?
— Claro é só você...
— Vida! — Ouço alguém, quando olhamos na direção da voz uma senhora negra, também muito bonita, caminha em direção ao homem.
— Oi Amor! Essa é Paola veio para falar com Ayla. — A mulher gruda o homem pela cintura.
— Oi Paola sou Camila.
— Muito prazer.
— Como eu ia dizendo, o escritório é só você pegar essa reta aqui, passará pela piscina, o estábulo e então chegará no escritório, não tem erro.
— Obrigada senhor! — Agradeço ao homem e sigo para o escritório.
— Amor! Essas mãos foram feitas para cuidar de minis humanos e não jardim, precisamos de outro jardineiro urgente... — Ainda posso ouvir o homem falando com a esposa.
Passo pela piscina, gente essa fazenda é enorme, você se perde aqui fácil, estábulo é esse ou esse? Tem dois estábulos, mas ao lado da piscina só um então sigo reto e vejo vários cômodos um do lado do outro. Um está escrito, Hiago e Giovanna Annenberg , outro Lucas Lopes e finalmente um que está escrito Ayla Lopes.
Bato nessa porta e uma voz suave me manda entrar, assim que passo pela porta.
A mulher que achei que nunca pudesse ver pessoalmente está atrás de uma mesa, seu notebook está ligado e ela vê algo nele.
Ela levanta sua cabeça e me da um sorriso, me fazendo um gesto para sentar na cadeira em frente a sua mesa.
— Paola! Fico feliz que pôde vir.
— Ah eu daria um jeito de vir, nem que se eu não pudesse.
— Fico feliz significa que está empenhada em correr atrás do seu sonho. Agora me apresente seus desenhos, estou curiosa. — Abro a pasta onde tem algum dos meus desenhos. Estendo os melhores, ela pega, percebendo que minhas mãos tremem por conta do nervosismo.
Ela vê alguns desenhos e passa bons minutos e este silêncio já está me perturbando, já bati meu pé no chão algumas vezes e já devorei boa parte da minha cutícula se eu não tomar cuidado, vou acabar me machucando.
— Olha, estou impressionada. Mulher tu tem talento, mesmo! São desenhos incríveis. Com certeza farei questão de acompanhar sua carreira de perto. — A resposta dela faz meu coração dar um solavanco no peito, ele bate freneticamente.
— Ai meu Deus! Jura? — Pergunto surpresa — Ai acho que estou enfartando. — coloco a mão no meu peito.
— Calma mulher! Morre não. Preciso de você viva. — Brinca pegando uma água para mim.
Bebo com as mãos tremendo ainda.
— Agora conversaremos sobre os próximos passos, mas isso podemos fazer quando estivermos almoçando. Porque eu estou com fome. — Ela se levanta da cadeira e faço o mesmo, fecha o notebook. — Então me disse que tem uma filha né? — Ayla pergunta fechando a porta de seu escritório.
— Sim! Zoe.
— Que nome bonito! Quantos anos ela tem?
— Está prestes a fazer seis anos. Pensa numa menina esperta, até eu me pego pensando se tem a idade que tem.
— Não sei porque mas parece que menina é bem mais desenvolvida que menino né? Acompanhei meus dois sobrinhos crescerem tem a mesma idade alguns meses de diferença, mas minha sobrinha sempre foi mais esperta que meu sobrinho.
— Eu também já percebi isso, somos superiores fazer o que né, já é da mulher! — Brinco e rimos juntas.
Andamos mais alguns minutos até entrarmos na casa, passamos por um fogão a lenha, e entramos na cozinha bem rústica, com móveis de madeira e a parede de tijolinhos.
Uma mulher está colocando a mesa, Ayla a cumprimenta com dois beijinhos na bochecha, fazendo a mulher ficar vermelha.
— Dona Carmen, nunca se acostuma com minhas demonstrações de carinho. Vamos ver se conseguimos almoçar, antes da cavalaria chegar. Meus sobrinhos são devoradores. — Ayla diz se servindo. — Pode ficar a vontade Paola. — Pego o prato e começo a me servir e parece que estou em um restaurante, tem vários tipos de mistura, bom é assim que chamamos a carne que acompanha o arroz e o feijão.
— Nossa tudo aqui é em bastante proporção — Penso, mas eu acho que pensei alto pois Ayla está rindo. — Eu falei isso alto né? Me desculpa.
— Não há o que se desculpar, aqui você vai se deparar muito com isso, é porque a família é grande. Todas as férias e finais de semanas nos reunimos aqui na fazenda. Meus pais tem 4 filhos. Eu, minha Gêmea Giovanna, Lucas e Rodrigo. Então nos casamos, cada filho formou uma família. Meu irmão Rodrigo e meu cunhado Diego tem dois filhos Samuel e Miguel, meu irmão Lucas junto com sua esposa Alicia tem uma filha Bianca. Minha irmã junto com o meu cunhado Hiago tem mais um filho Lucca, E eu com meu esposo Enrico temos mais uma filha Laura. Mas calma que ainda tem o Miguel que juntamente com a esposa Fran tem Noah e Lavínia. Agora junta todo mundo num lugar só. É gente pra caramba. Não estão aqui porque toda a família foi a cachoeira, eu não pude ir por conta de trabalho.
— É uma família e tanto, geralmente os filhos batem as asas e voam longe dos braços dos pais e só voltam de vez em quando.
— Pois é, mas nós somos muito família, nem se quiséssemos conseguiríamos ficar muito tempo longe.
— Mas durante a semana e quando não estamos de féria, cada família toca sua vida. Mas os finais de semana são sagrado é tradição do meu pai já.
Ayla vai falando sobre sua família, e vejo amor em seus olhos, sempre que menciona alguém da família.
— Bom, o papo está divertido. — Ayla fala e bebe um pouco de suco. — Mas agora focaremos no próximo passo para os seus desenhos, vamos tirar eles do papel. Mandaremos pra uma costureira que eu tenho parceria, por enquanto eu farei apenas um modelo de cada look. Vou enviar seus look para participar do desfile de moda da Bonequinha Fashion. Estarão críticos de vários países e donos de lojas de grife. E caso alguém se interessar, falarei da onde o look saiu. E claro que usarei também um de seus looks. Poderá dizer que a estilista Ayla Lopes usou suas peças — Ela da uma piscada e tenho vontade de beijar, abraçar é uma oportunidade e tanto. — Mas preciso saber de uma coisa, preciso estar em contato constantemente contigo, acha que consegue se locomover até na cidade de Campos? É onde realmente é meu escritório e agência.
— Não poderia ser melhor! É onde estou para me mudar até o final do mês. — Digo contente, como o destino quis me dar uma forcinha.
— Ótimo então! — Ayla diz terminando sua refeição, ao mesmo tempo que eu.
Ouvimos um burburinho e risadas ao longe.
— A cavalaria chegou, Bom que já conhece todo mundo. — Ayla diz então muitas pessoas passam pela entrada da cozinha.
Mas o que me chama a atenção é ele, com o peito desnudo, os cabelos úmido e ele ri de algo que um homem diz, ele ainda não me percebeu. Penso em sair sem ser notada, ops tarde demais, ele me viu. E está me dando um sorriso de canto.
— Meu Futuro! — Ele diz sorrindo.
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Atualizado até capítulo 76
Comments
Regiane Custodio Santos
kkkkkkkkkkkk
2024-10-09
1
Maria Izabel
ADOREI Lucca chamar Paola de meu futuro 😍♥️
2023-12-04
3
Joelma Serejo
Meu futuro kkkkkkk esse não é certo aí aiai
2023-09-09
2